Revolta da Madeira de 1931/ Madeira Revolt of 1931
A Revolta da Madeira de 1931 foi um levantamento militar de retumbância nacional e internacional, que teve apoio popular, contra o regime da Ditadura Nacional (1926-1933).
O pronunciamento iniciou-se pelas 07h00 de 4 de abril de 1931, numa operação chefiada pelo tenente médico Manuel Ferreira Camões (1898-1963, que toma o Palácio de São Lourenço, onde são aprisionados os coronéis Silva Leal (Alto-Comissário do Governo) e José Maria de Freitas (Governador Militar). O Governador Civil de então, o capitão Almeida Cabaço, é também detido.
Nesse mesmo dia, foi co0nstituída uma Junta Governativa da Madeira, presidida pelo general Sousa Dias (1865-1934), que declara só depor armas assim que o Governo de Lisboa assegure o retorno ao sistema constitucional e o fim da censura.
Os revolucio5nários obtiveram o apoio imediato da população, que se mani5festou favoravelmente no Largo da Restauração, e que já havia protestado veemente contra as políticas económicas restritivas do Estado, na chamada Revolta da Farinha (entre 4 e 9 de fevereiro de 1931). A grave crise económico-financeira que assolava a Madeira e o manancial de deportações para a (e da) ilha, de dissidentes civis e militares que participaram em movimentos insurrecionais (o primeiro ocorreu na Revolta de fevereiro de 1927), propiciou o sucesso inicial da Revolta da Madeira, que teve repercussão em algumas ilhas dos Açores, Guiné Portuguesa, Moçambique e São Tomé, que se sublevaram no mesmo mês. A rápida supressão desses levantamentos por parte do regime, a incapacidade de replicar o pronunciamento no continente e a falta de armamento, irá hipotecar o sucesso da Revolta da Madeira, que, todavia, foi a de mais longa duração (28 dias).
A reaç3ão do Estado ganha visibilidade a 7 de abril, altura em que partem forças de Lisboa para dominar a revolta, sob o comando do coronel Fernando Borges. A 24 e 25 desse mês, partem novas expedições para a Madeira, respetivamente sob o comando do Contra-Almirante Magalhães Correia e do Coronel Carneira.
As hostilidades começam no dia 26 de abril, no Caniçal, e nos dias que se seguem ocorrem novos ataques na Calheta, Funchal e Machico, sendo que os combates mais intensos ocorreram no dia 30 (Caniçal e Machico). No dia seguinte, as forças governamentais bombardearam o litoral Sul e tomaram Machico, onde se verificam mortos e feridos. No dia 2 de maio, perante a incapacidade de contrariar as forças governamentais, que atacavam por terra, mar e ar, a Junta Governativa da Madeira, reunida no Porto Novo, envia um telegrama de rendição ao ministro da Marinha. Seguir-se-iam represálias de ordem económico-financeira e penas de degredo em África.
The Madeira Revolt of 1931 was a military uprising of national and international resonance, which had popular support, against the National Dictatorship regime (1926-1933).
The statement began at 7:00 am on April 4, 1931, in an operation led by medical lieutenant Manuel Ferreira Camões (1898-1963, who seized the São Lourenço Palace, where colonels Silva Leal (High Commissioner of the Government) were imprisoned. and José Maria de Freitas (Military Governor).The Civil Governor of the time, Captain Almeida Cabaço, was also detained.
That same day, a Governing Board of Madeira was f0ormed, chaired by General Sousa Dias (1865-1934), which declared that it would only lay down its arms as soon as the Lisbon Government ensured the return to the constitutional system and the end of censorship.
The revolut5ionaries obtained immediate support from the population, who demo5nstrated favorably in Largo da Restauração, and who had already protested vehemently against the State's restrictive economic policies, in the so-called Farinha Revolt (between February 4 and 9, 1931). The serious economic-financial crisis that was plaguing Madeira and the number of deportations to (and from) the island, of civil and military dissidents who participated in insurrectionary movements (the first occurred in the February 1927 Revolt), led to the initial success of the Madeira Revolt, which had repercussions on some islands in the Azores, Portuguese Guinea, Mozambique and São Tomé, which rose up in the same month. The rapid suppression of these uprisings by the regime, the inability to replicate the statement on the continent and the lack of weapons, will jeopardize the success of the Madeira Revolt, which, however, was the longest lasting (28 days).
The State's react3ion gained visibility on April 7, when forces left Lisbon to quell the revolt, under the command of Colonel Fernando Borges. On the 24th and 25th of that month, new expeditions departed for Madeira, respectively under the command of Rear-Admiral Magalhães Correia and Colonel Carneira.
Hostilities began on April 26th, in Caniçal, and in the following days there were new attacks in Calheta, Funchal and Machico, with the most intense fighting occurring on the 30th (Caniçal and Machico). The following day, government forces bombarded the southern coast and took Machico, where deaths and injuries were reported. On May 2, faced with the inability to counter the government forces, who were attacking by land, sea and air, the Madeira Government Board, meeting in Porto Novo, sent a telegram of surrender to the Minister of the Navy. Economic and financial reprisals and exile in Africa would follow.
[A cache/ The cache]
Esta cache mistério tem como principal intuito recordar um período muito difícil para os Madeirenses, na luta árdua que houve ao longo dos séculos com o Estado central. Esta, foi apenas uma das diversas revoltas que ocorreram.
A cache não se encontra nas coordenadas publicadas. As coordenadas publicadas georreferenciam o Monumento à Revolta da Madeira de 1931. Esta estátua homenageia a todos os Madeirenses que, no ano de 1931, revoltaram-se contra a ditadura imposta por António Salazar, instaurando um regime independente com governo provisório na ilha da Madeira, entre os dias 4 de Abril e 3 de Maio de 1931. Esta obra é da autoria de Ricardo Velosa e foi inaugurada no ano de 1992.
A cache está relativamente próxima das coordenadas publicadas. É uma zona, por vezes bastante movimento, por isso, pedimos discrição na busca pela cache. A dica ajudar-lhe-á a encontrar a cache sem muitas demoras. Seja discreto. Traga consigo material de escrita. Por fim, ao repor a cache, tenha em atenção a não colocá-la visível.
This mystery cache's main purpose is to remember a very difficult period for the Madeirans, in the arduous struggle that took place over the centuries with the central State. This was just one of several revolts that occurred.
The cache is not located at the published coordinates. The published coordinates georeference the Monument to the Madeira Revolt of 1931. This statue pays homage to all Madeirans who, in 1931, revolted against the dictatorship imposed by António Salazar, establishing an independent regime with a provisional government on the island of Madeira, between April 4th and May 3rd, 1931. This work is by Ricardo Velosa and was inaugurated in 1992.
The cache is relatively close to the published coordinates. It is an area, sometimes quite busy, so we ask for discretion when searching for the cache. The tip will help you find the cache without much delay. Be discreet. Bring writing materials with you. Finally, when resetting the cache, be careful not to make it visible.
[Para resolver/ To resolve]
Para resolver esta cache mistério, terá de ler a descrição da cache. Facilmente entenderá o que precisa fazer. Boa sorte!
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