BirdWatching
![](https://img.geocaching.com:443/9dc832e8-fb73-4262-bfdb-8c44789ed0fe.jpg)
A baía do Seixal, localizada na margem esquerda do estuário do Tejo, apresenta-se como uma das riquezas naturais do concelho. Esta enseada está abrigada por uma extensa língua de areia, a Restinga do Alfeite.
Nesta restinga existem algumas praias fluviais. Como exemplo disso temos a ponta dos Corvos, uma praia fluvial virada para Lisboa, localmente conhecida como ponta de mato, ou praia dos tesos, é a primeira praia classificada do estuário do Tejo, onde é permitida a prática balnear.
Embora através do projecto Portugal 2020, a autarquia do Seixal tenha em mente a requalificação da zona, para já, permanece um local remoto e tranquilo.
Em terra de pescadores e quintas senhoriais, sempre com uma forte actividade ligada ao rio, também a seca do bacalhau está associada á ponta do mato, desde 1917, altura em que se intalaram nesta zona três empresas ligadas a esta actividade. A Luso-Brasileira, a Sociedade Lisbonense de Pesca de Bacalhau e a Companhia Atlântica de Pesca.
Do conjunto de edifícios aqui construídos para este fim, permanece ainda, mas em mau estado de conservação, o da seca de bacalhau da Companhia Atlântica de Pesca
Hoje, ruinas, são um museu a céu aberto de arte urbana, onde artistas deixam a sua marca!
![](https://img.geocaching.com:443/61ffa87c-a25e-437f-a18d-4abe073dd6cf.jpg)
Dez por cento do território do concelho do Seixal faz parte da Reserva Ecológica Nacional (REN). Ai estão inseridos o Sapal de Coina, o Sapal do Talaminho e o Sapal de Corroios, locais importantes dos património natural do concelho.
Aqui, o sapal de corroios é a zona húmida mais bem conservada de todo o estuário do Tejo, a sul de Alcochete, sendo de salientar a riqueza ornitológica e a fauna aquática ali existentes.
Zona de domínio público hídrico, abrangida pela legislação da Reserva Ecológica Nacional, desempenha um papel vital para as populações de peixes, bivalves, crustáceos e aves limícolas, residentes e migratórias do estuário do rio Tejo. Vários estudos botânicos realizados pela Faculdade de Ciências de Lisboa concluíram como características peculiares desta formação vegetal a grande produtividade biológica e a capacidade de despoluição das águas. É um ecossistema que tem capacidade de armazenar e sequestrar metais pesados, junto às raízes da vegetação, tornando-os inativos.
O Sapal é ainda um amortecedor de temporais, absorvendo a grande energia das ondas de tempestade e atuando como reservatório das suas águas reduzindo assim os danos para o interior. Constitui abrigo e proteção dos peixes juvenis contra predadores, garantindo a sua sobrevivência e a manutenção dos stocks de pesca das zonas costeiras adjacentes. Esta área têm vindo a abrigar várias espécies de aves protegidas por Directivas da União Europeia.
![](https://img.geocaching.com:443/3d1499aa-8a58-411d-a05d-ab7f7050d3db.jpg)
A baía do Seixal, na qual se incluí o sapal de Corroios, é um verdadeiro oásis de vida selvagem numa zona intensamente urbanizada e transformada pelo homem. Nas vastas áreas de lodo que ficam a descoberto durante a maré vazia, é possível observar um grande número de aves limícolas a alimentarem-se. Na maré cheia, as manchas de vegetação que permanecem emersas proporcionam refúgio a várias aves aquáticas. De facto, neste habitat estuarino ocorrem inúmeras espécies de aves aquáticas, incluindo o flamingo (Phoenicopterus ruber), a garça-real (Ardea cinerea), a garça-branca (Egretta garzetta), o corvo-marinho (Phalacrocorax carbo), o alfaiate (Recurvirostra avosetta), o perna-longa (Himantopus himan-topus), o perna-vermelha-comum (Tringa totanus), o maçarico-de-bico-direito(Limosa limosa), os pilritos (Calidris sp.), as tarambolas(Pluvialis sp.), a rola-do-mar (Arenaria interpres), a galinha-de-água (Gallinula chloropus), o pato-real (Anas platyrhynchos), a gaivota-de-asa-escura (Larus fus-cus), o guincho (Larus ridibundus) e os borrelhos (Charadrius sp.)
A zona adjacente ao sapal, e o próprio sapal durante a maré alta, assumem bastante relevância enquanto área de alimentação e abrigo para várias espécies de peixes que utilizam o estuário com área de viveiro, como o sargo-do-Senegal (Diplodus bellottii), o sargo-safia (Diplodus vulgaris), o robalo-legítimo (Dicentrarchus labrax), e ainda espécies residentes como o xarroco (Halobatrachus didactylus) e o caboz-comum (Pomatoschistus microps). É também um local particularmente importante para espécies piscícolas detritívoras como as taínhas (família Mugillidae). Na baía ocorrem ainda várias espécies de invertebrados, que servem de alimento a aves e peixes, nomeadamente crustáceos, como o caranguejo-verde (Carcinus maenas) e o camarão-de-água-doce (Palaemon longiros-tris), gastrópodes (búzio, Hydrobia ulvae) e poliquetas (minhoca-da-pesca, Hediste diversicolor).
![](https://img.geocaching.com:443/245e74e0-d328-437c-b859-b095199b9313.jpg)
A Cache
Para conseguires chegar ao GZ, pretendemos dar a conhecer algumas especies de aves que coabitam connosco, assim como se irão deslocar a alguns pontos, onde é evidente a influencia delas, nos artistas locais.
Aproveitem, disfrutem e na abordagem ao container, tenham cuidado, porque esperamos que eventualmente tenha habitantes.
Divirtam-se e se possivel pratiquem C.I.T.O.