Contacto Litológico da Mizarela [Arouca] EarthCache
Contacto Litológico da Mizarela [Arouca]
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Difficulty:
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Terrain:
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Size:
 (other)
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Para registares “found it” nesta earthcache desloca-te às coordenadas publicadas e responde às seguintes questões, enviando as respostas para o seguinte endereço:jotace.geo@gmail.com
Este geossítio apresenta um elevado valor ao nível regional, dada a diversidade de interesses que patenteia. Ao nível do seu conteúdo, destaca-se o seu alto geomorfológico, mineralógico, petrológico e cartográfico. No que se refere à sua utilização, trata-se de um geossítio com elevado valor didático.
Nas coordenadas da Geocache observa com atenção as rochas e o solo.
Quando nos deslocamos a este geossítio do contacto litológico deparamo-nos com duas rochas essenciais: o granito e o xisto.
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O que nos leva a afirmar que no passado, está região já foi coberta de água, e possivelmente coberta pelo mar? Justifica a tua resposta.
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Os dois tipos rochas presentes no local, tendo como referência o Rio, de que lado encontramos o xisto? Justifica a tua resposta.
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No xisto é possível observar a olho nú umas manchas esbraquiçadas. Estas manchas são filões de quartzo. Tendo como ponto referência a estrada de alcatrão qual orientação desses filões? Perpendicular ou Paralelo?
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Qual a sua cor? E textura?
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Última tarefa, uma fotografia devidamente identificada (ver exemplo) onde retrates um filamento de estaurolite. Nota: cuidado para não denunciar a sua orientação. Anexa a foto no teu registo.
Obrigado pela visita!
Se acreditas teres concluído com sucesso os objectivos desta EarthCache e já enviaste me enviaste todos os requisitos conforme solicitado, por favor, sinta-se à vontade para a registar como encontrada. Posteriormente iremos verificar os requisitos enviados e, caso seja necessário, contacta-lo no sentido de efectuar as devidas correcções ao seu registo.

Génese das Rochas Magmáticas e Metamórficas
Quando nos deslocamos para o geossítio do contacto litológico deparamo-nos com duas rochas essenciais: o granito e o xisto que, por sua vez, se encontravam divididas entre os dois lados do rio. Para uma melhor compreensão, é imprescindivel o aprofundamento de ambas as rochas em relação à sua génese, ou seja, o processo que as originou. Para tal, é necessário recuar milhões de anos atrás aquando da formação da Terra à 4600 milhões de anos atrás.
Nessa altura, uma mistura de gases e poeiras originou o nosso sistema solar. Para a Terra, no princípio, corpos rochosos colidiam continuamente com a mesma. Assim, as suas temperaturas atingiram valores muito altos. Acerca de 4500 milhões de anos, um objeto do tamanho de Marte colidiu com o nosso planeta e algum material foi libertado para o espaço. Mas tarde, esse material forma a lua. A Terra sofreu também um bombardeamento de meteoritos.
Depois de algum tempo, a camada exterior do planeta começou aos poucos a arrefecer e esta estruturou-se em diferentes camadas, constituída por um núcleo composto por ferro e níquel sólido no seu interior e líquido na parte mais externa envolvido por camadas de materiais rochosos. À superfície, os vulcões encontravam-se numa intensa atividade expelindo uma enorme quantidade de gases que originaram a atmosfera primitiva e ao mesmo tempo, o vapor de água gerou os oceanos.
Há 300 milhões de anos, um único supercontinente, Pangeia, ocupava quase a totalidade da massa continental. As forças envolvidas na formação da Pangeia provocaram a deformação de rochas pré-existentes com a consequente formação de magma. Parte deste magma cristalizou em profundidade na crosta terrestre durante um período de tempo de cerca de 10 milhões de anos e deram origem às rochas magmáticas plutónicas como os granitos que encontramos no Arouca Geopark.
Por sua vez, as rochas metamórficas, são formadas a partir de rochas já existentes, inclusive outras rochas já previamente metamórficas, quando estas são levadas a um ambiente de pressão ou temperatura superiores às condições em que foram formadas. As novas condições de pressão e/ou temperatura devem ser suficientes para que os minerais sofram modificações químicas ou físicas. Como mudança química temos reações que levam à formação de novos minerais e como mundanças físicas pode ocorrer simplesmente o crescimento e reorganização dos cristais através do fenómeno conhecido como recristalização. Tal acontece com o xisto presente na Serra da Freita.
Contacto Litológico
Este geossítio situa-se a 50 metros da povoação da Mizarela. Neste local observa-se nitidamente o contacto entre as formações do Complexo Xisto-Grauváquico ante-ordovícico (rocha metamórfica) e o granito intrusivo da Serra da Freita (rocha magmática).
Os xistos e os grauvaques são rochas metamórficas que sofreram metamorfismo de grau-médio. Estas foram formadas no fundo dos mares a partir de sedimentos finos, essencialmente de origem arenosa e argilosa. O xisto tem cerca de 550 milhões de anos e contém os seguintes minerais: estaurolite, andaluzite e silimanite (esta ultimo apenas reconhecido ao microscópio). A estaurolite aparece em maior abundância, podendo atingir vários centímetros e apresenta-se, por vezes, maclada (mineral sobre mineral, formando uma cruz).
O granito, por sua vez, tem 300 milhões de anos e é constituído por duas micas com granularidade média, como todo o granito da Serra da Freita. Contém quartzo, feldspato potássico, plagioclases, biotite, moscovite e silimanite. Em diversas partes apresenta foliação, resultando esta de um alinhamento de minerais magnéticos anteriores ao processo metamórfico e ainda da orientação de novos minerais. Ao nível do seu conteúdo, destaca-se o seu alto geomorfológico, mineralógico, petrológico e cartográfico. No que se refere à sua utilização, trata-se de um geossítio com elevado valor didáctico.
Neste geossítio é possível verificar, de uma forma mais concreta e fácil, indícios do passado através das rochas existentes nesse local. A sua enorme erosão e desclivagem leva-nos a concluir que, possívelmente, no passado, aquela região já foi coberta de água, possívelmente coberta pelo mar. De facto o que se pode concluir com os próprios olhos, é a realidade pois à cerca de 550 milhões de anos estas rochas estavam a ser formadas perto da plataforma continental do super continente Gondoana , que se encontrava bastante próximo do Polo Sul. Inicialmente era uma zona de sedimentação ( bacia de sedimentação), mas 200 milhões de anos depois, devido ao movimento das placas tectónicas, ocorreu um choque entre placas continentais e os estratos que estavam na posição horizontal, devido ao choque e à densidade levaram a que os estratos que continham o xisto ficasse verticamente em relação à superfície. Algum do material existente durante o choque das placas fundiu devido às elevadas pressões. Os que se encontravam em profundidade conseguiu solidificar formando o granito Serra da Freita
Additional Hints
(No hints available.)