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A-dos-Ruivos (Júlio César Machado) Traditional Geocache

Hidden : 5/13/2017
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   micro (micro)

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Geocache Description:

Aldeia que faz parte da minha infancia e aonde eu decidi viver o resto da minha vida.

No país aonde eu vivo há quase 40 anos as caches que eu crio estão muitas vezes perto de uma igreja que é o coração das terras, eis aqui mais uma.

 



Descubro este escritor Júlio César Machado e a sua ligação com A-dos-Ruivos.

Esta povoação foi retratada no seu livro "Serões na Aldeia", que aí tinha uma casa onde passava os seus tempos livres, chamando-lhe na época "Durruivos". Em sua homenagem, a população erigiu-lhe um busto junto à capela local.

Filho de Luís Maria Cesário da Costa Machado e de Maria Inácia Eulália Marques Fortes Machado.

Escreveu biografias, comédias, contos, crónicas, dramas e romances. Trabalhou como folhetinista no Diário de Noticias e colaborou com alguns textos da sua autoria no Paquete do Tejo (1866-1867), Revista Contemporanea de Portugal e Brasil (1859-1865), Renascença (1878-1879?) e Ribastas e Gambiarras (1881). Com o apoio de Camilo Castelo Branco publicou no jornal " A Semana" o seu romance "Estrela d'Alva" em formato de folhetim.Nas suas obras retratou a vida lisboeta, da sua época, de forma crítica e humorística. Passava os seus tempos livres na pequena localidade de A-dos-Ruivos, no concelho de Bombarral, e por esse facto o seu nome consta na toponímia duma das artérias locais, precisamente aquela onde se localizava a sua casa, rua na qual foi erigido também um busto em sua homenagem.

Ironicamente, a sua vida, consagrada à escrita humorística do quotidiano, terminaria num ambiente de tragédia familiar. Dois meses depois do suicídio do filho único, no mesmo ano da morte do seu grande amigo Camilo Castelo Branco, Júlio César Machado, não resistindo à dor provocada pelo suicídio do único filho, pôs termo à vida na sua casa, um terceiro andar do número 2 da Travessa do Moreira ao Salitre, em Lisboa.

Mais tarde a artéria passou a chamar-se Rua de Júlio César Machado, ficando a casa assinalada com uma placa comemorativa da efeméride.

Foi na manhã de 12 de Janeiro de 1890, num gesto premeditado. O escritor e sua mulher, Maria das Dores da Silva Machado, arranjaram-se como se fossem fazer uma visita. Júlio César chamou a velha criada, Maria José, há mais de meio século ao serviço da família, e mandou-a à Baixa, à Rua do Ouro, comprar o jornal "Le Fígaro". Quando a criada regressou com o jornal, um estranho quadro a aguardava: o casal jazia no chão, num lago de sangue — o patrão morto e a esposa moribunda. Ambos tinham golpeado os pulsos com tal violência que se viam os ossos. Como espectador daquela cena macabra, o retrato do filho, que propositadamente fora retirado da parede e colocado na mesa, ante a qual tudo se desenrolara. Maria das Dores resistiu. Durante mais de três meses obrigaram-na a lutar com a morte. Ficou-lhe o braço esquerdo paralisado e o luto pelo filho e pelo marido.

O jornalista e escritor vivia obcecado pelo filho. Criara-o, digamos assim, com excesso de enlevo. Estroina, muitos desgostos deu o moço ao pai, acabando por tentar o suicídio a tiro, dentro de um comboio, a 13 de Outubro de1889,, ficando numa agonia que demorou dois dias, falecendo dia 15. Tinha 17 anos. O desgosto prostrou Júlio César Machado e a esposa, que, desde então, até ao segundo acto da tragédia, deixaram de contactar com os seus amigos. Tanto quanto sabemos, antes de o casal cortar as veias, com uma grande raiva, o escritor, em vão, tentou enforcar-se.

O escritor morre, para consternação dos seus contemporâneos, que lhe admiravam o estilo claro e ligeiro, o tom coloquial e humorístico, a atenção aos temas do quotidiano. Ramalho Ortigão, como ele cronista, escreveria mais tarde: "Em toda a sua obra, nos folhetins e nos livros, há uma larga claridade hospitaleira de toalha lavada, de jantar servido ao ar livre dos campos".

"Mas como pôde este Júlio, tão alegre, tão moço, sempre tão acostumado a rir, tão interessado pelo mundo, tão apegado à vida que até parecia disposto a não envelhecer jamais, tão delicado e gentil nos seus pensamentos e nos seus actos, acabar sinistramente, num drama de sangue que só de recordá-lo sente a gente o coração constranger-se?" Recordava assim Alberto Pimentel aquele domingo de Janeiro de há um século.

Hoje, podemos vê-lo, em estátua de bronze, da autoria de Simões de Almeida, no Cemitério do Alto de S. João na capital. Foi essa a maior das homenagens póstumas que lhe prestaram os seus amigos.

 


Esta cache é em colaboração com Orion1959 do Cadaval que será responsável pela cache. Obrigada amigo!

Additional Hints (Decrypt)

Ab pnagvaub!

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)