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Maria da Fonte Traditional Cache

Hidden : 11/15/2021
Difficulty:
1 out of 5
Terrain:
1 out of 5

Size: Size:   micro (micro)

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Geocache Description:


MARIA DA FONTE


Maria da Fonte, ou Revolta do Minho, foi uma revolta popular ocorrida na primavera de 1846 contra o governo cartista presidido por António Bernardo da Costa Cabral.


Esta revolta da Maria da Fonte, como ficou conhecida, passou a rebelião contra a ditadura política e a exploração económica de Costa Cabral, um dos chefes do movimento constitucionalista que, desde 1842, liderava o país. Os camponeses não queriam pagar os novos impostos decretados pelo governante, que iria ser demitido pela rainha D. Maria II Estamos a falar num contexto em que o  regime vigente era odiado. O estado vivia dos impostos cobrados ao povo, ao mesmo tempo concedia monopólios ou fazia contratos com os grandes capitalistas em troca de empréstimos.
 

A gota de água para esta revolta popular foi a lei da saúde, criada em nome da higiene pública para evitar epidemias. A contestação começou na aldeia minhota de Santo André dos Frades. Estávamos em Março de 1846 quando um grupo de mulheres armadas de foices e gadanhas decidiu protestar contra a nova lei que as proibia de enterrar os seus mortos no interior das igrejas.


As mulheres minhotas (A instigadora dos motins iniciais terá sido uma mulher do povo chamada Maria, natural da freguesia de Fontarcada, que por isso ficaria conhecida pela alcunha de Maria da Fonte) protestaram pela primeira vez em 19 de março na aldeia de Santo André de Frades, concelho de Póvoa do Lanhoso, quando, após obrigarem o pároco a sepultar na igreja uma mulher recentemente falecida, as autoridades decidiram exumar o corpo no cumprimento da lei. Logo os sinos tocaram a rebate e um grupo de camponesas obrigou à fuga das autoridades, com risco das próprias vidas.
De uma forma aparentemente espontânea e genuinamente popular, os protestos foram-se repetindo até meados de abril, quando passaram a ser direcionados para os funcionários da Fazenda que faziam um levantamento de bens para efeitos do lançamento de impostos.
Num misto de anarquia e defesa de dignidade, houve, em Vieira do Minho, novos protestos, mas assumindo já o carácter de uma revolta; as mulheres assaltaram a Administração e destruíram os arquivos. A revolta depressa alastrou pelo resto do Minho e Trás-os-Montes.
Partiu então de Braga uma força de infantaria para restabelecer a ordem. Como reação, o movimento toma o aspeto de grupos de guerrilha. É na liderança destes grupos que surge uma série de clérigos como o padre Casimiro José Vieira, o padre João Cano, o padre Manuel de Agra, entre outros, que dão ao movimento popular um carácter político, visando a restauração do absolutismo de D. Miguel. Posteriormente, também os setembristas se colocariam do lado dos revoltosos.
Com o apoio das Câmaras, Costa Cabral nomeia o seu irmão, José Bernardo, comissário do Governo com poderes quase ilimitados sobre as autoridades civis e militares. À força que José Bernardo iria empregar responde o país com a formação de Juntas locais um pouco por todo o lado, as quais detiveram o poder por algum tempo à escala regional, recusando-se a obedecer ao governo central.
O duque da Terceira, presidente do ministério, perante tão conclusiva demonstração de força e apercebendo-se de que tinha todo o país contra si, convoca uma reunião do Gabinete, presidido pela rainha, em que propõe à monarca a demissão do governo como única forma de debelar a revolta.
A rebelião parece ser a resposta popular aos exageros da ditadura de Costa Cabral; mas, se assim foi, o povo só se inquietou quando se sentiu diretamente atingido, ou seja, com as leis da saúde e com os impostos. Não se trata, pelo menos inicialmente, de uma revolta de cariz político mas tão-somente de defesa de valores tradicionais e seculares.

Bibliografia:

  1. Blog Casa do Minho
  2. Wikipédia
  3. Centro Interpretativo Maria da Fonte

Additional Hints (Decrypt)

Phvqnqb pbz b pãb

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)