Portugues
Para
reclamar esta cache como encontrada deverão enviar para o
autor desta cache uma mensagem respondendo correctamente
às seguintes questões:
Nas coordenadas fornecidas pode ver um filão de turmalina
e vários cristais de turmalina na área :
- Sobre
os cristais, indique a sua cor, se é brilhante ou não,
tamanho médio
- Pelo que vê
no local, parece-lhe uma rocha resistente à erosão ou
não?
- Indique
duas características da turmalina
- Adicione uma
fotografia sua no local, ou outra em que você possa
ver um objeto, ou seu nick em um pedaço de papel
-Se acredita ter concluído com sucesso os objectivos desta
Earth Cache e já me enviou todos os requisitos conforme
solicitado, por favor, sinta-se à vontade para a registar
como encontrada.
-Posteriormente verificarei os requisitos enviados e, caso
seja necessário, contacta-lo no sentido de efectuar as
devidas correcções ao seu registo.
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Contexto
Geológico
O
Monumento Natural Local do Alcantilado de Montedor é o mais
diversificado em termos de interesses geomorfológicos
preservados, destacando-se o residual, o tectónico e o
litoral. Identificaram-se outros interesses como o fluvial, o
eólico, o periglaciário e ogeocultural.
A colina de Montedor constitui uma interrupção da plataforma
litoral, geologicamente explicada pelo extravasamento para
oeste, na direção do oceano atual, de uma lâmina de magma a
partir do corpo principal do Plutonito de Bouça de Frade. Esta
massa granítica forma, em conjunto com a dos plutonitos de
Sta. Luzia e Afife, o maciço de Viana do Castelo-Caminha. O
magma peraluminoso que originou este maciço tem origem na
fusão crustal da litosfera dos supercontinentes Laurentia e
Gondwana, que colidiram entre o Devónico e o Carbónico
inferior (era paleozóica), e que terá resultado no fecho do
oceano primitivo Rheic. Os volumes de magma gerados na colisão
migraram entre os sedimentos do Rheic, metamorfizando-os (a
mais de 5 km de profundidade) em xistos e meta-conglomerados
da Fm. da Desejosa (Complexo Xisto-Grauváquico, Câmbrico
inferior), em quartzitos da Fm. de Sta. Justa (Arenigiano,
Ordovícico Inferior) e em xistos da Fm. de Valongo
(Landeiliano, Ordovícico Inferior).
A Em termos de
interesse mineralógico, destaca-se a ocorrência de paragéneses
típicas de metamorfismo de contacto de grau médio, como a
granada e a estaurolite, e que são exclusivas desta zona da
costa de Viana do Castelo. São indicadores, juntamente com os da
tectónica - ocorrência de dobras com planos axiais muito
inclinados
- da pressão e da importante transferência de calor resultantes
da proximidade à intrusão do plutonito de Bouça de Frade
(afloramento costeiro principal no Alcantilado de Montedor).
No granito de Bouça
de Frade, ocorrem filões turmaliníticos (composição rica em
turmalina) instalados em juntas de arrefecimento (fendas de
retração que ocorrem nas massas magmáticas, já consolidadas
durante o seu arrefecimento).
¿ O que são
turmalinas?
Na verdade, não se trata de um único mineral em sentido estrito,
mas sim do que se denomina “grupo turmalina”, pois inclui
exemplares que se distinguem não só pela cor, mas por alguns
elementos da sua composição química. No entanto, muitos autores
falam desta gema como um mineral único, existindo variedades que
adquirem nomes diferentes consoante a sua cor.
Existem duas origens possíveis para o nome turmalina. Uma opinião
assume que provém da palavra cingalesa "touramalli", que significa
"cores variadas", e outra opinião atribui a origem a outro termo
cingalês, "turamali", que significa "íman de cinzas", que se
refere a uma característica que explico de seguida.
As turmalinas pertencem ao grupo dos silicatos, geralmente dentro
dos ciclossilicatos, e são normalmente encontradas como minerais
acessórios em rochas ígneas e eventualmente também em rochas
metamórficas.
Características da
turmalina
As duas qualidades mais notáveis são a enorme variedade de
cores, e o facto de um mesmo cristal poder apresentar diversas
tonalidades ao longo dos seus principais eixos cristalográficos.
Outras propriedades invulgares que exibe são o piro e a
piezoeletricidade, que lhe valeram o nome de "íman de cinzas".
A sua densidade varia entre 3,02 e 3,07 g/cm3 e a sua dureza varia
de 7 a 7,5 na escala de Mohs. Tem brilho vítreo, fratura
concoidal, não tem clivagem, é frágil e a sua faixa só pode ser
branca, porque é alocromática. Pode ou não ser claro dependendo da
variedade.
A turmalina é estável numa ampla gama de pressão e temperatura,
sendo bastante resistente ao intemperismo físico e químico.
A variedade mais comum de turmalina é a schorl ou schorlita,
descrita pela primeira vez por Johannes Mathesius em 1524.
Estima-se que possa corresponder a 95% ou mais de toda a turmalina
existente na natureza. O significado da palavra schorl é um
mistério tratando-se talvez de uma palavra de origem escandinava.
Modo de Ocorrência
Turmalinas podem ter praticamente todas as cores
A turmalina é encontrada em dois tipos principais de ambientes
geológicos. Rochas ígneas, em particular o granito e pegmatitos
graníticos e nas rochas metamórficas como o xisto e o mármore. A
schorlita e as turmalinas ricas em lítio são geralmente
encontradas em granitos e pegmatitos graníticos. As turmalinas
ricas em magnésio (dravites), estão limitadas aos xistos e aos
mármores. Além disso, a turmalina é um mineral resistente e pode
ser encontrada em quantidades menores na forma de grãos em areias,
arenitos e conglomerados.
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