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Fenda de
Fátima | Algares da Lomba Gorda | Fenda Vale Bajancão |
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Como Validar o teu Found?
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Responde
às questões abaixo descritas, enviando-as
por email ou pelo centro de mensagens:
1 -
Tira uma foto tua, ou com algo
que te identifique, no WP1 e no WP2 [Obrigatório]!
Waypoint 1 (coordenada publicada):
2 - Perante o que podes visualizar nesta
coordenada, que tipo de falha ocorreu aqui?
3 - Qual a
direção/orientação das paredes da falha?
a) Inclinada para sul?
b) Inclinada para norte?
c) Verticais?
4 - Qual a altura aproximada
das paredes da fenda?
Waypoint 2:
5 - Neste local estamos
perante um Horst ou um Grabben? Justifica a tua resposta?
6 - Observa este local, e com
base em todas as caraterísticas, estamos perante que tipo de regime?
7 - Qual a altura estimada
das paredes na zona mais alta e qual distância entre elas?
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Uma aventura misteriosa! |
A famosa Fenda de Fátima,
como também assim é chamada, é uma enorme fratura existente no maciço calcário
da região na zona de Alvega, entre as freguesias de Atouguia e Fátima e que se
encontra rodeada de uma exuberante vegetação, dando-nos a perceção de termos
entrada numa realidade paralela e singular, uma passagem para outro mundo.
Este local faz lembrar
cenários do Senhor dos anéis, as cenas mais arrepiantes da ilha do King
Kong, ou a solidão do protagonista do filme 172 horas. É uma daquelas descidas
às profundezas da terra, que de algum modo deixa extasiado e amedrontado o
observador com o impacto visual das formações da natureza e os mistérios do
desconhecido. No silêncio e na penumbra, somos como que abraçados pela terra,
num sentimento de inferioridade perante a enormidade do mundo que a fotografia
jamais será capaz de captar. O caminho nunca escurece por completo, pelo que o
termo gruta ou algar não se aplicará exatamente, sendo antes um desfiladeiro por entre a
estrutura rochosa da montanha, serpenteando pelo relevo acidentado. Os amantes
de geologia têm mesmo aqui, por certo, muitas histórias para contar! |
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![](https://s3.amazonaws.com/gs-geo-images/31af166f-63dd-47d6-ad6a-4ae5bc9c6889_l.jpg)
Mapa Ilustrativo da Fenda de Fátima/ Algares da Lomba Gorda/ Fenda do Vale
Bajancão |
Fraturas - Quando, sob tensão, uma rocha atinge o ponto de ruptura,
fractura-se. Existem dois tipos principais de fraturas: |
Diaclases - quando há fratura, mas não existe movimento apreciável entre os dois
blocos. |
![](https://s3.amazonaws.com/gs-geo-images/2551bf17-cc87-4657-b008-a9d4e26729df_l.jpg) |
Falhas - quando a fratura é acompanhada de movimentação de um bloco
relativamente ao outro, paralela ao plano de falha. |
![](https://s3.amazonaws.com/gs-geo-images/1b5427b8-42eb-4f2f-8a4a-ae0a02697801_l.jpg) |
![](https://s3.amazonaws.com/gs-geo-images/70f2e414-9d02-421b-a52b-8b717c2c9f80_l.jpg) |
As diaclases são o tipo de fratura mais comum. Pode dizer-se que estão
presentes em praticamente todos os afloramentos. As diaclases formam-se quando
as rochas são sujeitas a qualquer tipo de tensão e, também, quando essas tensões
deixam de se exercer. A interseção dos sistemas de diaclases conduz, por vezes, à
compartimentação da rocha em blocos mais ou menos geométricos. |
![](https://s3.amazonaws.com/gs-geo-images/7949dd1c-b82c-4e9c-960c-c39f021e749a_l.jpg) |
Uma falha é um acidente tectónico originado por fratura do terreno, ao longo da
qual houve deslocamento relativo, maior ou menor, dos dois compartimentos
contíguos. As falhas desenvolvem-se quando as tensões (compressivas, distensivas
ou tangenciais) que se exercem nas rochas ultrapassam o ponto de rutura.
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Os tipos de falhas são: |
A - Falhas Normais - que se formam em ambientes distensivos |
![](https://s3.amazonaws.com/gs-geo-images/fc4fb5b9-cbf5-42a7-a5db-ac9a7eff5215_l.jpg) |
B - Falhas Inversas - que se formam em ambientes compressivos |
![](https://s3.amazonaws.com/gs-geo-images/c74fef11-fa0b-4561-a1b2-2839de33ae68_l.jpg) |
C - Falhas de Desligamento - que se formam em ambientes de tensões tangenciais |
![](https://s3.amazonaws.com/gs-geo-images/6e5881ba-248b-4089-b68c-004e641271a0_l.jpg) |
D -
Falha Oblíqua |
![](https://s3.amazonaws.com/gs-geo-images/62998a52-92d6-4e36-95c0-737ef1d59b0e_l.jpg) |
E - Falha em Charneira |
![](https://s3.amazonaws.com/gs-geo-images/159d6de0-e2fc-421c-b407-05fab9e36ff6_l.jpg) |
F - Falha Vertical |
![](https://s3.amazonaws.com/gs-geo-images/f24c4e4d-b3a4-4c3e-8419-78260aef984f_l.jpg) |
A falha divide dois blocos, designados normalmente por bloco levantado e bloco
abatido. As partes dos blocos adjacentes à falha chamam-se os lábios da falha. O
plano que divide os dois blocos tem o nome de plano de falha. Com frequência, os
blocos ao deslizarem um pelo outro deixam marcas dessa movimentação no plano de
falha. Essas marcas chamam-se estrias e são uma boa indicação do tipo de
movimento que ocorreu.
