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Lavadouros de Santana Traditional Cache

Hidden : 7/24/2023
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
2 out of 5

Size: Size:   small (small)

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Geocache Description:


Um lavadouro era o ponto de encontro, o local onde habitualmente as mulheres iam lavar a roupa antes de haver água canalizada e máquinas. Dado o tempo que cada uma demorava a cumprir a sua tarefa, esse mesmo tempo era passado em amena conversa, "lavagem de roupa" e troca de conhecimentos e informações. Embora atualmente ainda sejam muito utilizados, estão gradualmente a transformar-se em elementos turísticos e históricos.

 



Os lavadouros são estruturas localizadas junto às levadas, construídos em pedra ou em cimento e que eram utilizados, comunitariamente, para lavar a roupa.

A profissão de lavadeira era atribuída às mulheres que lavavam a roupa de outrem, utilizando, geralmente, os lavadouros públicos mas, também, as ribeiras ou as levadas. Lavavam, essencialmente, a roupa de famílias mais abastadas, mas também de outras com menos recursos, residentes em locais onde não havia água canalizada e eram escassos os lavadouros.

Para estas mulheres, o dia começava cedo, pois era necessário conseguir um lugar no lavadouro, no melhor local da ribeira, ou mesmo nas levadas, com água mais limpa, evitando, neste último caso, a água proveniente das outras lavagens e assegurar um “coradouro”, ou seja, um bom local, onde estender a roupa ensaboada, ao sol.

A lavadeira utilizava utensílios simples como uma pequena escova, um regador e uma banheira, antigamente de alumínio ou folha de flandres, confecionadas pelos nossos picheleiros, e materiais como o anil, o cloreto em pó (usado para branquear a roupa de forma mais rápida) e o “sabão azul” ou sabão artesanal. No transporte da roupa, também se usavam cestos, em vime branco (descascado), os chamados “cestos de roupa”.

O sabão artesanal, era feito com sebo, anil, cinza de plantas ricas em potassa, (nomeadamente a feiteira) e plantas aromáticas. Esta mistura era cozida e revertida para uma caixa de madeira, com várias divisórias, para solidificar, obtendo-se as barras de sabão, que eram cortadas à medida das necessidades.

Os procedimentos deste ofício eram comuns em todas as freguesias. Separavam a roupa branca da roupa de cor e iniciavam a lavagem, esfregando a roupa com sabão, molhando-a, várias vezes, e torcendo-a, depois, para retirar a água.

O procedimento para a roupa branca exigia algumas especificidades, para mantê-la alva. Depois de ensaboada, era estendida sobre a erva limpa ou arbustos, ao sol, para “corar”, ou seja, para branquear pela ação do calor.

Assim se mantinha durante toda a tarde, tendo as lavadeiras o cuidado de mantê-la húmida, com o auxílio de um regador ou apenas salpicando-a à mão nua. Só depois desta operação, é que a roupa branca era definitivamente passada por água, para lhe retirar o sabão. Para além deste tratamento branqueador, era também comum mergulharem a roupa no anil, que lhe fornecia um tom azulado.

Enquanto a roupa “corava”, as lavadeiras aproveitavam o tempo para bordar, mantinham a “bilhardisse” (conversa) em dia e cuidavam dos filhos. As refeições eram também, muitas vezes, tomadas no próprio local.

Quando faltava o sabão ou para retirar as nódoas mais difíceis, a lavadeira fazia a chamada barrela, ou seja, uma mistura de cinza, água fervida e plantas aromáticas, (nomeadamente louro, erva cidreira ou laranjeira), que era colocada num enorme alguidar de barro, para demolhar a roupa, antes de a colocar a “corar”. Neste processo utilizavam um cesto em vime branco (descascado), o chamado “barreleiro”, onde colocavam a roupa, sobre a qual deitavam a “barrela”.

Depois da lavagem, a roupa era transportada nas banheiras ou nos cestos, que eram colocados à cabeça. Para proteger a cabeça e ajudar a manter o equilíbrio, durante a caminhada, as lavadeiras usavam a chamada “rodilha” ou “sogra”. Tratava-se de um pano enrolado, em forma de coroa, sobre o qual colocava a banheira.

Ao chegar a casa, a roupa era colocada a secar nos arames, pendurados nas paredes dos quintais. No Inverno penduravam-na dentro das próprias casas ou improvisavam, um local coberto, no quintal. Depois de secas, as roupas eram engomadas, com os antigos ferros a carvão e arrumadas em pilhas, para serem entregues aos seus proprietários, entrega que, segundo consta, era, geralmente, efetuada aos sábados.

Additional Hints (Decrypt)

Ngeáf ab dhnqenqb. / Onpx va gur fdhner. Frr fcbvyre

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)