A freguesia de Cabril alberga um conjunto de obras criadas pelos seus povos, numa anciã guerra entre o Homem e o Lobo-Ibérico (Canis Lupus Signatus), monumentos ainda hoje preservados, os fojos, armadilhas que serviam as populações durante vastos anos com um poder histórico e cultural intrínseco. O Fojo de Xertelo foi o último a receber uma intervenção de recuperação, e provavelmente o que terá o registo mais antigo, é um dos mais belos do Parque Nacional, um dos que conseguimos apreciar quando iniciamos ou finalizamos o trilho nas imediações da aldeia com o mesmo nome. Este Fojo não era apenas usado pela pequena população de Xertelo, a sua localização geográfica fazia dele uma partilha de batidas por parte da população de São Lourenço, Chelo e Azevedo, pois partilhavam estes territórios serranos nos seus pastoreios.
Fojo do Lobo: Armadilha permanente e comunitária para capturar o lobo, animal, que durante séculos, abundou nas zonas montanhosas da Península Ibérica, e cuja coexistência com o ser humano nem sempre foi pacífica. Em territórios rurais povoados, um ataque do lobo podia comprometer todo o sustento da casa. Durante a Idade Média, altura em que se estima terem surgido estes exemplares de armadilha, o lobo usufruía de uma conotação mitológica e cultural negativa, sendo associado à bruxaria e às forças do mal. Estórias que alimentaram e contribuíram para a criação de um imaginário comum da existência do lobo mau.
Construídos normalmente em pedra, sem argamassa, eram localizados estrategicamente em zonas de passagem de alcateias. Consoante o modo de utilização e tipologia, podem ser divididos em cinco tipos: fojo simples, fojo de cabrita, fojo de paredes convergentes, fojo de alçapão e o Corral. No concelho de Montalegre existem exemplares de paredes convergentes e de cabrita. O fojo, e tudo o que a ele concerne, integra um processo totalmente comunitário, desde a sua construção até à morte do animal, constituindo um bem patrimonial de grande importância etnográfica, científica e cultural.
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