Por vezes, o plano de falha, devido à ficção e à
temperatura atingidas aquando da movimentação (isto é, ao jogo da falha), fica
bastante polido. Nestas condições, é costume dizer-se que existe um liso ou
espelho de falha. Quando as falhas afetam massas de pirite, o espelho de falha
permite mesmo, por vezes, a reflexão da imagem (quase como um espelho normal). A
falha é caracterizada essencialmente pela direção e pela inclinação do plano de
falha. |
![](https://s3.amazonaws.com/gs-geo-images/7aedf0d4-aa0a-430e-b457-e3c6428d4cc8_l.jpg) |
Devido à movimentação ocorrida na falha, dois pontos previamente adjacentes
(ditos pontos homólogos) ficaram afastados de determinada distância. Essa
distância é designada por rejeito da falha. É frequente utilizarem-se, também,
as designações de rejeito horizontal (distância, na horizontal, que separa dois
pontos homólogos), e rejeito vertical (distância, na vertical, que separa dois
pontos homólogos). Como é evidente, a adição vetorial destes dois rejeitos dá o
rejeito real.
Por vezes, a falha ao jogar, isto é, os blocos ao deslocarem-se um
relativamente ao outro, fraturam-se em pedaços pequenos que ficam entre eles, e
que mais tarde podem ser agregados por qualquer tipo de cimento (frequentemente
carbonato precipitado pela água). Diz-se, então, que existe uma brecha de falha
ou de fricção. Outras vezes, no plano de falha existem argilas, ditas argilas de
falha ou, na terminologia mineira, "borracha"). |
![](https://s3.amazonaws.com/gs-geo-images/d61c5b78-d228-4df4-a6f9-b2bf2de39eb0_l.jpg) |
A intersecção da falha com a superfície topográfica designa-se por traço de
falha, o qual, muitas vezes, não é evidente devido à existência de solo e
vegetação que o cobrem. No entanto, muitas vezes, as falhas adquirem expressão
morfológica muito evidente, chegando a constituir desníveis notáveis.
Nestes
casos diz-se que existe uma escarpa de falha. Normalmente, as falhas não ocorrem
isoladamente, mas sim em sistemas de falhas. A maior parte dos sistemas de falhas
estão associados a campos de tensões relacionados com a tectónica de placas.
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![](https://s3.amazonaws.com/gs-geo-images/03ed6578-6e8a-49ff-8f15-2d8adaaf5e49_l.jpg) |
Escarpa de Falha - Escarpas de falha são
paredões abruptos que têm a sua génese no recente deslocamento vertical de blocos
falhados. Nesta feição a inclinação que constitui o bloco ascendente, coincide
com o espelho de falha. No entanto, o desnível que arca o movimento dos
blocos e as feições provocadas pelo deslocamento, são atenuados pela erosão que
tende a aplainá-los. |
![](https://s3.amazonaws.com/gs-geo-images/b5615a85-accf-4d4f-987a-c3ff85371edb_l.jpg) |
Os elementos caracterizadores de uma falha são:
A - Plano de falha -
Superfície de fratura;
B - Direção -
Linha de intersecção do plano de falha com um
plano horizontal;
C - Inclinação -
Ângulo definido entre o plano de falha e uma
superfície horizontal;
DD' - Rejeito - É o movimento relativo entre dois blocos de falha;
E - Teto - Bloco situado acima do plano de falha;
F - Muro - Bloco situado abaixo do plano de falha; |
Horst -
Por vezes ocorrem sistemas de falhas inversas,
gerados por ambientes tectónicos compressivos, que fazem com que o comprimento
central se eleve. São os chamados Horsts, que são frequentes, por exemplo, nas
zonas de fronteira de placas convergentes, quando há colisão continental. Os
Horsts conduzem a um encurtamento da crusta, isto é, constitui uma forma dos
materiais se acomodarem a tensões fortemente compressivas. |
![](https://s3.amazonaws.com/gs-geo-images/aedecd59-1baa-4c24-96b7-f6721cd5cbbb_l.jpg) |
Grabben -
Outras vezes, ocorrem sistemas de falhas
normais, geradas por ambientes distensivos, na sequência do o compartimento
central é abatido. Os Grabbens são frequentes, por exemplo, nas zonas em que se
estão a instalar fronteiras de placas divergentes, isto é, onde está a ocorrer riftogénese. Perante um ambiente fortemente distensivo, os materiais acomodam-se
no sentido de proporcionarem um alongamento da crusta. |
![](https://s3.amazonaws.com/gs-geo-images/973c154b-50e4-4835-bab2-f69a2b562fc8_l.jpg) |
Deformação das Rochas: |
Por influência das forças
terrestres (frequentemente relacionadas com eventos orogénicos) as rochas podem
deformar-se de dois modos distintos: |
![](https://s3.amazonaws.com/gs-geo-images/7bd12b02-dcf6-4a51-9a27-9c16855f1966_l.jpg) |
quando as rochas se
encontram num estado relativamente plástico (a grandes profundidades), a ação de
forças tectónicas dá origem
ao aparecimento de estruturas como dobras, foliações, etc. |
![](https://s3.amazonaws.com/gs-geo-images/438005f2-b5dc-4942-aaef-4c5ce94f6625_l.jpg) |
quando as rochas se
encontram à superfície, ou muito perto dela, a ação de forças tectónicas pode
provocar a rutura das rochas, dando origem ao aparecimento de fraturas e
falhas. |
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![](https://s3.amazonaws.com/gs-geo-images/d2fbb871-4230-49a1-a5da-819e1049c57b_l.jpg) |
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![](https://s3.amazonaws.com/gs-geo-images/da36e200-6a89-4099-97cd-eabbeef9733c.jpg)
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