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Ruivães#01 Casa do Capitão-Mor Traditional Geocache

Hidden : 9/13/2019
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   micro (micro)

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Geocache Description:


Casa do Capitão-Mor ou Casa de Dentro

Vieira - Ruivães - Casa de Dentro
[edição de Fortunato F. de Liz]

A Casa do Capitão-Mor, como é hoje designada, é a antiga Casa de Dentro, solar rural armoriado, com pedra de armas sobre o portal, que terá sido mandada gravar em meados do século XVIII por António José de Magalhães Laborão de Almeida, capitão-mor de Ruivães e cavaleiro professo da Ordem de Cristo.

Trata-se de uma característica casa senhorial rural, de planta em L com pátio interior e portal de aparato É uma construção em aparelho misto de alvenaria e cantaria graníticas aparentes, que hoje apresenta já algumas transformações. Para além do brasão no portal, existe ainda uma outra pedra de armas, que integra uma tampa sepulcral guardada no interior da capela. Numa das guias graníticas que bordejam a eira, também de lajeado granítico, conserva-se uma inscrição, que não se conseguiu ler, existindo ainda outra junto a um tanque.

Tem anexa a Capela de Nª Sr.ª da Conceição, de planta rectangular e construída em cantaria granítica aparente, com cobertura de duas águas, coroada com pináculos e cruz sobre peanha, em granito. No interior, modesto, sobressai o retábulo policromo e na parede lateral, a parte superior de uma tampa sepulcral com as armas do capitão-mor de Ruivães.
("Património Arqueológico e Arquitectónico de Vieira do Minho", Luis Fontes e Ana Roriz)

 

Casa de Dentro - capela e escudo de armas (Lemos, Magalhães e Cardoso)

O último Capitão-Mor de Ruivães, José Maria de Miranda Magalhães e Meneses

[nota do romance histórico "O mutilado de Ruivães - Das invasões francesas às lutas civis", de Mário Moutinho e A. Sousa e Silva, Braga, 1980]

"José Maria de Miranda Magalhães e Meneses (1777-1832), foi o último capitão-mor de Ruivães, pois os corpos de Ordenanças foram extintos em 20 de Julho de 1832, doze dias depois da sua morte. Tiveram uma existência de 262 anos.

Sucedera a seu pai, António Luís de Miranda Magalhães e Meneses, não só nas funções de capitão-mor mas também como senhor da Casa de Dentro e administrador do vínculo de Ruivães. Era escudeiro e cavaleiro fidalgo e homem de grande poder e autoridade. Miguelista convicto e lutador corajoso, recusou a escolta de duas Ordenanças que um sargento lhe propôs para o acompanhar até ao Gerês, quando já andavam nos ares ameaças à sua vida.

- 'Quando eu desço destas escadas - respondeu com altivez - até aquelas colunas tremem em me ver!'

Seguiu apenas na companhia de um filhito bastardo de 8 anos de idade e de dois fiéis criados armados. Ao passarem em Vilar da Veiga, os serviçais entraram numa taberna para 'matar o bicho' com um gole de aguardente e o Capitão-Mor e o filho foram andando. Eram as 8 horas da manhã de domingo 8 de Julho de 1832.

Um pouco adiante, ao chegarem ao sítio da 'Assureira', quando o Capitão-Mor se afastava um pouco do filho, soaram de repente quatro tiros de caçadeira, disparados por três homens emboscados atrás de uma barreira. O Capitão-Mor, ferido de morte, cai por terra da muar em que seguia montado.

Ao ouvirem os disparos, os criados correram a toda a pressa para o local mas já não toparam os assassinos que fugiram pela ladeira acima em direcção a Ruivães.

Por informações de uma mulher que ali perto andava a regar e presenciara tudo desde as 3 horas da madrugada, os criados concluíram, pelos sinais fornecidos pela mulher, que os assassinos eram dois serviçais e um caseiro da Casa do Corvo do Vale, de Ruivães.

Embrulharam o cadáver da vítima em dois cobertores que ataram com cordas a uma escada e montaram-no sobre outra muar, regressando a Ruivães. Ao chegarem à ponte velha já muita gente ali estava à espera do malogrado Capitão-Mor, pois a alimária que este montava, espavorida, alcançara Ruivães apenas com um pedaço da cabeçada e dera o alarme.

Mas a tragédia não ficou por aqui.

Pouco depois de terem descido o cadáver da vítima à porta da Casa de Dentro, ouviram-se vários tiros e altos gritos para os lados do Vale. Soube-se que dois dos assassinos haviam sido mortos por amigos do Capitão-Mor e que mais serviçais da Casa do Vale teriam sido abatidos se não se tivessem posto em fuga, constando, mais tarde, que, por terras de Espanha, se haviam refugiado no Brasil.

