O "velho" Rosendo
A pedra, com cruz em alto-relevo, existente no sítio da Redonda, próximo da Rua de Enxate, assinala o local onde foi assassinado com um tiro de bacamarte, José Manuel do Vale Rosendo, tio-avô do Mestre-Escola Rosendo, quando regressava de Barcelos, a cavalo, onde tinha acabado de vencer uma questão em tribunal, por causa de águas.
Diz-se que, ainda em Barcelos, foi aconselhado a não regressar a casa pelo caminho habitual - pela Redonda, através de Vilar do Monte/Creixomil - mas sim escolhendo outro trajecto ou então adiando o seu regresso.
Destemido e corajoso, como sempre fora, não vacilou, regressando na montada, pelo trilho usual.
Terá sido em 29/03/1876 que o drama aconteceu.
José Manuel do Vale Rosendo, poderoso e popular em Vila Cova e nas freguesias vizinhas, teria cerca de 26 anos de idade e não possuía descendentes.
Os três homens que lhe fizeram a emboscada (o filho do ordenante [chefe de uma família rica de Vila Cova, cujo nome vou propositadamente ocultar, e que eram inimigos da família dos Rosendos] e dois salafrários contratados - bem pagos) atacaram o Rosendo, quando este regressava de Barcelos, de noite, pelo caminho da Redonda. Foram disparados três tiros de bacamarte, mas o primeiro foi certeiro; Acertou em cheio, atingindo-o no ouvido esquerdo, sindo os estilhaços pelo ouvido contrário, tendo tido morte instantânea.
O cavalo fugiu, aparecendo em casa a relinchar, sem o cavaleiro.
Os dois homens contratados, confessaram em tribunal, como sendo os únicos autores do crime, considerando-se culpados. Julgados no tribunal de Barcelos, foram condenados a degredo para a costa d'África, de onde nunca mais voltaram.
Rosendos: Tratava-se de uma das famílias mais ricas e influentes de Vila Cova na altura, e consta-se que tiveram um papel importante para que Vila Cova não ficasse a pertencer a Esposende (à semelhança do que fez em Perelhal a família dos Ermidas), conforme estaria previsto, em reforma administrativa da época.
(Informações colhidas através de várias pesquisas feitas por mim durante os últimos dois anos, e no "livro" Rosendos de Vila Cova - As Origens, gentilmente cedido por um amigo Vilacovense)
Entretanto, em Agosto de 2020, (provavelmente não só, mas também) devido a esta minha busca de informações e por sugestão de outras pessoas, a junta de freguesia com ajuda de outros voluntários, procedeu à limpeza do local, recontrução de parte do muro envolvente à predra da cruz e à pintura da mesma.
Ficou visível e preservada. (Embora eu não seja muita apologista da pintura)
***********************************************
A cache:
O recipiente é de tamanho pequeno.
Contem apenas logbook; Levem material de escrita.
Coloquem a cache no mesmo local. Mantenham-na na posição correcta para prolongar a sua longevidade.
Tirem e publiquem fotos do local.
E, principalmente, divirtam-se!
***********************************************
Façam CITO, se necessário.
Mas, principalmente, nunca deixe marcas da sua presença, que possam prejudicar o meio ambiente!
Pratique geocaching de forma responsável e consciente, respeitando as normas básicas de segurança.
Faça-o por sua conta e risco!
Obrigado pela vossa visita!
e-mail: geo.amigosdanatureza@gmail.com