Um pouco de história...
Aquando da conquista das terras aos Mouros, deparou-se D. Afonso Henriques com alguns problemas de complexa resolução. Possivelmente o mais preocupante tinha a ver com a desertificação dos novos espaços adquiridos. A população era na altura manifestamente insuficiente para garantir a estabilidade da região. Optou então o nosso Rei por convidar os monges da poderosa Ordem de Cister a instalaram-se no nosso país. Desta forma, conseguia não só resolver o problema da desertificação, como ganhava também, a nível Europeu, o apoio desta poderosa Ordem.
Assim, o território dos Coutos de Alcobaça foi doado por D. Afonso Henriques a Bernardo de Claraval, o grande obreiro da Ordem de Cister, em 1153.
De acordo com Frei Bernardo de Brito, em 1602, a doação resultou de um voto a Cristo por parte de D. Afonso Henriques, no local da Serra d'Aire e Candeeiros onde actualmente se encontra erigido o Arco da Memória. O voto, feito antes da conquista de Santarém aos mouros, prometia à Ordem de Cister “tudo quanto via com os olhos dali até ao mar”, caso S. Bernardo o ajudasse na conquista da cidade, o que veio a acontecer. Embora esta teoria não seja actualmente aceite por todos os investigadores, a verdade é que o Arco desempenhava uma verdadeira função de delimitação das fronteiras da Ordem.
É um arco triunfal, feito em cantaria, com cinco metros de altura, seis de largura e um de espessura. Antigamente havia uma estátua de D. Afonso Henriques, situada entre umas pirâmides, no topo do arco, mas foi retirada.