As minas chegaram a empregar dois mil operários levando ao crescimento de uma pequena vila rural como Aljustrel, tendo sido criados diversos bairros por iniciativa da empresa mineira, como São João, Valdoca, Algares, Sta. Bárbara, Plano, no sentido de albergar os operários e familiares. A arquitectura destes bairros obedecia a um esquema tradicional já implantado em outras minas da região, com bandas contínuas paralelas entre si. As casas seguiam um esquema hierárquico, tendo as habitações da ponta das bandas uma área superior às restantes, pelo que eram atribuídas aos capatazes, para cada unidade era permitido o usufruto de um pequeno quintal nas traseiras. Os engenheiros e quadros superiores possuíam vivendas na rua que ligava a vila à área administrativa da mina e os directores possuíam mansões junto à vila, rodeadas de muros e jardins que resguardavam a sua privacidade e lhes permitia viver completamente independentes da comunidade.
A mina de S. João foi a primeira a ser licenciada em 1847, tendo a exploração sido concedida ao espanhol Sebastião de Gargamala. Aqui nasceu também o primeiro bairro mineiro de Aljustrel, em meados do séc. XIX, no local onde hoje se encontra a Pedreira de S. João.
Também esta mina teve exploração no período romano conforme se pode ver pelos restos de galerias que foram cortadas pela exploração moderna que era feita a céu aberto.
Desde a Idade Média que aqui se situavam as termas de S. João do Deserto, referidas na Carta de Doação do território à Ordem de Santiago, e que se mantiveram em actividade até finais de 1950. As suas águas eram recomendadas para o tratamento de doenças da pele, em pessoas e animais.
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