Para registares “found it” nesta earthcache desloca-te as coordenadas publicadas e responde as seguintes questões, enviando as respostas para o seguinte endereço:mjslemos@gmail.com
Observa as rochas que foram dobradas devido a movimentos que ocorreram no interior da Terra:
- Descreve de forma sucinta e objectiva o que consegue observar à tua volta junto à coordenada indicada.
- Na sua opinião, o que está errado, o que deve ser alterado, o que deve ser mantido ou outro qualquer aspecto que julgue interessante para a preservação deste tesouro natural?
- Nas coordenadas é possível observar em destaque uma rocha mais clara. Como a denominas? Qual é aproximadamente a sua largura e comprimento? Qual o seu formato?
- Identifica o tipo de rocha onde ocorrem estas dobras?
- Encontra uma explicação a formação de dobras.
- Tarefa Opcional: uma foto neste local, e no registo, será do nosso agrado, e prova que estiveste lá. As fotos não sendo obrigatórias são um excelente cartão-de-visita para quem visita.
Muito Obrigado pela Visita!
Se acreditas teres concluído com sucesso os objectivos desta Earth Cache e já enviaste ao seu autor todos os requisitos conforme solicitado, por favor, sinta-se à vontade para a registar como encontrada. Posteriormente iremos verificar os requisitos enviados e, caso seja necessário, contacta-lo no sentido de efectuar as devidas correcções ao seu registo.
Fonte: http://aroucageopark.pt/pt/
Campo de dobras da Castanheira
Torcer sem quebrar
A área situada a sudeste das «Pedras Parideiras» assume particular interesse pelo facto das rochas aí aflorantes se apresentarem intensamente dobradas. As «dobras» são deformações nas rochas, onde se verifica o encurvamento de superfícies originalmente planas. Na verdade, as rochas deste geossítio formaram-se há mais de 500 milhões de anos nas profundezas de um mar antigo, onde se depositaram horizontalmente camadas alternantes de sedimentos que, por diagénese e metamorfismo, originaram as rochas metamórficas presentes. Os movimentos de compressão que há cerca de 350 milhões de anos se fizeram sentir provocaram um aumento de pressão e temperatura, que imprimiram às rochas um comportamento dúctil, tendo estas formado dobras de diferente amplitude. Nesta região ocorrem ainda inúmeros filões de quartzo, cuja cor clara e alta resistência à meteorização facilita a perceção das dobras.
A importância deste geossítio é acrescida pelo facto de as dobras e foliações presentes nestes materiais evidenciarem uma atuação orogénica polifásica.
Este geossítio corresponde a uma área que apresenta diversos afloramentos de rochas metassedimentares ante-ordovícicas fortemente dobradas. Correspondem a micaxistos formados por moscovite, biotite, quartzo, e ainda pequenos cristais de andaluzite, estaurolite e, por vezes granada. O grau metamórfico que apresentam é o correspondente ao da zona da estaurolite. Estas rochas apresentam abundantes intercalações de metagrauvaques e veios e filões de quartzo, que tornam muito evidentes as numerosas dobras que ocorrem aqui a diversas escalas.
A última geração de dobras foi atribuída à terceira fase de deformação varisca, embora num dos afloramentos se observe uma dobra atribuída à segunda fase. As dobras da terceira fase têm um plano axial NW-SE com elevadas inclinações, geralmente superiores a 65 graus para SW e NE. O eixo das dobras inclina entre 10 e 20 graus, sistematicamente para SE.
O campo de dobras da Castanheira é drenado pela ribeira da Castanheira, afluente do rio Caima. Esta linha de água serve de refúgio para diversas espécies, como as briófitas (dominantemente do género Sphagnum) e plantas vasculares, como o cervum (Nardus stricta). Nas zonas mais rochosas encontram-se arroz-dos-telhados (Sedum brevifolium) ou o endemismo ibérico açafrão-bravo (Crocus serotinus). As aves de rapina, como o tartaranhão-caçador (Circus pygargus), o peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus) ou o esquivo gavião (Accipiter nisus) sobrevoam, altivamente, este local.
