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RIA DE AVEIRO Traditional Cache

Hidden : 5/6/2021
Difficulty:
1 out of 5
Terrain:
5 out of 5

Size: Size:   other (other)

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Geocache Description:


RIA DE AVEIRO

Ria de Aveiro, também conhecida como Foz do Vouga, é uma laguna que existe na região de Aveiro, entre Ovar e Mira.

Trata-se de uma lagoa costeira de baixa profundidade e extensas zonas entre marés, estendendo-se no interior do território português, paralelamente ao Oceano Atlântico, ao longo de 45 quilómetros de comprimento e com uma largura máxima de 11 quilómetros. A sua área percorre dois distritos (Aveiro e Coimbra) e as localidades de AveiroEstarrejaÍlhavo, Mira, Murtosa, Ovar e Vagos.

A ria divide-se em três canais/zonas: o Canal de Ovar, o Canal de Ílhavo e o Canal de Mira.

ria é o resultado do recuo do mar, com a formação de cordões litorais que, a partir do século XVI, formaram uma laguna que constitui um dos mais importantes e belos acidentes geográficos da costa portuguesa.

No total, toda a foz abarca onze mil hectares, dos quais seis mil estão permanentemente alagados, desdobra-se em quatro importantes canais ramificados em esteiros que circundam inúmeras ilhas e ilhotas. Nela desaguam os rios VougaAntuãBoco e Fontão, tendo como única comunicação com o mar um canal que corta o cordão litoral entre a Barra e São Jacinto, permitindo o acesso ao porto de Aveiro de embarcações de grande calado.

Rica em peixes e aves aquáticas, apresenta grandes planos de água, locais de eleição para a prática de todos os desportos náuticos. Para além disso, ainda que tenha vindo a perder, de ano para ano, a importância que já teve na economia aveirense, a produção de sal, utilizando técnicas milenares, é ainda uma das atividades tradicionais mais características da cidade de Aveiro.

AFLUENTES

Rio Antuã

rio Antuã nasce a uma altitude aproximada de 400 metros, no Monte Alto, localidade de Romariz, concelho de Santa Maria da Feira, e estende-se por cerca de 38 quilómetros até desaguar na Ria de Aveiro, na zona do Largo do Laranjo, concelho de Estarreja. Em alguns lugares, como São João da Madeira e Vila de Cucujães, é conhecido como rio Ul, mas em Ul designa-se por rio Antuã aquele que, efetivamente, banha S. João da Madeira, Cucujães, S. Tiago de Riba Ul, Oliveira de Azeméis e Estarreja.

Rio Boco

rio Boco nasce na freguesia de Febres, na localidade de Balsas, concelho de Cantanhede. Banha os concelhos de Vagos e de Ílhavo, desaguando na Ria de Aveiro. Este curso de água pode tomar o nome de Ribeira ou Rio Boco, sendo conhecido, em tempos idos, por Rio Salgado. É conhecido na localidade de Bustos por Vala do Sardão.

Rio Cáster

rio Cáster tem a sua nascente na freguesia de Sanfins, do concelho de Santa Maria da Feira, atravessando diversas freguesias desse concelho e outras do vizinho concelho de Ovar, até desaguar na Ria de Aveiro, que tem o seu limite norte no Carregal. Associados a este rio, nomeadamente pela pesca e pela agricultura, estão desde longa data os moradores da Ribeira de Ovar que dependeram do seus cais – desde meados do século XVIII – para procederem ao transporte de mercadorias entre Aveiro, o Porto e outras terras mais no interior.

ASSOREAMENTO

Os grandes problemas da Ria de Aveiro, em concreto no canal de Ovar, estão há muito identificados: assoreamento dos troços do canal; erosão das margens, cada vez mais ameaçadas pelo avanço das águas; destruição dos diques de proteção; dificuldades de circulação fluvial; intrusão de salina nos terrenos; fragilidade da faixa costeira e lagunar.

