A Caminho de Lisboa - TB Hotel
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A Linha do Sul
A Linha do Sul é uma ferrovia portuguesa que liga a estação de Campolide A, em Lisboa, à estação de Tunes, no Algarve, numa distância total de 273,6 km. É a segunda linha ferroviária mais importante de Portugal, a seguir à linha do Norte, ligando Lisboa e Setúbal, e ambas ao sul do país.
História
Um dos primeiros projectos ferroviários em Portugal foi a apresentação, em 1844, de uma linha entre Alcácer do Sal e o Alentejo, de modo a complementar as deficientes ligações rodoviárias e marítimas nesta região. O Caminho de Ferro do Sul tinha como objectivo unir as cidades de Beja e Évora ao Barreiro, aonde existia um porto fluvial com ligação a Lisboa; para a sua construção, foram contratadas duas companhias, tendo a Companhia Nacional de Caminhos de Ferro ao Sul do Tejo sido responsável pela implementação da via férrea entre o Barreiro e Vendas Novas, enquanto que a Companhia do Sueste deveria continuar a linha a partir de Vendas Novas.
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Troço entre o Pinhal Novo e Setúbal
O primeiro troço do que seria, futuramente, a Linha do Sul, foi o Ramal de Setúbal, que fazia a ligação entre o Pinhal Novo, no Caminho de Ferro do Sul, e Setúbal, e que foi inaugurado em 1 de Fevereiro de 1861, pela Companhia Nacional de Caminhos de Ferro ao Sul do Tejo; este troço foi construído, como todas as vias férreas desta Companhia, na bitola de 1,44 metros. No mesmo ano, a ligação foi estabelecida até Vendas Nova, mas, devido às bitolas utilizadas por ambas as companhias serem diferentes, gerava vários constrangimentos, pois impedia as composições de prosseguirem viagem, forçando o transbordo de passageiros e mercadorias. Para resolver este problema, o governo procurou fundir as duas empresas numa só, sendo a nova companhia responsável por uniformizar as bitolas e continuar as obras; a Companhia Nacional foi, assim, adquirida pelo estado nos finais de 1861, tendo os antigos direitos e imobilizado sido vendidos à Companhia do Sueste em 1864. No ano seguinte, esta empresa começou a alterar a bitola nas antigas linhas da Companhia Nacional, incluindo o Ramal de Setúbal. Dois dos objectivos desta empresa, a serem cumpridos no prazo de 2 anos, foram construir a Estação do Pinhal Novo, e uma nova estação em Setúbal, num local diferente da antiga.
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Troço entre Setúbal e Funcheira
Em 1877, o engenheiro e político Sousa Brandão defendeu a continuação da linha de Setúbal até ao Algarve, porque proporcionava uma viagem mais rápida até esta região, a partir de Lisboa, do que o Caminho de Ferro do Sul, que passava por Beja; por outro lado, esta linha seria de fácil construção, apenas se verificando algumas dificuldades na transição do Esteiro da Marateca, e passaria por zonas de elevada produção florestal, mineira e agrícola. O governo iniciou, assim, o planeamento desta linha, tendo o concurso para a sua construção sido aberto por uma lei de 29 de Março de 1883, e outra lei, de 17 de Setembro, ordenou que o estado fizesse a construção do troço entre a estação de Setúbal e a margem do Rio Sado; este prolongamento foi autorizado por uma lei de 14 de Julho de 1899, tendo uma lei, publicada em 12 de Julho de 1901, disponibilizado 40.000$000 para auxiliar no pagamento das despesas deste projecto, e facultado à autarquia de Setúbal os meios para a preparação do terrapleno, aonde iria ser construída a estação fluvial.
A Linha do Sado, como se denominava este projecto, foi inserida na classificação realizada em 27 de Novembro de 1902, no Plano Oficial da Rede ao Sul do Tejo, tendo o seu ponto inicial sido demarcado no Pinhal Novo, o que provocou alguma polémica. Esta ligação foi pensada como uma alternativa à Linha do Sul, e como um modo mais directo de atingir o Algarve. Por outro lado, possibilitaria o desenvolvimento da agricultura e da indústria mineira no Vale do Rio Sado, uma vez que esta região, apesar de bastante rica, sofria de problemas de comunicação. Nesta altura, estavam a ser ponderadas duas alternativas para o traçado inicial: a Linha poderia continuar o Ramal de Setúbal, e assim abranger directamente aquela cidade, e o seu Porto, mas teria de atravessar o Esteiro da Marateca, cuja passagem se previa bastante dispendiosa; a alternativa, a partir do Poceirão, evitaria estas dificuldades, mas a Linha deixaria de passar por Setúbal. A Linha do Sado também deveria passar por Alcácer do Sal e junto a Grândola, por motivos económicos e geográficos. Em Grândola ou em Alvalade, deveria entroncar com o Ramal de Sines.
