No Caramulo ergue-se a serra em paz,
Vigia Tondela, no verde que traz,
Entre pinhais e ventos a soprar,
Guarda memórias que o tempo faz lembrar.
Foram os povos que ali chegaram,
Em terras altas, raízes plantaram.
Dos celtas aos romanos, trilhas se abriram,
Culturas antigas que ali se fundiram.
A serra tão pura, no seu natural,
Fez-se refúgio, hospitalar.
Quando a tuberculose à vila afligiu,
O Caramulo, a cura, ali construiu.
Nos anos trinta, sanatórios erguidos,
E nos quartos, doentes, esperançosos e feridos.
O ar fresco, o sol e o repouso certo,
Trouxeram alento num tempo incerto.
Na serra cresceu o povo, o turismo, a fé,
Entre estradas de pedra e o som do bucé.
Museus ganharam vida, com arte e história,
Guardando no tempo a sua memória.
Hoje o Caramulo é mais do que já foi,
Das curas antigas, à calma que atrai.
Um lugar de paz, natureza e raiz,
Onde o passado e o presente se encontram feliz.
A Tondela pertence, mas ao mundo também,
Nos segredos da serra, guardados tão bem.
Do Caramulo ao céu que se avista sem fim,
História e natureza, num eterno jardim.
Esta cache foi idealizada e colocada pelos alunos do Curso Téncico/a de Desporto (TD22), da Escola Profissional de Tondela.
Devem levar caneta.