Na sinuosidade da Estrada da Serafina, em Monsanto, desvenda-se um enigma entrelaçado nos recônditos graníticos e nas sombras que dançam entre o verde cerrado. O seu mistério, um sussurro ao vento, ecoa nos murmúrios das folhas ao anoitecer, quando o sol, senhor do dia, cede o seu trono à lua serena.
Neste caminho entrelaçado de lendas, vislumbra-se o passado, entranhado nas rochas gastas pelo tempo e nos segredos guardados entre os sulcos das árvores centenárias. Conta-se, em sussurros titubeantes, que à noite, a Estrada da Serafina, adormecida na quietude, desperta numa sinfonia de mistério.
Luzes insondáveis dançam, caprichosas, entre os ramos, como fagulhas de uma memória ancestral. Os sons, melodias do além, ecoam numa harmonia etérea, encantando os sentidos dos aventureiros que ousam percorrer este corredor enigmático.
Nas brumas da noite, entre o real e o etéreo, avistam-se sombras fugidias, espectros que se desvanecem ao mínimo movimento. Os mais audazes, com olhos ávidos por desvendar o desconhecido, adentram-se nesta jornada em busca de respostas, mas são envolvidos pela sensação de serem observados por entidades além do véu da existência.
As narrativas, tecidas na teia do folclore local, atravessam gerações como murmúrios ao vento, sussurrando mistérios guardados nos segredos das pedras milenares. A Estrada da Serafina, enigmática e cativante, continua a ser palco de relatos e encantamentos, alimentando a alma de quem se atreve a percorrer os seus trilhos misteriosos, onde o tempo parece suspenso entre o palpável e o além.