Naquele documento, também foi inserida a construção de um caminho de ferro, de carros eléctricos, entre o Seixal ou o Barreiro, até Sesimbra, passando por Azeitão; este projecto devia-se à cobertura insuficiente do Ramal de Setúbal, em relação à Península.
A construção da Linha do Sado foi referida numa proposta de lei de 24 de Abril do ano seguinte, e a lei de 1 de Julho estabeleceu que o traçado deveria passar pelas localidades de Setúbal e Alvalade, tendo a sua construção foi ordenada por uma portaria de 6 de Outubro de 1903; a directriz deste empreendimento foi determinada por uma portaria de 19 de Abril de 1904. Em 1907, foi concluída a linha entre Setúbal e a margem do Rio Sado, aonde foi instalada uma estação fluvial; uma lei de 27 de Outubro de 1909 ordenou que se continuasse a linha até Garvão, tendo o concurso para a empreitada geral sido aberto por um decreto de 6 de Novembro do mesmo ano. O projecto da variante entre Cachofarra e Gâmbia foi apresentado pela Direcção de Sul e Sueste dos Caminhos de Ferro do Estado em 4 de Junho de 1912, tendo sido aprovado por uma portaria de 14 de Junho, que ordenou a construção do troço até Alcácer do Sal.
A construção da Linha do Sado iniciou-se a partir de Garvão, em 11 de Setembro de 1911, tendo o troço até Alvalade entrado ao serviço em 23 de Agosto de 1914, até Lousalem 1 de Agosto do ano seguinte, Canal Caveira no dia 20 de Setembro de 1916, Grândola em 22 de Outubro do mesmo ano, e até à estação provisória de Alcácer do Sal, na margem Sul do Rio Sado, em 14 de Julho de 1918; a inserção definitiva com a Linha do Sul foi instalada na Funcheira, em princípios de 1919. A linha chegou à margem norte do Rio Sado em 25 de Maio de 1920, tendo sido aberta a estação definitiva de Alcácer do Sal e extinta a interface provisória na outra margem; até à inauguração da ponte definitiva, em 1 de Junho de 1925, a travessia era feita através de uma ponte de serviço, com muitas restrições.
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Desastre do Rápido do Algarve
Em 13 de Setembro de 1954, uma composição descarrilou entre o Apeadeiro de Pereiras e a Estação de Santa Clara-Sabóia, provocando entre 29 a 34 vítimas mortais e cerca de 50 feridos.
Nos finais de 2001, já se encontravam a ser realizados os trabalhos de modernização desta Linha, tendo sido entregues à empresa Ferrovias. Em 2004 concluiu-se uma renovação integral e electrificação da ferrovia entre o Pinhal Novo e Tunes permitindo em alguns troços que os serviços Alfa Pendular atinjam velocidades de 220 km/h. Circulam, igualmente, pesados comboios carvoeiros com 2200 toneladas.
Construido entre 2007 e 2010 pela TPF Planege e com um custo de cerca de 159 milhões de euros, a Variante de Alcácer tem aproximadamente 29 km extensão, incluindo quatro viadutos em qual o primeiro é sobre a ribeira de S. Martinho com 852 metros, o segundo pela ribeira de Água Cova com 271 metros, o terceiro pelo o Rio Sado com aproximadamente 2735 metros e o ultimo sobre o IC1 com 52 metros. Localizado entre a Estação do Pinheiro e o km 94,700, o objectivo era reforçar a competitividade do Porto de Sines e reduzir o tempo de percurso entre Lisboa - Algarve, aumentar a segurança do mesmo percurso . Atualmente a variante usa uma linha apesar de ser construida para duas. Entrentanto o antigo traçado ainda continua em operação mas no entanto a os serviços de passageiros foram abatidos ao serviço. Apesar de ter sido inaugurado em 12 de Dezembro de 2010 , a variante já estava em uso por causa de um descarrilamento junto à Ponte Ferroviária de Alcácer do Sal que obrigou o uso do variante.
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ATENÇÃO!
Enquanto fazem as buscas e/ou se levarem crianças, peço que tenham muito cuidado pois os comboios que circulam nesta linha podem atingir velocidades altas, podendo apanhar qualquer um de surpresa. Tal como diz a pista: Não é necessário atravessar a linha!
Não corram riscos desnecessários!