Colchão de Noiva (Algarve)
Existem relatos de que a doçaria tradicional portuguesa tem grande parte da sua origem nos conventos e mosteiros portugueses no século XVI.
Com as enormes quantidades de açúcar que invadiu Portugal quando começou a exploração de cana de açúcar na Ilha da Madeira, os frades e as freiras criavam verdadeiras iguarias juntando-lhes amêndoa ou outros frutos secos. A base de quase todos os doces é açúcar e ovo, ou melhor, a gema do ovo. Dizem que essa história começou porque as claras dos ovos eram usadas para engomar os hábitos dos padres e freiras.
Existem também receitas com origem nas famílias aristocráticas de onde provinham os segundos filhos sem herança, quase todos destinados a uma vida de clausura e outras foram reproduzidas e adaptadas do lado de fora da clausura, por antigos trabalhadores dos conventos, tornando-se típicas de determinada região.
Ingredientes:
12 claras de ovos
17 colheres de sopa de açúcar
1 chávena de ovos-moles
50g de amêndoas laminadas
Preparação:
Batem-se as claras à mão durante 30 minutos ou 10 minutos na batedeira elétrica. Sem parar de bater adiciona-se o açúcar, colher a colher, e bate-se mais meia hora ou 10 minutos conforme for batido à mão ou à máquina.
Deita-se o preparado num tabuleiro muito bem untado e leva-se a cozer em forno moderadamente quente (180ºC) durante cerca de 25 minutos.
Desenforma-se sobre um papel vegetal, espalham-se por cima os ovos-moles e enrola-se. Enfeita-se com um pouco de ovos-moles e amêndoas torradas e grosseiramente picadas.
Fonte: livro “Cozinha Tradicional Portuguesa” Maria Lourdes de Modesto
Nota:
Vem fazer um pequeno passeio pela doçaria tradicional portuguesa a pé ou de bicicleta.