Palácio de São Marcos
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O Mosteiro de São Marcos de Coimbra (séc. XV – ), atual Palácio de São Marcos, foi um convento masculino pertencente à Ordem e Congregação de São Jerónimo. Situa-se perto de Tentúgal, na quinta de São Marcos, freguesia de São Silvestre do Campo, concelho e diocese de Coimbra.
Criado no século XV, o mosteiro foi extinto no século XIX, passando para a mão de privados. O conjunto de edifícios foi alvo de extensas obras de renovação e ampliação entre os séculos XV e XX. Adaptado durante algum tempo, de 1954 a 1976, como residência palaciana dos duques de Bragança, S. Marcos encontra-se presentemente sob a tutela da Universidade de Coimbra. Devido à sua excepcional riqueza patrimonial, a igreja está classificada como Monumento Nacional.
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Historial
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A edificação religiosa primitiva, anterior à edificação do mosteiro, foi uma pequena ermida, instituída em 1441 por testamento de João Gomes da Silva (alferes-mor do reino, filho de Gonçalo da Silva, alcaide-mor de Montemor-o-Velho), a cujo filho, Aires Gomes da Silva, D. Afonso V confiscou todos os bens por ter apoiado o Infante D. Pedro, seu opositor na guerra civil que terminaria na batalha de Alfarrobeira.
Em 1451 D. Afonso V restituiu todos os bens confiscados à viúva de Aires Gomes da Silva, D. Brites de Meneses (aia da rainha). D. Brites concedeu aos monges do Mato e de Penha Longa as terras que possuía em São Marcos para que aí fundassem um mosteiro, cuja igreja haveria de tornar-se no panteão dos Silvas. Ela própria o terá dotado, em 1458, para ir aí viver e vindo aí a falecer em 1466.
Mestre Gil de Sousa, arquiteto do rei, orientou o primeiro ciclo das obras de construção, desde cerca de 1452 até à data da sua morte, doze anos mais tarde, tendo sido sepultado na igreja. As obras iriam continuar sob a direcção de Nuno Gonçalves, um pedreiro do vizinho lugar de Zouparria. Nas sucessivas empreitadas de renovação e ampliação levadas a cabo ao longo dos tempos haveria de participar um notável conjunto de escultores e arquitetos que aí realizaram obas de vulto, entre os quais Diogo Pires-o-Velho, Diogo Pires-o-Moço, Nicolau Chanterene, Diogo de Castilho e João de Ruão.
O claustro está de acordo com a tipologia dos claustros da renascença coimbrã. No primeiro quartel do século XVI (1510; 1522-23) foram executadas obras importantes que alteraram a feição arquitetónica do edifício (portal; capela-mor…). Entre as outras obras de renovação/ampliação da igreja destaque-se a construção da capela dos Reis Magos (segunda metade do século XVI), e a construção da frontaria (século XVIII).
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Depois de extintas as ordens religiosas (1834), o convento foi adquirido por um particular e, em 1860, grande parte das edificações foram destruídas por um incêndio, com exceção da igreja e da casa da botica. Os edifícios em ruína foram recuperados em meados do século XX (direção do arquiteto Castro Ferreira; projeto inspirado nas casas seiscentistas), após aquisição do conjunto pela Fundação da Casa de Bragança. Presentemente S. Marcos é propriedade do Estado, encontrando-se confiado à Universidade de Coimbra, para exploração, por um período de tempo limitado.
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Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mosteiro_de_S%C3%A3o_Marcos_de_Coimbra