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Bem vindos a esta cache
que nos leva a visitar a Barragem de Alqueva. Aproveite o
passeio e percorra a totalidade do paredão, observando e
contemplando a imensidão quer de água a montante quer de
cimento e de infra-estruturas a jusante. Este foi desde
a sua abertura um ponto de romaria e todos os fins de semana
centenas de pessoas vindas de todo o país e Espanha a
visitam. De facto, merece a visita.
Esta cache é acima de tudo
para dar a conhecer apenas a principal construção e o ponto
nevrálgico desta enorme barragem. Futuramente irei dar mais a
conhecer...:)
A Barragem
Localizado
em
pleno Alentejo, o
Empreendimento de Fins
Múltiplos de Alqueva tem influência
directa quer nos concelhos abrangidos
pela albufeira de Alqueva
quer naqueles que
beneficiam com a instalação de novos
perímetros de rega.
São 19 os concelhos do
Alto e Baixo Alentejo, nas margens direita
e esquerda do Rio Guadiana
abrangidos por este Empreendimento.
O Empreendimento desenvolve-se a
partir da barragem de Alqueva, instalada no
rio Guadiana, imediatamente a jusante
da confluência
do rio Degebe
e a montante da
confluência do rio Ardila.
A albufeira de Alqueva estende-se por 83 km ao
longo dos concelhos de Moura, Portel, Mourão,
Reguengos de Monsaraz e Alandroal e
terá uma capacidade total de 4 150 milhões
de m3, sendo de 3 150 milhões de m3
o seu volume utilizável
em exploração normal. A albufeira extende-se por
83 quilómetros, com um espelho de água com 250 Km2 e
com margens a ultrapassarem os mil km de
extensão. | |
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As primeiras referências à necessidade de
criar uma reserva de água no rio Guadiana,
em pleno Alentejo, surgem há
pelo menos 100 anos, embora o
Projecto, enquanto Empreendimento de Fins Múltiplos,
date de 1957, altura em que foi criado o Plano de Rega do
Alentejo.
Identificada a origem de água
no Guadiana, rio internacional partilhado com
Espanha, foi necessário estabelecer
um acordo que regulasse a utilização
deste recurso. Foi então celebrado o Convénio Internacional Luso
Espanhol que veio atribuir a Portugal a
exploração hidráulica do troço internacional deste rio
entre as confluências do rio
Caia e a da ribeira de Cuncos. Este
Convénio, assinado em 1968, previa a
construção da barragem de Alqueva, elemento
fulcral do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva.
Entre avanços e recuos ficaram na história a decisão governamental
de 1975 de dar corpo ao Empreendimento e o início dos
trabalhos em Alqueva, em 1976.
As obras preliminares duraram
apenas 2 anos, tempo
para construir as ensecadeiras de montante e
jusante,
o túnel de desvio provisório do rio, os acessos
e infraestruturas de apoio.
As obras foram interrompidas
em 1978.
O Empreendimento entrou então numa fase de
avaliações e novos estudos tendo o Governo decidido retomar o
Projecto em 1993. Foi
então
criada
a Comissão
Instaladora da
Empresa do Alqueva
que preparou e lançou
os primeiros
concursos públicos
internacionais com vista à
retoma do Empreendimento. Dois anos mais
tarde essa Comissão deu lugar à
EDIA Empresa e
Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, S. A..
Os trabalhos são reiniciados
em 1995 e em Maio de
1998 têm lugar as primeiras betonagens que dão
corpo à mais desejada obra no Alentejo.
Em Janeiro de 2002 o corpo principal da Barragem
fica concluído, tendo sido encerradas as comportas de fundo e
meio fundo, o que permitiu o início do enchimento da
albufeira a 08 de Fevereiro.
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ÁREA DE INFLUÊNCIA DO
EMPREENDIMENTO DE FINS MÚLTIPLOS DE ALQUEVA
Concelhos total ou parcialmente
abrangidos |
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Alandroal Alcácer do Sal
Aljustrel
Alvito
Barrancos
Beja
Cuba
Elvas
Évora
Ferreira do Alentejo
Grândola
Moura
Mourão
Portel
Reguengos de Monsaraz
Santiago do Cacém
Serpa
Viana do Alentejo
Vidigueira | | |
As datas mais importantes
1968 |
Celebração
do Convénio Luso Espanhol para
utilização dos rios internacionais |
1975 |
Aprovação
pelo
Conselho de Ministros da realização do
Projecto |
1976 |
Início das
obras preliminares
(ensecadeira/infraestruturas de apoio à
obra) |
1978 |
Interrupção das
obras |
1980 |
Nova
Resolução do Conselho de
Ministros determina a retoma
dos trabalhos |
1985/87 |
Estudo de Impacte
Ambiental |
1992 |
Avaliação
global de
Impacte
Ambiental da componente
hidroeléctrica |
1993 |
Decisão
do
Conselho
de Ministros
para
retoma do
Empreendimento |
1993 |
Criação da Comissão
Instaladora da Empresa do Alqueva
(CIEA) |
1994/95 |
Estudo Integrado de
Impacte Ambiental |
1995 |
Criação da
Empresa de Desenvolvimento e
Infraestruturas do Alqueva, EDIA,
SA |
1995 |
Reinicio dos
trabalhosem
Alqueva |
1996 |
Através
da Resolução do
Conselho de Ministros nº
8/96, o Governo assume "avançar
inequivocamente com o
projecto do Alqueva" com ou sem financiamento
comunitário |
1996 |
Adjudicação
da empreitada
principal de construção
civil da barragem e
central de Alqueva |
1997 |
Integração
no QCA
94/99 do
Programa
Específico de Desenvolvimento
Integrado da Zona do
Alqueva (PEDIZA) que consolida o
envolvimento da Comunidade Europeia no
Projecto |
1998 |
Inicio das
betonagensna Barragem de
Alqueva. |
1999 |
Adjudicação
da empreitada de
construção das habitações e comércios
da Nova Aldeia da Luz |
2000 |
Adjudicação da
empreitada para a execução do primeiro bloco de rega do
Sistema Global de Rega de Alqueva |
2002 |
Encerramento das Comportas da Barragem de Alqueva e
início do enchimento da
Albufeira |
2002 |
Inaugurado o 1º Bloco da 2ª Fase do Perímetro de
Rega de Odivelas |
2002 |
Inauguração da Nova Aldeia da
Luz |
2002 |
Abertura ao trânsito da estrada Portel/Moura sobre o
coroamento da Barragem do
Alqueva |
Outros
promenores
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Central
hidroeléctrica em
Alqueva Dotada de duas
Turbinas/Bomba com 120 mw de potência
cada uma, esta
Central produzirá
380 giga watts/hora/ano, energia que será
canalizada para a rede eléctrica Nacional. Em
termos comparativos, esta energia seria
o dobro da necessária para abastecer
os concelhos de Beja e
Évora. | |
Barragem
de Pedrogão,
Localizada a
cerca de 23 km a jusante da barragem de Alqueva, esta
infraestrutura criará uma albufeira de
contra-embalse em Alqueva, indispensável para
recuperar as águas utilizadas na produção de energia
eléctrica
e posterior retorno à albufeira de Alqueva.
A sua altura
máxima será de 39 metros e o volume utilizável é de 54
hm3.
A barragem de Pedrógão será igualmente equipada com uma central
hidroeléctrica com dois grupos de 4,9 mw
cada. |
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