Ribamar - Pescador

A vila de Ribamar teria origem no século XVI, tendo em conta que em 1527, no reinado de D. João III, foi efetuado um recenseamento da população do reino e Ribamar já contava com cerca de 12 habitantes.

Muitas são as lendas que se vão contando de geração em geração, mas uma certeza tem desde esta data, Ribamar nunca parou de crescer, muito por causa de não ser um lugar onde os homens encontraram aquilo de que maior necessidade tinham, ou seja, terras férteis, grandes quantidades de árvores para a construção naval e um excelente lugar para porto de pesca.

A atividade económica de Ribamar está dividida entre a pesca e a agricultura. 

PESCA

A vila de Ribamar sempre sobreviveu da pesca e, como os barcos não eram muito grandes e eram a remos ou à vela, só se podia sair para o mar quando o tempo e o mar o permitiam. Era um trabalho difícil, feito em grupo, e os homens tinham de ser muito fortes porque tudo era feito manualmente, desde a colocação dos barcos na água e a sua retirada, até ao lançamento das redes e covos e a sua recuperação. 

De quinze em quinze dias, o valor do pescado era repartido pelos camaradas - 3 a 4 por barco - em função do posto exercido por cada um e depois de terem sido retiradas as despesas de funcionamento do barco.

Na nossa terra, os pescadores usavam para agasalho um barrete, uma camisa e umas ceroulas riscadas e, normalmente andavam descalços - por volta dos anos 50 do século XX, os pescadores já usavam fatos de oleado e botas de borracha, o que evitava andarem molhados enquanto trabalhavam. Para levarem o seu farnel usavam uma cesta de verga.

Na primeira metade do século XX iam para o mar, de barco a remos e ou à vela. Levavam vários apetrechos de pesca, como os covos de madeira, os anzóis e as redes de algodão.

De manhã, bem cedo, partiam mar adentro. Ainda na praia, arrumavam tudo na lancha, o seu farnel e os apetrechos com que iam trabalhar, e lá iam eles para a faina. Quando entravam no barco tinham sempre o respeito de fazer o sinal da cruz e rezar a Deus para que os acompanhassem e os ajudassem no seu trabalho. 

Normalmente vinham todos os dias para casa e o pescado que apanhavam, uma parte era vendida e outra era levada para casa para comerem com a família. O que sobrava, era salgado ou seco para guardarem para o inverno, quando era perigoso ir para o mar.

Os pescadores precisam de ter muita coragem para irem para o mar pois enfrentam muitos perigos, como os naufrágios, e têm que ter muita atenção e cuidado porque o barco pode virar. 

Mais tarde começou-se a usar embarcações maiores, pequenos navios, para a pesca de longo curso. Locais como a Mauritânia no Atlântico Sul ou o Mediterrânio foram locais de eleição para a pesca, onde as viagens duravam semanas até regressarem a Ribamar.

Além de outro pescado, os principais eram as lagostas, mais tarde o polvo, o Robalo e o Safio.

Ribamar foi considerada na década de 80 a aldeia mais rica de Portugal, devido à pesca.

Nos dias de hoje estão registadas mais de 70 embarcações só de Ribamar espalhadas por diversos portos de Portugal com Peniche, Figueira da Foz, Nazaré, Cascais entre outros.

Atualmente, só as embarcações de Ribamar contribuem com 23% do PIB (Produto Interno Bruto) de pescado do país.

A CACHE

A cache não se encontra nas coordenadas indicadas

Sejam discretos, local com algum movimento especialmente no Verão.

A cache encontra-se perto do ponto inicial, pode ser feita a pé.

Para encontrar a cache, dirige-te as coordenadas indicadas. No local encontra-se uma imagem de um pescador (Manuel Silvério). Observa a imagem e descobre a coordenada.

Que animal segura Manuel Silvério, nas mãos?

Polvo: N 39º 12.740 W 009º 20.635

Robalo (peixe): N 39º 12.783 W 009º 20.690

Lagosta: N 39º 12.750 W 009º 20.621

Boa Cachada