Atribui-se geralmente o assassínio do destemido Capitão-Mor a ódios políticos, mas foi voz corrente entre o povo que o caso envolvia também uma questão de amor...

Sem a morte do voluntarioso Capitão-Mor nunca o concelho de Ruivães teria sido desmembrado.

No Arquivo da Casa de Lamas, em Vieira do Minho, consta como data da morte do Capitão-Mor o domingo dia 8 de Junho de 1832. Ora, consultando um calendário perpétuo dá-nos o dia 8 numa sexta-feira. Tudo indica, portanto, que houve lapso no registo do mês: o dia 8 de Julho é que caiu num domingo. [...]"

 

 

Ruivães

Em tempos, a freguesia foi reitoria da apresentação do reitor de Santa Maria de Veade. Chamou-se antigamente Vilar de Vacas e vem mencionada pela primeira vez em documentos de 1426. Pertenceu à Casa de Bragança e à província de Trás-os-Montes.

Foi uma das «Sete Honras de Barroso» e constituiu, em conjunto com a freguesia de Campos, o couto de Ruivães. Foi vila e sede de concelho extinto em 31 de Dezembro de 1853. Em 1836 pertencia à comarca de Chaves e, em 1842, como julgado e concelho, reunia as freguesias de Cabril, Campos, Covelo do Gerês, Ferral, Pondras, Reigoso, Ruivães, Salto, Venda Nova e Vila da Ponte. Com a extinção do concelho em 1853 as freguesias passaram para o concelho de Montalegre, com a excepção de Ruivães e Campos que passaram a integrar o concelho de Vieira do Minho. Tinha, em 1849, 6 232 habitantes.

Possuía forca no lugar da Tojeira, da qual já não resta qualquer testemunho ou vestígio.

Em 1695 existia já o morgado de Ruivães, de que foi seu instituidor Gervásio da Pena Miranda. Deste descende toda uma linha de ilustres capitães-mores, senhores da Casa de Dentro.

Além das invasões francesas, Ruivães foi palco de acesas lutas entre liberais e miguelistas e numa das suas casas esteve aquartelado Paiva Couceiro e suas tropas em 1919. Do último capitão-mor de Ruivães, miguelista convicto, conta-se que terá sido assassinado por ordens dos liberais vitoriosos em 8 de Junho de 1832, quando seguia de sua casa — Casa de Dentro — para o Gerês, a tomar águas. Foi, também, palco do Combate de Ruivães. (Wikipedia)

 

 

Pelourinho de Ruivães

Remonta, possivelmente, ao século XVI. Encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1933.

É constituído por uma coluna cilíndrica de granito com base quadrada, erguendo-se sobre três degraus de altura desigual e é encimado por um capitel. O ábaco quadrado suporta um paralelepípedo maciço onde estão gravadas letras e desenhos. Entre o ábaco e a pirâmide estão espetados uns ganchos de ferro recurvados, que, segundo a tradição, serviam para pendurar as cabeças dos condenados à pena capital. (Wikipedia)

Igreja de Ruivães

Igreja paroquial de Ruivães, dedicada a S. Martinho. Tem nave e capela-mor rectangulares, com sacristia adossada, na base da qual se incorporaram tampas sepulcrais epigrafadas de época moderna. É construída em alvenaria granítica de aparelho regular, apresentando cobertura de duas águas sobre cornija, com pináculos e cruzes latinas de granito a coroarem as empenas. A torre sineira encontra-se adossada à fachada. No interior destaca-se o retábulo policromo, os altares laterais e os tectos pintados, na nave com a figuração da cena em que S. Martinho corta a sua capa para a dar ao pobre. Esta igreja, datável do século XVIII, veio substituir a primitiva igreja de S. Martinho de Vilar de Vacas, assim designada no século XI no Censual do Bispo D. Pedro e que corresponde hoje às ruínas de S. Cristóvão. 

("Património Arqueológico e Arquitectónico de Vieira do Minho", Luis Fontes e Ana Roriz)

 

CACHE:

Não se encontra no muro, por favor não retire nenhuma pedra. Formato "nano". Veja spoiler. TENHA CUIDADO A RECOLOCAR NO MESMO SÍTIO.

It is not on the wall, please do not remove any stones. Nano format. See spoiler. BE CAREFUL WHEN PUTTING IT BACK TO THE SAME PLACE.

Outras caches a visitar: Casa da Cuqueira e Casa de Lamas em Vieira do Minho (mesma família da do capitão-mor de Ruivães); Ponte do Diabo - Misarela (invasões francesas).

Other caches to visit: Casa da Cuqueira and Casa de Lamas in Vieira do Minho (same family as that of the capitão-mor of Ruivães); Ponte do Diabo - Misarela (French invasions).

Additional Hints (Decrypt)

Zntaégvpb - irwn fcbvyre / Zntargvp - frr fcbvyre

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)