O que é uma Geomob?
É um mistério que só pode ser resolvido em modo "colaborativo" e com a ajuda de smartphones.
Obtemos as coordenadas agrupando na mesma área vários geocachers.
Para este, ser "Mob" grande, tu só precisarás agrupar com 15 geocachers.
Inicias o desafio indo para a área das coordenadas virtuais (a área é de cerca de 20m ao redor do ponto), mas tenha cuidado….
O princípio: tu terás que conectar simultaneamente 15 smartphones ao site: https://geotrailsw.com/mob/
Tu precisarás inserir um código de 4 dígitos no campo: "Qual mob tu estás jogando"
O código a inserir é: 4660 (não se esqueça de validar).
Cada smartphone conectado à zona aumentará o contador.
Quando atingir o número necessário de 15, as coordenadas do cache aparecerão.
Tem cuidado, se uma pessoa sair da área antes de você salvar as coordenadas, ela desaparecerá. Poderão ocorrer algumas avarias consoante o navegador escolhido (especialmente o chrome) não hesite em ligar com outro navegador.
Boa sorte!
Oliveira de Frades: um roteiro com montanha, rio e alegrias à mesa
Percursos pedestres que garantem imersão na natureza e uma cozinha de caráter vincado fazem deste roteiro uma festa para os sentidos. Em Oliveira de Frades, tudo canta, tudo conta histórias: as pedras, a floresta, a água corrente.
De Oliveira de Frades esperamos um quadro carregado de verdes e azuis, com as serras em volta, os rios, as florestas com árvores centenárias e líquenes a atestar a qualidade do ar. Assim é. E se a natureza nos dá colo, a cozinha também: faz-se uso dos fornos a lenha e dos saberes ancestrais para pôr na mesa pratos de conforto como frango do campo, cabrito, vitela ou rojões. Mas primeiro deliciamo-nos com o DÓLMEN DE ANTELAS, Monumento Nacional que é alimento para os olhos e para a imaginação. Por algum motivo se lê, numa placa informativa, que “está para a arte pré-histórica como o teto da Capela Sistina está para a arte renascentista italiana”.
O precioso dólmen, que pode ser visto quase na sua origem, encontra-se coberto e fechado, recebendo visitas ao interior por marcação, limitadas a duas pessoas (mais um guia). Entramos curvados, em sinal de respeito, avançamos pelo corredor até aos oito esteios (pedras) que compõem a câmara funerária, com um conjunto de motivos pintados por mão humana, e percebemos, enfim, a sua singularidade. “Estamos no monumento megalítico mais importante de Portugal, da Península Ibérica e da Europa, por causa das pinturas com 6000 anos, a vermelho e preto, que o tornam único”, explica Filipe Soares, técnico do município responsável pelo património arqueológico.
De volta à luz, seguimos até ao centro histórico para conhecer o MUSEU DAS TÉCNICAS RURAIS – MUSEU MUNICIPAL DE OLIVEIRA DE FRADES. “O objetivo é preservar o passado e divulgá-lo junto das novas gerações e de quem nos visita”, prossegue Filipe Soares, coordenador do espaço, guiando-nos por entre as coleções de objetos arqueológicos e etnográficos. Uma das peças mais curiosas é um veado romano em bronze, ex-voto ou animal sagrado encontrado por alguém que arava a terra. A agricultura também surge representada por utensílios do dia a dia ligados ao cultivo dos campos, bem como à confeção de pão, vinho e azeite.
Entre as especialidades estão o famoso bacalhau à lagareiro com batata assada na cinza e a vitela à moda de Lafões, saída do forno a lenha, o cabrito assim como o pica no chão (arroz de cabidela), o cozido à portuguesa ou o feijão à lavrador. Para rematar com leite-creme, aletria ou pudim de ovos.
Quedas de água, cabeços e árvores centenárias
Depois de tanta fartura, estamos prontos para caminhar: Oliveira de Frades tem vários percurosos pedestres, com diferentes cenários e níveis de dificuldade. Começamos pelo PR1 – ROTA DOS RIOS E LEVADAS, trajeto circular de 11 quilómetros, a iniciar em Santa Cruz, que envolve a ribeira da Lavandeira, o rio Gaia e a ribeira dos Tombos, com poços, quedas de água e muitos declives. Os vestígios de moinhos, levadas e socalcos usados, em tempos, para agricultura de subsistência, carreiros por onde dificilmente se imagina animais a passar. “Em qualquer bocadinho de terra havia uma leira para cultivo, tudo perto dos rios era aproveitado”, conta, dando nova luz aos lugares através de histórias, curiosidades e lendas.
Muito há a dizer, por exemplo, sobre o PR3 – ROTA DOS CABEÇOS, grandes pedras com nomes curiosos, como cabeço da Feiticeira, dos Namorados ou da Peste. Este percurso circular, com pouco mais de 17 quilómetros, leva-nos até à serra do Caramulo. Parte de Varzielas rumo ao Alto das Pinoucas, miradouro natural a 1062 metros de altitude, que é o ponto mais elevado do concelho. Depois, segue para outra aldeia nas alturas, Bezerreira. E acompanha, em parte, o rio Águeda, presenteando-nos com mais moinhos e cabeços, como os da Solheira (aqui, passa-se entre os rochedos).
Não vamos embora sem tomar o gosto, ainda, ao PR04 – ROTA DOS CAMINHOS COM ALMA, trajeto de cerca de dez quilómetros que começa e acaba na aldeia de Covelo. Pelo meio, encontra-se o Dólmen de Arca, Monumento Nacional, e, perto dele, o Carvalhedo da Gândara. Vale a pena apreciar esta que é apresentada como “a maior mancha nacional contínua de carvalho-alvarinho”, uma reserva botânica com perto de nove hectares, árvores centenárias e importância micológica – boas notícias para os entusiastas dos cogumelos selvagens.
O Carvalhedo da Gândara é ideal para piqueniques, mas quem quiser aprofundar a relação com a comida regional pode sempre ir a Covelo de Arca, uma das Aldeias de Portugal.
Três baloiços e uma mota do amor
Oliveira de Frades tem a sua própria coleção de baloiços panorâmicos: a ROTA DOS BALOIÇOS DE RIBEIRADIO inclui o Baloiço do Rio, com vista para a albufeira da barragem de Ribeiradio, no Vouga; o Baloiço da Serra (do Ladário); e o Baloiço Terra e Mar, junto ao posto de vigia do Ladário. Nas imediações deste último fica a MOTA DO AMOR. O veículo, fixado no cimo de um rochedo, com um coração vermelho, é mais um pretexto para tirar fotografias e desfrutar da paisagem.