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Aqui, Posto de Comando do M.F.A. Traditional Cache

Hidden : 01/24/2018
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
1 out of 5

Size: Size:   micro (micro)

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Geocache Description:


 

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A freguesia da Pontinha e o concelho de Odivelas ficaram indelevelmente inscritos na história do 25 de Abril. Com efeito, a instalação do Posto de Comando do Movimento das Forças Armadas no Regimento de Engenharia 1, tornou a Pontinha no coração da revolução. Foi no RE-1 que o MFA comandou as operações, sofreu nos momentos de incerteza, prendeu Marcelo Caetano, o paladino do regime, reuniu a Junta de Salvação Nacional, redigiu a maioria dos comunicados à imprensa, percebeu, finalmente, que o movimento tinha triunfado.

A escolha do Regimento de Engenharia 1 para Posto de Comando das operações do 25 de Abril partiu de uma sugestão do tenente-coronel Nuno Fisher Lopes Pires – que havia sido 2º comandante daquela unidade até 6 de Março daquele ano – e apoiada pelo capitão Luís Macedo, militar em funções no RE-1. Não houve dúvidas em aceitar a sugestão de Lopes Pires, visto que reunia todas as condições necessárias: estar perto de Lisboa, mas fora da cidade; ser uma unidade da confiança do MFA; dar poucas probabilidades de as forças governamentais a descobrirem, dado que se tratava de uma unidade de engenharia. Assim, na  «Ordem de Operações» de Otelo Saraiva de Carvalho, o RE 1 teria a seguinte missão:

«Protege e defende a unidade a todo o custo. Seleciona um local elevado para montagem do PC. Seleciona um local, bem guardado, onde possam ser recebidos os oficiais superiores e os agentes da Brigada de Trânsito da GNR presos, a seguirem ao seu destino findo o estado de insurreição. Prepara a central telefónica para a emissão e receção de telefonemas.»

Garcia dos Santos tratou de montar o esquema de comunicações, com material previamente “desviado” da Academia Militar e da Escola de Transmissões, tarefa iniciada no dia 23 de Abril e concluída na noite de 24. Luís Macedo encarregou-se de distribuir tarefas pelos seus camaradas do RE 1, e da montagem do Posto de Comando. A “sala de operações” do MFA foi montada num pavilhão pré-fabricado: uma grande mesa ao centro, outras com aparelhos de rádio e telefones, um armário metálico com pistolas e granadas, janelas tapadas por cobertores, uma prancheta de contraplacado, um mapa das estradas do país (do Automóvel Clube de Portugal) e algumas cartas locais. No exterior do pavilhão estava montada uma pequena tenda para o pessoal de transmissões, com antenas vertical e dipolo. Junto ao Posto de Comando, uma camarata improvisada, com camas militares com colchão, travesseiro e mantas.

Dali, seis oficiais – os tenentes-coronéis Nuno Fisher Lopes Pires e Garcia dos Santos, os majores Otelo Saraiva de Carvalho, Sanches Osório e Hugo dos Santos e o capitão-tenente Vítor Crespo -, coadjuvados pelo capitão Luís Macedo, comandaram as operações de uma forma tão surpreendentemente eficaz, que as forças do regime só durante o dia 25, já muito tarde, souberam onde era o Posto de Comando e o país soube-o na manhã de 26, quando ali se realizou a primeira conferência de imprensa da Junta de Salvação Nacional. O carácter rudimentar daquele posto de comando era tão evidente, que o comandante Vítor Crespo, após ter perguntado a um polícia onde era o RE 1 (que se surpreendeu, aliás, por verificar que tantos civis se dirigiam para o regimento naquela noite), quando entrou na sala de operações duvidou que se conseguisse comandar uma revolução naquelas condições. Mas comandou-se e com eficácia!… Os seis, isolados do exterior, conduziram as operações que fizeram com que acordássemos inacreditavelmente num país livre no dia 25 de Abril de 1974.

