Tendo o planeta Terra a forma esférica (ligeiramente achatado nos polos), onde fica o lugar mais distante de outro?
Esta problemática aconteceu pela primeira vez no séc. XV, quando Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Tordesilhas (1494). Nessa altura o problema não era teórico, mas prático, pois que já conseguiam calcular as coordenadas. O problema estava em saberem se já tinham chegado.
A localização de um lugar é nos dada pelo cruzamento de uma linha vertical (meridiano) e uma horizontal (paralelo), ou seja, o primeiro dá a Longitude e o segundo a Latitude.
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Pelo contrário, determinar a Longitude sempre foi um quebra-cabeças para os navegantes, e só quando na segunda metade do séc.XVIII o inglês John Harrison inventou o cronómetro Marítimo a coisa se tornou mais simples.
Na época dos descobrimentos, as Molucas (ilhas das especiarias) eram as ilhas mais ambicionadas do planeta, e como ficavam no outro lado do mundo, a questão era saber se ficavam na parte portuguesa ou espanhola.
Dividir o Atlântico foi fácil, pois já era conhecido, ficando África para os portugueses e a América para os espanhois. Desconhecido era ainda a outra parte do mundo, bem como o Pacífico.
Só após a Volta ao Mundo em Circum-navegação de Fernão de Magalhães / Elcano, é que se ficou a saber a quem pertencia as Ilhas das Especiarias.
Provou-se que eram dos lusitanos.
Fonte e inspiração para a realização desta cache:
“Encontros Marcados” de Gonçalo Cadilhe – 2011
Clube do Autor, S.A.
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