 

 

Ao assoreamento da Ria de Aveiro têm sido apontadas diversas causas, desde a construção de obras de melhoramentos da barra do Porto de Aveiro; o abandono das marinhas de sal; a falta de apanha do moliço; a alteração no transporte sedimentar marítimo; a poluição provocada por dejetos lançados à Ria de Aveiro e provenientes das águas residuais urbanas e descargas industriais.

O canal de Ovar, na sua generalidade, apresenta características lodosas, encontrando-se desde lodos negros e lodos com conchas a areias lodosas, finas e médias. A deposição dos dragados foi efetuada nas áreas marginais – margens e áreas interditais (que ficam a descoberto na baixa-mar), tendo como objetivo básico a sobrelevação dessas áreas para formação de praias lagunares, ampliação ou recuperação de áreas de junco e caniço e criação ou ampliação de faixas interditais. Os fundos e as margens são essencialmente constituídos por lodos, havendo nas margens bastante vegetação, particularmente na margem Nascente do canal que tem zonas pantanosas e inter-mareais combinadas com zonas de acesso a terrenos de cultivo.

A desastrosa intervenção de desassoreamento de 1998, na qual os dragados foram depositados no espaço da margem, voltando posteriormente ao leito da Ria, facilitou a navegação das pequenas embarcações, ao longo dos canais. No entanto, aquela dragagem aumentou a circulação da água nas áreas extremas dos diferentes braços da Ria, sendo várias vezes referenciada (em conjunto com as obras do Porto de Aveiro) como responsável pelo aumento da intrusão da água salgada nos campos agrícolas do Baixo Vouga Lagunar.

Mas será esta nova dragagem o “toque de midas” que irá resolver os problemas da Ria de Aveiro, em concreto no canal de Ovar? A resposta parece-me negativa! Vai melhorar a navegabilidade e proteger superficialmente as margens… mas não vai resolver os reais problemas da Ria de Aveiro, que perdurarão e obrigarão a novas intervenções daqui a poucos anos.

Em suma, segundo a análise ao projeto e aos objetivos, o que teremos é, assim, uma melhoria substancial das condições de navegabilidade, uma ligeira melhoria na proteção das margens, mas continuaremos a ter assoreamento, continuaremos a ter poluição, continuaremos a ter salinização dos terrenos adjacentes e continuaremos a não poder tirar proveito deste nosso ex-libris! Esta empreitada, pelas suas características, dinâmica e objetivos, não consubstanciará uma verdadeira dragagem da Ria de Aveiro, mas antes uma mera dragagem na Ria de Aveiro.

Se o objetivo fosse um verdadeiro desassoreamento da Ria de Aveiro, a empreitada teria de ir mais além e, entre outros desideratos, promover uma verdadeira melhoria do equilíbrio sedimentar da Ria, através da elaboração de um exaustivo planeamento e ordenamento da Ria; criar uma permanente monitorização dos canais; promover a criação urgente de uma verdadeira e forte entidade gestora, reguladora e protetora (fiscalizadora); adotar quadros estratégicos de desenvolvimento dos municípios (incluindo Ovar) que assumissem a defesa dos valores ambientais, como fator estruturante do desenvolvimento do concelho, nomeadamente enfatizando a relação do Município com a Ria de Aveiro e fomentando a criação de condições para a fruição de espaços de valor ambiental e paisagístico.

Antigamente, a Ria aparecia como uma área ordenada e operacional, com ilhas delimitadas. Hoje, observa-se uma laguna votada ao “abandono”. A Ria de Aveiro deve ser tratada de acordo com o benefício social, turístico e de recreio, e não em prol de interesses económicos e políticos!

Resta-nos continuar a defender este nosso património ambiental e a sua riqueza natural, pelo menos até à conclusão desta empreitada, ainda que persistam duvidas legitimas sobre o verdadeiro impacto concreto de uma tal obra de desassoreamento, e que prioridade de planeamento na sua intervenção nos canais e cais entre Ovar e Mira.

BOAS CACHADAS

Additional Hints (Decrypt)

NEOHFGB

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)