Maria Adelaide chegou a Arcozelo, acompanhada por um médico e algumas famílias amigas, em Maio de 1876. Ficou instalada numa parte da casa de Joaquim Catarino. Entre as famílias que a acompanharam, vinha a de sua amiga D. Ana Leopoldina. Ela e o marido, Domingos, iam visitar Maria Adelaide quase todos os domingos. Após algum tempo, Joaquim d'Oliveira Pinto iniciou a construção de uma casa de lavoura próximo à residência de Maria Adelaide. Encantada com aquele género de habitação, manifestou o desejo de ser a primeira a habitá-la, ao que o agricultor acedeu, tendo Maria Adelaide se mudado para lá. Nesse período, graças ao clima salubre e ao convívio positivo com a população, registou-se alguma recuperação na saúde de Maria Adelaide, que retomou algumas de suas atividades rotineiras como a confeção de renda e doces conventuais, nomeadamente os famosos pastéis de Santa Clara. Com as receitas assim obtidas (com o auxílio de D. Ana Leopoldina, que colocava os pastéis no mercado, juntamente com os da fábrica do marido), suportava as suas despesas e auxiliava a gente necessitada de Arcozelo. Gostava de crianças, dando-lhes diariamente pão, doces e roupas. Catequizava-as e, quando estavam com tosse, ministrava-lhes um xarope à base de pinhas novas e carunchas de pinheiro. Estava sempre pronta a reconciliar lares desavindos, tornando-se estimada por sua grande bondade. De súbito, uma forte constipação agravou o mal que a vitimava, vindo a vitimá-la em Setembro de 1885. Foi sepultada no cemitério de Arcozelo.
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