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Às 22.55h. do dia 24, tal como estava previsto, o locutor João Paulo Dinis apresentava aos microfones dos Emissores Associados de Lisboa a canção “E Depois do Adeus”, de Paulo de Carvalho. Era o primeiro sinal de que tudo corria bem para o MFA. Cerca da meia-noite e vinte, no Posto de Comando, todos à volta da telefonia de Lopes Pires ouviam Paulo Coelho a anunciar no programa “Limite” da Rádio Renascença a canção “Grândola, Vila Morena” de José Afonso, cuja primeira quadra foi lida por Leite de Vasconcelos:

 

«Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade»

 

Era o segundo sinal, a senha para o início das operações em todo o país. A partir das 3 horas alcançavam-se os principais objetivos previstos: Mónaco (R.T.P.), México (R.C.P .), Tóquio (Emissora Nacional). Mais tarde, outros objetivos foram sucessivamente ocupados: Canadá (Quartel General/R.M.L.), Nova Iorque (Aeroporto), Toledo (Terreiro do Paço), Bruxelas (Banco de Portugal), Viena (Rádio Marconi)…

Às 4.26h., Joaquim Furtado lia o primeiro comunicado do Posto de Comando do M.F.A., previamente escrito por Vítor Alves e entregue por Sanches Osório a Otelo, que o enviou do RE 1 para o Rádio Clube Português. Os comunicados vão-se sucedendo – sendo telefonados do Posto de Comando para o RCP -, mas só o das sete e meia é que esclareceria o sentido do movimento:

«Aqui, posto de comando do Movimento das Forças Armadas. Conforme tem sido difundido, as Forças Armadas desencadearam na madrugada de hoje uma série de ações com vista à libertação do País do regime que há longo tempo o domina.

(…) Consciente de que interpreta os verdadeiros sentimentos da Nação, o Movimento das Forças Armadas prosseguirá na sua ação libertadora e pede à população que se recolha às suas residências. Viva Portugal!.»

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Já de nada valia apelar à população para recolher a casa. As ruas enchiam-se cada vez mais de povo, ávido de liberdade, que mostrava não ter dúvidas quanto ao sentido da revolução.

Cerca das 12 horas, Salgueiro Maia foi incumbido de cercar o Quartel do Carmo, onde deveria obter a rendição de Marcelo Caetano, o que simbolizaria o golpe final no regime. Assim aconteceu, após alguns tiros das tropas de Maia sobre o Quartel: Marcelo rendeu-se a António de Spínola, para que «o poder não caísse na rua». O Carmo seria palco de outro grande momento de tensão entre os homens do Posto de Comando. O paladino do regime seguiu, sob prisão, no chaimite “Bula” para o RE 1, onde chegou cerca das 21 horas e ficou detido até à manhã do dia seguinte.

Entretanto, Spínola, que chegara meia hora antes à Pontinha, reuniu com os restantes elementos da Junta de Salvação Nacional, numa sala contígua ao Posto de Comando e deslocou-se à R.T.P., à uma da madrugada, para ler uma proclamação ao país. De regresso ao RE 1, a Junta reatou a discussão do programa do MFA e deu a primeira conferência de imprensa na «sala de operações», pelas 8.15h. do dia 26, algum tempo após a saída de Marcelo Caetano com destino à Madeira. O Posto de Comando manteve-se em funções até à noite de 27 de Abril, 72 horas depois de lá se terem iniciado os trabalhos de comando das operações que libertariam Portugal da ditadura.

Fonte: Caminhos da Memória

 

 

 

A CACHE:

Esta cache é uma singela homenagem a todos os militares e civis envolvidos na Revolução dos cravos.

Trata-se de um container micro, sem material de escrita, apenas logbook. Esta é uma zona com muito movimento, tentem manter a máxima descrição. 

Deixem o container no mesmo local e da mesma forma como o encontraram por favor. 

Additional Hints (Decrypt)

Zrgr n zãb cbe onvkb.

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)