
"Enjoy Alcochete" é uma multi-cache cujo intuito é dar a conhecer o concelho, bem como proporcionar momentos de diversão, descontracção e aventura. A caça a esta cache pode ser realizada de duas formas distintas. A primeira, utilizando a sua viatura nas deslocações entre os diferentes níveis. A segunda, aquela que eu aconselho e que possibilita usufruir na totalidade desta aventura, de bicicleta. Este foi o meio por mim utilizado durante o período de preparação da cache, visto residir no concelho de Alcochete.
De carro:
(De certeza que não dá para mudar de ideias e fazer de bicicleta?)
Se escolher esta forma, apenas referir que em todos os níveis será possível chegar com o carro suficientemente perto das coordenadas, mas não poderá usufruir de uma suspresa que está na cache.
De bicicleta:
(Excelente escolha! Não se vai arrepender.)
Como provavelmente as bicicletas serão transportados num carro, dirija-se ao 1º nível na sua viatura. Poucos metros antes existe um parque de estacionamento onde poderá deixar o carro enquanto realiza a caça dando ao pedal. O passeio, com cerca de 6 Km até à cache, é excepcional. E ao chegar à cache em bicicleta verá que valeu a pena, pois aí uma surpresa irá permitir manter o interesse no regresso à sua viatura. Terá a oportunidade de regressar por caminhos que na sua maioria só é possível fazer de bicicleta.
O trajecto de ida não exige grande esforço e pode ser realizado calmamente. Para o regresso ao ponto de partida, caso opte pela surpresa da cache, é necessário uma bicicleta BTT e alguma preparação física. Pode também vir a fazer falta um par de calças para proteger da vegetação, embora na minha opinião um geocacher de barba rija não precise.
Não esquecer antes de começar o trajecto, de levar a prenda para deixar na cache, bem como alguma água para matar a sede. Em ritmo calmo levará cerca de 3/4 horas na busca desta cache.
Níveis:
1º Nível: Procure pelas coordenadas do 2º nível e recolha parte dos dados necessários ao cálculo do 3º nivel - Variável E
2º Nível:Conte o número de candeeiros que se encontram sobre o rio - este valor será a variável A.
Conte também quantas faces tem a zona vidrada da estrutura central deste local - este valor será a variável B.
Agora calcule as restantes variáveis e substítua nas coordenadas para o 3º nível.
C = E - 2
D = E - F
F = B / 2
N38 4C.CED W008 5C.ECF
(para confirmar, o 3º nível encontra-se a 3200 metros do 2º nível)
3º Nível: A cache final. A cache é a ammo-box que foi utilizada como prémio no 2º Encontro de Geocaching em Portugal. Aqui encontrará informações sobre o concelho, locais a visitar noutra oportunidade e a tal surpresa para fazer de bicicleta. Poderá também observar diversas aves, pelo que se tiver oportunidade leve uns binóculos.
Dicas:
1º Nível: Daqui consegue-se avistar o 2º nível :)
2º Nível: Após decifrar as coordenadas para a cache, além de seguir as indicações do GPS, passe pelo centro da vila (onde poderá dar uma vista de olhos) e seguindo pela estrada principal, quando o GPS indicar 1670 metros em linha recta para a cache vire para uma estrada à esquerda.
3º Nível (cache): Quando estiver a 350 metros da cache poderá ter molhar os pés e as rodas. Na busca pela cache não saia demasiado dos trilhos, pois existem algumas zonas falsas, nomeadamente algum lodo e buracos cheios de água. No entanto são perfeitamente visíveis se andar com atenção, não existindo assim qualquer perigo.
Adopção:
Esta cache foi realizada pelo Ricardo Silva (ricardobsilva), a 6/6/2003 e foi adoptada pela Sara e Hugo Rebordão a 28/1/2007. Fazendo o mínimo de alterações na cache informamos apenas que o 3º nível não é composto por uma ammobox, mas sim por um vulgar tupperware. Obrigado Ricardo.
