É a vila de Algodres, uma
linda e graciosa povoação. Assente no cume da serra do seu nome, a altitude de
700 metros, contemplando donairosa, dominadora e senhoril, como uma rainha
soberana, as povoações circunjacentes, suas vassalas, é ela, ainda hoje, que dá
o nome de toda a região.
Pouco se sabe da sua origem;
o mais curial e lógico será atribuir-lhe origem romana, porque, segundo o padre
Luiz Cardoso, no seu Dicion. Chor., teria derivado o nome da palavra latina
Algodrium.
Não sabemos se Algodres teve
castelo como Celorico, Linhares, Aguiar e Trancoso; existe a tese de que o houve
e de que, com a pedra das ruínas dele se construiu a Igreja da Misericórdia; e,
com efeito, ainda hoje se dá aquela designação a uma casa situada junto deste
templo. Mas se o não teve, a verdade é que também não precisava, pois, de facto,
era já, de si mesma, pela sua situação, uma fortaleza difícil de acometer.
Pela agrura e elevação do
terreno em que assenta, servir-lhe-ia de castelo e de atalaia o próprio monte e
de muralha inexpugnável, a sua intransponível Barroca.
É constituída pelos lugares
de Algodres, Furtado e Rancozinho. |