A fonte antiga era uma espécie de tanque, todo metido no chão, formado por quatro grandes lajes inteiriças, com cerca de 1,70 de altura e 1,50 de largo, e o fundo, igualmente de pedra.
Na parte superior este reservatório tinha uma cúpula de quatro faces inclinadas, feitas de tijolo, rebocado e caiado. No bico das quatro faces, assentava um pequeno e florão de cantaria.
A cúpula era fechada por todos os lados excepto o que ficou virado a Poente. Este ficou aberto na sua quase totalidade. Nesta ampla e alta abertura é que as pessoas mergulhavam cântaros e outras bilhas para as encherem com a água que jorrava para este reservatório pela bica de pedra.
Esta fonte foi feita de acordo com as instruções do Padre Afonso, para substituir a fonte antiga que ficava no Caminho do Ribeiro (caminho que passa frente ao actual edifício dos lavadouros, junto às terras dos herdeiros de Francisco Gabriel).
As grandes obras de beneficiação da Fonte datam de 1919. A prova está gravada na pedra que ainda hoje se encontra no jardim junto à fonte, e que, na fonte antiga, estava colocada por cima da pia onde os animais iam beber:

Trata-se da obra de abertura e lajeamento de dois grandes tanques a que deram o nome de poços, destinados à lavagem de roupas e da construção duma cobertura, para proteger as lavadeiras, do sol ou das chuvas.
Os tanques, em forma de quadrado, tinham a cercá-los na parte superior, os batedoiros, convenientemente inclinados e que ficavam a uma boa altura para a utilizadora poder mergulhar na água a peça de roupa para a lavagem.
A água procedia das bicas, passava pela Fonte que a transmitia aos tanques propriamente ditos situados entre a Fonte e os ditos “poços”, dos quais corria para seu último destino.
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