Esta geocache faz parte do Roteiro de Caches por Montemor, criado no âmbito de um Mestrado em Política Cultural Autárquica e pretende dar a conhecer cada uma das freguesias do concelho de Montemor-o-Velho.
O roteiro é composto por 14 caches.
Espero que tenham um belo passeio e boas cachadas!
Nota: Todas as caches contém logbook mas é necessário levar material de escrita.
Sê discreto durante a procura, tem cuidado ao manusear as caches e volta a colocá-las no lugar de forma a garantir a sua longevidade.
A Freguesia da Carapinheira
Existem várias suposições sobre o nome da freguesia da Carapinheira mas, apesar de todas elas serem possíveis, não existe a certeza de qual é efetivamente a origem da sua toponímia. A mais citada refere o tipo de cabelo dos escravos trazidos de África por um dos senhores da Quinta da Lavariz: a “carapinha”, que sofreu alterações até chegar ao topónimo “Carapinheira”.
Esta freguesia e vila (elevada em 1990) é uma das freguesias do concelho que oferece mais serviços aos seus cidadãos, sendo também uma das mais próximas da sede (dista apenas 5km). Tal como Meãs do Campo, divide-se essencialmente em duas zonas: zona plana, onde é praticada agricultura, e zona habitacional.
No local existem vários pontos de interesse cultural, histórico e religioso, como a Igreja de Santa Susana (Igreja Matriz), o Parque Nossa Senhora das Dores, o Cruzeiro do Alhastro, o Jardim de São Pedro (onde existe uma pequena estátua dedicada a São Pedro colocada num alto pedestal, ambos inaugurados em 1984), várias capelas (do Espírito Santo, do Santo Cristo e de Santo Amaro, de São Tomé) e solares.
O principal lugar da vila (ou mais frequentado) é o largo do Alhastro (outrora “Villa do Oleastro”).
Culturalmente, destaca-se o Museu do Campo/ Museu LACAM (Liga dos Amigos dos Campos do Mondego), pelo trabalho que tem vindo a desenvolver na divulgação e preservação do património natural e etnográfico local.
Importa ainda referir a existência de várias esculturas em homenagem a figuras concelhias, como a estátua dedicada ao Prof. Doutor José Santos Bessa, localizada no Parque Nossa Sra. das Dores ou a estátua em homenagem ao Homem dos Campos do Mondego, implantada em 2004 na rotunda da Lavariz. Esta estátua de calcário com mais de 3 metros de altura, da autoria do escultor António Nogueira, segura na mão esquerda um saco a tiracolo e com a mão direta “lança as sementes à terra” que dele retira.
O Lavadouro Público
A Cache pretende dar a conhecer este lavadouro datado de 1987 que, apesar de atualmente se encontrar abandonado, outrora terá sido local de encontro e convívio entre as lavadoras da freguesia.
Os lavadouros públicos serviam não só para que as mulheres pudessem ir lavar as roupas dos patrões ou da família, mas também como local de socialização. Era ali que as lavadeiras se encontravam para conversar e saber todas as novidades, aproveitando para “fofocar” e para cantar.
Constituíram uma importante infraestrutura comunitária até finais do século XX, existindo em praticamente todas as aldeias e vilas. Regra geral, os lavadouros que perduraram no tempo já não são muito utilizados, pois as máquinas de lavar roupa fizeram com que esta rotina caísse em desuso, tendo a maioria dos lavadouros públicos sido desativados e destruídos. Ainda assim, existem alguns que se encontram em bom estado de conservação e continuam a representar um importante elemento na história das localidades, pelo que devem ser preservados, sobretudo pelo seu valor cultural. No entanto, esta preservação depende da sensibilidade das populações e das autarquias locais, sendo alguns lavadouros atualmente utilizados para a realização de iniciativas culturais, nomeadamente concertos, mas outros acabam por não ser usados.
Informação consultada através da página do Município de Montemor-o-Velho, da página da Junta de Freguesia da Carapinheira, da página da Direção Regional de Cultura do Centro e da obra Terras de Montemor-o-Velho de A. Santos Conceição (1992).