No que diz respeito à surpresa adicional na última cache, temos de vos alertar para o facto de não ser actualmente aconselhável a sua realização. Reparem na nossa nota de manutenção do dia 25/4/2007:
Aproveitámos o dia para verificar a validade do roadbook
. Passámos pela cache, tirámos um bloco e deixámos um TB. Iniciámos a pedalada e lá fomos pelos campos de Alcochete. Infelizmente, embora o percurso seja na quase totalidade exequível, agora passa por dentro de propriedades privadas, numa das quais se pratica o tiro ao prato
!!! Já perto do fim, o acesso à casa assombrada esta dificultado por uma vala intransponível após um campo de mato denso
!
É com tristeza que temos de vos desaconselhar o percurso adicional. Poderemos em breve descobrir outras alternativas, mas para já fica o alerta.
Adoção v.2.0:
Esta cache foi realizada pelo Ricardo Silva (ricardobsilva), a 6/6/2003 e foi adotada pela Sara e Hugo Rebordão a 28/1/2007. A 25/10/2017 o Rebordão passa o testemunho ao Vitor Sérgio aka vsergios. Mais uma vez, fazendo o mínimo de alterações na cache informo apenas que o 3º nível continua a não ser uma ammobox, mas sim um vulgar tupperware e, mais importante, que o local foi alterado. Também, no ponto incicial, que desviou um pouco, para além de recolha de coordenadas para o 2º nível, passa a ser necessário recolher um dado importante para construção da coordenada final. Obrigado Hugo.
Aqui fica só um apontamento de cultura geral sobre a zona de sapal.
O estuário do rio Tejo possui um conjunto de habitats de relevância ecológica tão grande que foi incluída na Rede Natura 2000 (criada a nível europeu para protecção de espécies da flora e fauna em risco).
A zona do local final da cache denomina-se de vasa e existe em muitos estuários em Portugal, em locais onde as marés têm amplitude considerável, deixando a descoberto grandes extensões de lodos ou areias (vasa) na maré baixa. Nessa altura acontecem fenómenos muito interessantes: os animais e plantas móveis (algas flutuantes na maioria) que não toleram a secura refugiam-se (ou são mesmo arrastados) para as zonas profundas do estuário ou para os canais que se formam naturalmente. Os restantes seres vivos ficam enterrados ou depositado sobre a vasa até que a água chegue novamente.
O local onde se encontra a cache final é um sapal. Os sapais são dos ecossistemas de maior produtividade do planeta e as suas águas calmas constituem um bom local de abrigo e permanência para numerosas espécies de animais. Os sapais são mesmo conhecidos como “maternidades” para muitas espécies marinhas, que aproveitam as água escuras (da vasa em suspensão e não da poluição) para efectuarem a desova, e aqui permanecem durante os estádios larvares e juvenis, antes de migrarem para o mar. Por este motivo, a abundância de peixe, moluscos e crustáceos nas águas costeiras depende da conservação dos sapais . Por causa desta riqueza e variedade de espécies aquáticas os sapais têm normalmente uma grande diversidade de espécies sedentárias de aves que aqui se alimentam e abrigam! Por esse motivo podemos aqui encontrar tantos flamingos, alfaiates, colhereiros, etc.
Nos 20 min que passámos no local da cache para fazer a manutenção, encontrámos uma enorme diversidade de animais refugiados no canal de vasa: pequenos caranguejos, “minhocas” e bivalves que fariam as delícias de qualquer amante da natureza! Já não falando em todas as aves que por ali andavam!
É verdade que só podemos gostar daquilo que conhecemos e compreendemos, por isso aqui fica um “empurrãozinho” para quem quiser apreciar melhor este nosso planeta, e o local fantástico e único que é o da cache, tão bem escolhido pelo Ricardo Silva!
Obrigada!
By Sara Rebordão (28/5/2008)