Eira de planta circular, tangente ao muro do caminho, situada num terreno inclinado voltado ao mar. É formada por uma plataforma elevada e nivelada em cujo maciço de suporte se abre, do lado sul, um abrigo de planta retangular. É construída em alvenaria de pedra à vista exceto a superfície de utilização que é rebocada e delimitada por um murete de pedras grosseiramente aparelhadas. Junto ao canto que a eira faz com o muro do caminho há um segundo abrigo, muito pequeno, construído (incluindo a cobertura) em alvenaria de pedra seca.
Eiras
As eiras foram construções de uso agrícola frequentes nos pátios das casas ou nos campos, eram construidas em terra batida ou cimentadas, normalmente de forma circular e serviam para a debulha do trigo outrora abundante na Ilha Graciosa. Com o passar do tempo foram sendo substituídas por mais modernas debulhadoras mecânicas no seu uso. A sua utilização continuou a praticar-se, para a secagem do cereal, para o “malhar” do feijão e tremoço, para a debulha da erva casta, do chicharão ou da cevada. Hoje em dia estão praticamente abandonadas no seu uso.

Nas eiras eram usadas pás de aventejar (aventar), forquilhas de 2 e 3 pernas, ansinhos, trilhos e coaguladores, que são utensílios semelhantes aos ansinhos, mas maiores, puxados por uma junta de bois ( e posteriormente por um cavalo), com a qual costumava-se ajuntar as novidades (cereais) depois de trilhada (debulhada) para se aventar.

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