John Muir (Dunbar, Escócia, 1838 — Noël, Los Angeles, 1914, foi um preservacionista, proprietário rural, explorador e escritor escocês-americano, teve papel fundamental na criação das primeiras áreas protegidas americanas e que é considerado um dos fundadores do movimento conservacionista moderno.
Para ele o homem era parte da própria natureza, e como tal não pode ser dotado de direitos maiores que os animais (ideias que, mais tarde, foram chamadas de biocentrismo, e que encontravam respaldo na história natural e no evolucionismo darwiniano). Além disso, profundamente influenciado pelo movimento romântico, via a natureza como algo intrinsecamente belo e carregado de valor espiritual e religioso, e que deveria ser protegido de maneira radical da influência negativa aportada pelo homem.
Os escritos de Muir influenciaram Theodore Roosevelt na criação do Parque Nacional de Yosemite, e muitas barragens deixaram de ser erguidas ou foram interrompidas em territórios dos parques nacionais graças a suas ideias. Suas ideias também tiveram grande influência sobre o conservacionismo e a ética ambiental, que ganharam força a partir da segunda metade do século XX
Muir escreveu cerca de três centenas de artigos e dez livros, em que narrava suas viagens e expunham suas ideias naturais, inspirando seus leitores - desde políticos ao público comum, no amor pela natureza e incitando-os em apoiarem seus objetivos preservacionistas - pois também denunciava a degradação que encontrava, especialmente na revista Century e, graças aos seus esforços, o Congresso dos Estados Unidos declarou Yosemite um Parque Nacional, no ano de 1890 - e ainda lutou para a criação dos parques da Sequoia, Mount Ranier, da Floresta Petrificada e do Grand Canyon
Citações John Muir
“Há um amor pela natureza selvagem em todos, um antigo amor de mãe sempre se mostrando reconhecido ou não, mas coberto por cuidados e deveres.”
“Somente indo sozinho em silêncio, sem bagagem, pode-se realmente entrar no coração do deserto. Todas as outras viagens são mera poeira e hotéis e bagagens e conversas.”
“Milhares de pessoas cansadas, nervosas e supercivilizadas estão descobrindo que ir para as montanhas é voltar para casa; que a selvageria é uma necessidade, e que os parques e reservas nas montanhas são úteis não apenas como fontes de madeira e rios irrigantes, mas também como fontes de vida”
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