Skip to content

#12 PT Cobras e Lagartos Traditional Geocache

Hidden : 1/16/2016
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
2.5 out of 5

Size: Size:   other (other)

Join now to view geocache location details. It's free!

Watch

How Geocaching Works

Please note Use of geocaching.com services is subject to the terms and conditions in our disclaimer.

Geocache Description:


VÍBORA-DE-SEOANE

Víbora de Seoane, Iberian Adder

DISTRIBUIÇÃO GLOBAL
É um quase-endemismo da Península Ibérica, penetrando apenas alguns quilómetros no extremo sudoeste de França (Gasc et al., 1997). Ocupa o Noroeste de Portugal e o extremo setentrional de Espanha, quase toda a Galiza, áreas costeiras da Cantábria, áreas montanhosas de clima atlântico do norte de León, Palencia, Burgos, Álava e Navarra e, também, o extremo oeste de Zamora (Saint-Girons & Duguy, 1976; Braña, 1978, 2002; Bea, 1985). Pode ser encontrada desde o nível do mar até aos 1900 m, na Cordilheira Cantábrica (perto do pico de Tiatordos; Braña, 1998), sendo mais frequente abaixo dos 1500 m de altitude (Braña, 2002). Em França é conhecida numa estreita faixa de cerca de 10 km de largura por 60 km de comprimento, nos Pirinéus Ocidentais, onde ocorre em quatro sectores: i) ao longo da costa atlântica até Saint-Jean-de-Luz, ii) na floresta de Sare, a leste de Rhune, iii) no alto vale dos Aldudes, e iv) nos maciços de Irati e Artxilondo (Duguy, 1975; Saint-Girons & Duguy, 1976; Saint-Girons, 1989; Boudarel et al., 1993; Pottier et al., 2001).

DISTRIBUIÇÃO NACIONAL
Em Portugal, todas as observações foram realizadas a norte do rio Douro, no Minho e em Trás-os-Montes, reflectindo uma distribuição descontínua, com populações isoladas e restritas a regiões montanhosas (Braña, 2002; Malkmus, 2004e). Apresenta um efectivo populacional dividido em três sub-populações isoladas: i) Paredes de Coura, ii) Castro Laboreiro e Soajo, e iii) Tourém, Montalegre e Larouco (Brito & Crespo 2002; Malkmus, 2004e). A víbora-de-Seoane é uma espécie típica de regiões de clima atlântico. O seu habitat é constituído por matos e bosques limítrofes de prados, pastos e lameiros, frequentemente rodeados por muros de pedra, matagais baixos (incluindo turfeiras), e clareiras de bosques, na proximidade de cursos de água (Saint-Girons & Duguy, 1976; Braña, 1978; Brito & Crespo, 2002). Ocorre entre os 300 e os 1200 m de altitude, na Serra de Castro Laboreiro (Brito & Crespo, 2002), mas 81% das localizações situam-se acima dos 900 m (J.C. Brito & F. Álvares, observações pessoais).

CONSERVAÇÃO E AMEAÇAS
As populações desta víbora encontram-se associadas a zonas fragmentadas de habitat favorável, cuja destruição sugere um declínio dos seus efectivos.As principais ameaças que têm vindo a afectar as populações da víbora-de-Seoane são a perda e degradação do habitat por acção antropogénica devido, fundamentalmente, a i) fogos, ii) abandono da agricultura tradicional, nomeadamente o corte de fenos com gadanha em favor das máquinas industriais, e iii) a implantação de infra-estruturas urbanas. Estes factores de ameaça são comuns às populações que ocorrem na Galiza (Braña 1998, 2002) e têm causado a fragmentação das áreas de habitat favorável para esta espécie, tornando problemática a persistência, a longo-prazo, destes isolados. A mortalidade por atropelamento nas estradas constitui um factor adicional de ameaça, com efeitos consideráveis a nível local (Brito & Álvares, 2004).

TAXONOMIA E FILOGEOGRAFIA
Foi inicialmente descrita como Vipera berus seoanei (Lataste, 1879), mas diferenças acentuadas na morfologia externa permitiram a sua elevação a um estatuto específico (Duguy & Saint-Girons, 1976; Saint-Girons & Duguy, 1976). Actualmente, considera-se que as populações de Vipera seoanei se repartem por duas subespécies separadas por uma zona de contacto secundário, onde indivíduos morfologicamente distintos e intermédios podem ser encontrados lado a lado (Bea et al., 1984; Saint-Girons et al., 1986). Vipera s. cantabrica (Braña & Bas, 1983) ocorre apenas em Espanha, ocupando uma área que vai desde o norte da província de León até ao sudoeste dos Picos da Europa, assim como as montanhas orientais da Galiza e do Sudoeste das Astúrias, enquanto Vipera s. seoanei (Lataste, 1879) ocorre no País Basco, Cantábria, Astúrias, Galiza oriental e Noroeste de Portugal.A análise imunológica das proteínas do soro sugeriu, inicialmente, que V. seoanei corresponderia a uma linhagem que se teria diferenciado das víboras europeias dos grupos berus e aspis durante o Mioceno (Herrmann & Joger, 1997).Análises posteriores de DNA mitocondrial recuperaram o grupo berus-seoanei como taxa irmãos e diferenciaram-nos das víboras da Europa de Leste, V. dinniki e V. ammodytes (Lenk et al., 2001a; Garrigues et al., 2005).A origem de Vipera seoanei poderá remontar ao Pleistoceno inferior, quando víboras do tipo berus colonizaram a maior parte da Europa (Szyndlar & Rage, 2002). Períodos glaciares posteriores terão, subsequentemente, provocado o isolamento das populações que mais tarde viriam a originar V. seoanei (Bea et al., 1984; Saint-Girons et al., 1986).

Additional Hints (No hints available.)