Malassadas (Açores – São Miguel)
Existem relatos de que a doçaria tradicional portuguesa tem grande parte da sua origem nos conventos e mosteiros portugueses no século XVI.
Com as enormes quantidades de açúcar que invadiu Portugal quando começou a exploração de cana de açúcar na Ilha da Madeira, os frades e as freiras criavam verdadeiras iguarias juntando-lhes amêndoa ou outros frutos secos. A base de quase todos os doces é açúcar e ovo, ou melhor, a gema do ovo. Dizem que essa história começou porque as claras dos ovos eram usadas para engomar os hábitos dos padres e freiras.
Existem também receitas com origem nas famílias aristocráticas de onde provinham os segundos filhos sem herança, quase todos destinados a uma vida de clausura e outras foram reproduzidas e adaptadas do lado de fora da clausura, por antigos trabalhadores dos conventos, tornando-se típicas de determinada região.
Ingredientes:
1Kg de farinha
20g de fermento de padeiro
8 ovos
3 colheres de sopa de açúcar
Sumo de 3 laranjas
1 cálice de aguardente branca
Leite
Sal
Açúcar e canela
Óleo
Preparação:
Dissolve-se o fermento em água fria. Peneira-se a farinha para um alguidar, faz-se um buraco no meio e deita-se aí o fermento, o sumo das laranjas, o açúcar, a aguardente e uma pitada de sal. Junta-se 1 ovo de cada vez e bate-se sempre com as mãos como se fossem duas pás.
Junta-se um pouco de leite se for necessário para que a massa fique com a consistência de um polme grosso. Põe-se a levedar em local temperado durante 2 a 3 horas, embrulhando o alguidar num cobertor. Com as mãos untadas de óleo, tiram-se bocados de massa que se esticam com os dedos, dando-lhes a forma rectangular. Fritam-se em óleo bem quente e polvilham-se com açúcar e canela.
Fonte: livro “Cozinha Tradicional Portuguesa” Maria Lourdes de Modesto
Nota:
Vem fazer um pequeno passeio pela doçaria tradicional portuguesa a pé ou de bicicleta.