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O Clube Nacional de Ginástica, a sua História
A 5 de Junho de 1950 lavrou-se a escritura do nascimento do C.N.G.. E como surgiu esta designação? O nome não foi pacífico. Foram necessárias várias reuniões e filtrar os nomes propostos, alguns bem deslocados ou talvez não. Até o nome de "Adamastor" foi sugerido. De qualquer modo foi votado o de "Clube Nacional de Ginástica", ideia feliz e cuja autoria foi de Guilherme Guedes, futuro primeiro Presidente da Direção e pessoa muito ligada a atividades desportivas, sobretudo no campo da Ginástica. Em simultâneo foi desenhado o emblema do Clube, símbolo que mereceu o maior cuidado e cuja paternidade pertenceu a Nuno de Barros, a Manuel dos Santos Franco e a João Abreu, pessoas a quem o Clube muito veio a dever no campo desportivo, competitivo e administrativo. Depois foi o normal nestas circunstâncias: a procura de uma Sede condigna, onde se pudesse ter um recanto de leitura, uma sala de reuniões, um local onde fosse possível jogar um bridge e, sobretudo, um espaço para a prática desportiva que, desde o primeiro momento seriam o Voleibol e a Ginástica, independentemente de outras que viessem a captar interessados, como o Ténis e o popular "Pingue-pongue". Esse local foi encontrado e veio a situar-se na Av. Da República, na Vila Moita, tendo-se mantido como Sede desde a fundação, até ao ano de 1997.
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Simultaneamente houve que elaborar estatutos, definir as cores dos equipamentos desportivos, enfim, de pôr em marcha toda uma estrutura minimamente consistente. Claro que houve problemas, discussões e zangas, abandonos, mas o Clube resistiu porque o sonho comanda a vida, como diz o Poeta e porque houve pessoas determinadas, prontas a sacrificar-se para que o seu ideal triunfasse. Seria justo mencionar algumas, mas o receio de ser injusto com outras leva-nos a preferir elaborar uma lista, o mais completa que nos foi possível, crê-se mesmo que sem falhas significativas, de todos aqueles que passara ao longo dos anos pelos Órgãos Sociais do Clube e que, dentro das suas possibilidades, o consolidaram, vitalizaram e o transformaram de um pequeno Grupo, num Clube de razoável dimensão, com objetivos bem definidos, vivendo para a prática do desporto, virado com especial relance para a formação de jovens.
Por outro lado, foi considerada como importante a existência de uma componente cultural. O objetivo seria, e é, a formação e captação dos espíritos mais sensíveis, o que, é justo dizê-lo, não tem sido fácil. O facto de recusar a prática do futebol, e antes enveredar por modalidades à data da sua fundação pouco desenvolvidas, fez nascer uma certa noção de elitismo. Hoje dir-se-á, e com razão, que há cinquenta anos, o Grupo Fundador do C.N.G. estava avançado em relação ao seu tempo. Existirão muitas modalidades tão espetaculares como o Vólei? A Ginástica não é considerada a modalidade mãe de todas as outras? E não são o Ténis de Mesa, a Natação, o Ténis, as diversas disciplinas de Artes Marciais, o Futebol de Salão e outras, nos nossos dias, acessíveis a todos e de gosto bem popular? E a cultura, nas suas diversas vertentes, sejam leitura, cinema, exposições, jogos de xadrez ou bridge, não deve ser promovida, de modo a beneficiar todos?
O C.N.G. respeitou sempre as colectividades mais antigas, mas obteve o seu próprio espaço na Parede, sem ferir susceptibilidades e sem atropelar ninguém.
O desenvolvimento do C.N.G. foi, como era natural, lento, difícil, por vezes penoso, com dificuldades financeiras imensas; por vezes foi necessária a boa vontade dos sócios mais abonados para satisfação de compromissos inadiáveis. Mas tudo foi vencido com determinação, com autoridade democrática e grande dedicação ao Clube. Todas as crises foram suplantadas, mesmo a que se abateu em 1974/1975, período em que o C.N.G. se transformou em sede de grandes debates políticos que originaram cisões graves, rompimentos tempestuosos e que só o tempo terá feito esquecer em parte. A vivência desse tempo dentro o Clube foi, afinal o reflexo da sociedade portuguesa da época e, embora tivessem ficado feridas, é firme convicção de que, se foram excedidos alguns limites eles foram posteriormente eliminados e considerados como próprios de um longo período de abafamento de expressão. Hoje o Clube vive em perfeita normalidade democrática, aliás como toda a sociedade portuguesa. O nosso Clube é um perfeito reflexo de um Portugal com desigualdades e com injustiças, é verdade, mas cheio de generosidade, de amplas liberdades, com uma juventude cheia de potencialidades onde o impossível não tem cabimento. Deixem-nos sonhar e afirmar que uma muito pequenas parcela da formação desta juventude cheia de potencialidades onde o impossível não tem cabimento. Deixem-nos sonhar e afirmar que uma muito pequena parcela da formação desta juventude viva pertence ao C.N.G e, por arrastamento, a todos aqueles que, em 1950, o fundaram.
Muito se ficou a dever nos primeiros tempos ao Presidente Estevão Carrasco, pelo vigor ue soube imprimir à nova coletividade e, mais tarde, ao Presidente Branco Martins que dedicando-se, de alma e coração, ao Clube e aliando uma postura de autoridade e honestidade com uma formação humanista, conduziu o C.N.G. a uma posição de relevo na comunidade da Parede.
Logo após a crise, em muitos sentidos libertadora, de 1974/1975, o C.N.G. recomeçou as suas atividades com grande empenho, mas demasiado fragilizado tanto no aspecto financeiro, como humano. Foram necessários vários anos para retomar a sua proverbial vitalidade, a qual terá sido alcançada sob a presidência de Júlio Correia.
Entretanto o Clube, devido ao esforço e dedicação do sócio fundador Júlio Botelho Moniz, obteve a permissão para primeiro utilizar e depois possuir as instalações do Rádio Clube Português. Este facto proporcionou ao C.N.G. a posse de um excelente espaço para as práticas desportivas e de lazer, espaço este que tem sido constantemente melhorado, em boa parte devido à gestão de diversas Direções, sempre presididas por Manuel Madeira, outro sócio a quem o Clube muito fica a dever.
In Monografia do Clube Nacional de Ginástica, Junho 2000
O Local
Antes de mais, o Team Osgas deixa ao C.N.G. um sincero agradecimento pela autorização dada para a colocação desta cache no interior das suas instalações. Aos geocachers que a procurem, pedimos o habitual: agradecemos respeito pelo anfitrião e a maior discrição na procura.
O recinto do C.N.G. está aberto aos seus utentes e ao público em geral, diariamente, entre as 08h00 e as 00h00.
A cache
Composta por uma caixa transparente, estanque, com espaço suficiente para troca de trackables — opção que recomendamos, sem que ela pretenda ser um TB Hotel — inclui como logbook um pequeno caderno de capa dura, estando todo o conjunto protegido dentro de um saco igualmente transparente, por forma a melhor garantir a sua integridade contra as intempéries. A fim de não se esgotar rapidamente o logbook, agradecemos que se tente ocupar completamente uma página antes de utilizar outra. Não tem material de escrita. #BYOP! ;)