Massas Minerais são as rochas e ocorrências minerais que não sendo classificadas como Depósitos Minerais são susceptíveis de exploração industrial.
As Massas Minerais – Pedreiras – são alvo de intensa exploração no nosso concelho. patenteada na presença de inúmeras empresas, cada uma com capacidades técnicas e know-how de reconhecível vanguardismo mundial.
O sector da exploração e transformação de granitos e especificamente a fileira das rochas ornamentais, assume no concelho de Vila Pouca de Aguiar uma enorme relevância em termos socioeconómicos.
Este sector garante a criação de mais de 1000 postos de trabalho directo e outros tantos postos de trabalho indirecto. Estima-se que o valor produzido pelo sector represente mais de 30 milhões de euros anuais.
Outra particularidade para o reconhecimento da denominação de Capital do granito prende-se como diversidade tipológica dos granitos explorados.
A actividade extractiva do sector das pedras naturais faz-se, no nosso concelho, em três núcleos distintos; O núcleo de Pedras Salgadas, o núcleo de Telões e o núcleo da Falperra.
Nestas áreas exploram-se, respectivamente, o Granito Cinza Telões, o Granito Amarelo Real e o Granito Cinza Claro de Pedras Salgadas cuja implantação no mercado está amplamente divulgada.
Na planta de ordenamento do PDM de Vila Pouca de Aguiar estão definidos 3 áreas classificadas como “Espaços de recursos geológicos”, previstas para a exploração de granitos: Áreas de exploração consolidadas de Telões, Falperra e de Pedras Salgadas.
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O granito (do latim granum grão, em referência à textura da rocha) é um tipo comum de rocha ígnea ou rocha magmática, intrusiva ou plutónica de grão fino não metamórfico, médio ou grosseiro, composta essencialmente pelos minerais: quartzo, mica e feldspato, tendo como minerais acessórios mica (normalmente presente), hornblenda, zircão e outros minerais. É normalmente encontrado nas placas continentais da crosta terrestre.
A composição mineralógica dos granitos é definida por associações muito variadas de quartzo, feldspato, micas (biotite e/ou moscovite), anfíbolas (sobretudo horneblenda), piroxenas (augite e hiperstena) e olivina. Alguns desses constituintes podem estar ausentes em determinadas associações mineralógicas, anotando-se diversos outros minerais acessórios em proporções bem mais reduzidas. Quartzo, feldspato, micas e anfíbolas são os minerais dominantes nas rochas graníticas e afins.
A textura das rochas silicatadas é determinada pela granulometria e hábito dos cristais, sendo a estrutura definida pela distribuição desses cristais. Composição, textura e estrutura representam assim parâmetros de grande importância para caracterização de granitos.
O granito é utilizado como rocha ornamental e na construção civil. Para o sector de pedras ornamentais e de revestimento, o termo granito designa um amplo conjunto de rochas silicatadas, abrangendo monzonitos, granodioritos, charnockitos, sienitos, dioritos, doleritos, basaltos e os próprios granitos.
Em Portugal a paisagem granítica revela-se principalmente em extensos planaltos, em serras, nas Beiras e em várias regiões montanhosas. Há ainda a considerar um maciço de dimensões mais reduzidas, na serra de Sintra, com cerca de 10 por 5 quilómetros.
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Granitoides cristalizam a partir de magmas que têm composições em (ou próximas de) um ponto eutético (ou um mínimo de temperatura em uma curva cotética). Magmas evoluirão até o eutético devida a diferenciação ígnea, ou porque eles representam baixos graus de fusão parcial. Cristalização fracionada acaba por reduzir um melt em ferro, magnésio, titânio, cálcio e sódio, e enriquecem o melt em potássio e silício. Álcali-feldspatos (ricos em potássio) e quartzo (SiO2) são os dois constituintes principais do granito.
Este processo opera independentemente da origem do magma parental do granito e de sua química. Entretanto, a composição e origem do magma que sofre diferenciação para granitos deixa certas evidências geoquímicas e minerais de qual seria a rocha-fonte. Por exemplo, um granito que é formado por sedimentos fundidos pode ter mais álcali-feldspatos, enquanto um granito derivado de basalto fundido pode ser mais rico em plagioclásio. É precisamente nisto que se baseia a classificação moderna.
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O intemperismo físico - Consiste na ocorrência de processos que são responsáveis pelas fragmentações ou fissuras nas rochas, separando minerais antes ordenados de forma coesa e transformando uma superfície então homogênea em uma rocha descontínua.
Os principais agentes responsáveis pelo intemperismo físico são a água (e seus processos de evaporação, congelamento etc.), as variações de humidade e temperatura, entre outros.
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O intemperismo químico - Ocorre quando ácido carbônico diluído (e outros ácidos presentes na chuva e na água freática), alteram o feldspato em um processo chamado hidrólise.
Como demonstrado na seguinte reação, isto faz com que o feldspato potássico forme caulinita, com íons potássicos, bicarbonato e sílica como subprodutos.
2 KAlSi3O8 + 2 H2CO3 + 9 H2O → Al2Si2O5(OH)4 + 4 H4SiO4 + 2 K+ + 2 HCO3−
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