Os sambaquis são constituídos por restos faunísticos, como conchas de moluscos e ossos de animais, principalmente peixes.
No Brasil, existem sambaquis em vários pontos do litoral brasileiro, sendo que em Santa Catarina estão os maiores sambaquis do mundo. Em Joinville, chegam a ter 25 metros de altura e centenas de metros de extensão.
Os dados disponíveis permitiram algumas deduções geológicas: possivelmente, os sambaquis formaram-se em duas épocas pré-históricas distintas. A primeira teria sido um período frio, ocorrido há cerca de dez mil anos, quando o mar se encontrava algumas dezenas de metros abaixo do nível atual. Bem mais tarde, com a gradativa elevação do nível do mar, provocada pelo lento mas constante aquecimento da atmosfera, esses sambaquis teriam sido submersos e recobertos por aluviões marinhos. Tais seriam os sambaquis que se encontram parcialmente submersos, como os do litoral de São Paulo e do Paraná.
Há cerca de quatro ou cinco mil anos, sobreveio um novo período frio, bem menos rigoroso, suficiente apenas para abaixar ligeiramente o nível do mar e descobrir os sambaquis submersos. Durante esse período, ou logo após, outros sambaquis se formaram junto às lagunas, praias e mangues decorrentes do recuo das águas. Esses seriam os que se situam alguns metros acima do nível do mar, em antigos terraços marinhos e dunas, em muitos pontos da costa meridional.
Há evidências de cultura humana nos sambaquis, em todos os seus níveis. É comum a presença de objetos líticos (em rocha), como machados de diabásio semipolido, de vários tipos e tamanhos, batedores ou quebra-cocos, trituradores, facas, raspadores e pontas. Há também artefatos ósseos, como anzóis, arpões, pontas de flecha, furadores, discos e adornos. As peças confeccionadas de conchas, principalmente ornamentos, ocorrem em menor quantidade. Bem mais raros são os zoolitos, peças esculpidas em rochas de grande dureza, como o granito e o diabásio, e que representam espécimes da fauna aquática e terrestre com perfeição.
Alguns sambaquis têm revelado a presença de peças cerâmicas fragmentadas nos estratos superiores, misturadas a camadas humosas e a poucas conchas. Essa modalidade provém de uma ocupação mais recente dos montes por índios da família tupi-guarani e por caboclos, já que as amostras coletadas são muito semelhantes à cerâmica tupi-guarani e à que ainda hoje é feita pelos pescadores litorâneos.
No Brasil há diferentes termos para designar os sambaquis. No Pará, são chamados cernambis; em São Paulo e Santa Catarina, casqueiros; em outras partes do país, ilhas de casca, caieiras, samauquis e berbigueiras. Os sítios brasileiros de sambaquis foram aproveitados desde os tempos coloniais para a fabricação de cal e por isso hoje são raros.
Em virtude do interesse geológico que os cerca, sua exploração comercial está proibida.
Existe, desde 1963, o Museu de Sambaquis em Joinville/SC, uma das maiores referências brasileiras no tema.
As coordenadas levam você a conhecer o Sambaqui Morro do Ouro.
Para validar a sua visita, você deve enviar respostas para as perguntas abaixo POR MENSAGEM ou POR EMAIL (POR FAVOR, NÃO COLOQUE AS RESPOSTAS NO SEU LOG):
- Aprendemos que sambaquis são formados por diversos materiais. Que material forma este sambaqui? Olhe bem ao chão e descreva!
- Qual o formato deste sambaqui?
- Quantos degraus tem a escada de acesso ao sambaqui?
- Tarefa opcional: Tire uma selfie no sambaqui e COLOQUE NO SEU LOG (NÃO É PARA ME ENVIAR)
Espero que tenha aprendido um pouco sobre as formações geológicas criadas pelos sambaquianos há milhares de anos atrás e tenha curtido a vista. Divirta-se
ENGLISH
The sambaqui - from Tupi tamba (seafood, shell) ki (mount) - is a geological change result of the action of ancient populations (approximately 5000 years ago) occupying the drier areas with mangroves, lagoons and rivers, where they captured their food resources and changed the geology of the earth.
The sambaquis are composed of faunal remains, such as shells of mollusks and animal bones, mainly fish. Characterized by its circular and varied dimensions.
In Brazil, there are sambaquis at various places along the Brazilian coast, and in Santa Catarina are the largest sambaquis the world. In Joinville, have up to 25 meters high and hundreds of meters long.
The available data allowed some geological deductions: possibly the sambaquis were formed into two distinct prehistoric times. The first would have been a cold period happened about ten thousand years ago, when the sea was at a few tens of meters below the current level. Much later, with the gradual rise in sea level caused by the slow but steady warming of the atmosphere, these sambaquis have been submerged and covered by marine alluvium. Such would be the sambaquis that are partially submerged, as we can see at the São Paulo and Paraná coast.
For nearly four or five thousand years ago, came a new cold season, much less rigorous, just enough to slightly lower the level of the sea and discover the underwater sambaquis. During that time, or shortly after, other sambaquis formed along the lagoons, beaches and mangroves resulting from the receding waters. These would be those situated a few meters above sea level, in ancient marine terraces and dunes in many parts of the southern coast.
There is evidence of human culture in the sambaquis at all levels. It is common the presence of lithic objects (in stone) as axes smoth diabase, of various types and sizes, batters or coconut-breakers , grinders, knives, scrapers and tips. There's also bone artifacts, such as hooks, harpoons, arrowheads, awls, discos and loud. The pieces made of shells, mostly ornaments, occur less. Far more rare are the zoolitos, carved pieces in great hardness of rocks, such as granite and diabase, and representing specimens of aquatic and terrestrial fauna to perfection.
Some sambaquis has revealed the presence of fragmented ceramic pieces in the upper strata, mixed with ground layers and a few shells. This mode comes from a more recent occupation of the hills by the Indians of the Tupi-Guarani family and mestizos, since the collected samples are very similar to the Tupi-Guarani ceramics and which is still made by coastal fishermen.
In Brazil there are different terms for the sambaquis. In Pará, they are called cernambis; in São Paulo and Santa Catarina, casqueiros; in other parts of the country, ilhas de casca Caieiras, samauquis and berbigueiras. The Brazilian sambaquis sites were recovered from colonial times to the manufacture of lime and so today are rare.
Because of geological interest that surrounds the Sambaquis, their commercial use is prohibited.
There is, since 1963, the Sambaquis Museum in Joinville/SC, one of the largest Brazilian references on the subject.
The coordinates lead you to know the Sambaqui Morro do Ouro.
To validate your visit, you must SEND TO ME BY MESSAGE or EMAIL the answers to the following questions (PLEASE, DON'T PUT THE ANSWERS IN YOUR LOG):
- What kind of material this sambaqui are most composed of? Look closely at the ground and you will see!
- What is the form/shape of the sambaqui?
- How many steps has the stairs to sambaqui?
- Optional Task: Take a selfie at the sambaqui and PUT ON YOUR LOG (DON’T SEND TO ME)
I hope you learned a little about the geological formations created by sambaquianos thousands of years ago and have enjoyed the view. Have fun!
