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Castelo de Santiago Traditional Cache

Hidden : 3/30/2005
Difficulty:
2 out of 5
Terrain:
2 out of 5

Size: Size:   regular (regular)

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Geocache Description:


Castelo de Santiago

Bem vindos a esta cache que vos leva até a Santiago do Cacém e ao seu Castelo!

Uma cache para ser feita por todos sem limitações. Um belo passeio de família ao fim de semana por     exemplo! :)

Além dos pontos de interesse aqui apontados na descrição da cache podem visitar o parque que fica em N38º 00.712 W008º 41.826. Nas proximidades de Santiago do Cacém podem e devem visitar também a Lagoa de St.André, Sines e Grândola.

Para melhor desfrutar o passeio e para vos ajudar na caçada aqui ficam então alguns pontos de interesse:
  

Castelo

A construção do castelo remonta originalmente à ocupação muçulmana desta zona do Alentejo, situação sob a qual permanece até 1158, altura em que D. Afonso Henriques - auxiliado pelos cavaleiros templários - o conquista e o entrega à própria milícia de Cristo.

Em 1190, o califa almóada Al-Mansur apodera-se do castelo cristão, facto apenas contrariado em 1217, quando D. Afonso II o reconquista e o entrega aos cavaleiros da Ordem de Santiago, a quem já antes tinha sido doado (1186).

Entre os anos de 1310 e 1336, a vila e o castelo estiveram na posse da princesa bizantina D. Vataça Lascaris, por força de uma troca efectuada entre esta e o mestre da ordem, circunstância que resultou na troca da comenda que a princesa detinha em Vila-lar (Castela), com os domínios desta vila. No entanto, após a sua morte, que ocorreu no ano de 1336, o castelo e vila regressaram de novo à tutela do mestre da Ordem de Santiago.

Na revolução de 1383-85, muitos castelos transtaganos foram ocupados pelos exércitos do rei de Castela, ofensiva que foi contrariada pelas tropas de D. Nuno Álvares Pereira, que em pouco tempo os expulsou do Alentejo e recuperou as praças de armas que tinham caído em seu poder. De entre estas figurava a de Santiago do Cacém.

A partir de inícios do século XVI, o castelo começa a perder a antiga função defensiva para que fora dotado, facto que acelerou a sua degradação. Em 1605 este já não era habitado, o que o degradava ainda mais, circunstância que levou a que no ano de 1700 já se encontrasse em adiantado estado de ruína. Desta maneira, em 1838, a Câmara Municipal escolheu o seu interior para receber o cemitério municipal.

A actual tipologia do castelo apresenta a forma de um paralelogramo envolvido por nove torres e cubelos - a décima foi destruída em 1796, quando se reedificou a igreja matriz - acedendo-se ao seu interior pela única porta subsistente, onde se pode observar um conjunto brasonado que ostenta a cruz da bandeira ou estandarte da Ordem de Santiago, a cruz espatária e um escudo de cavaleiro com as cinco quinas do reino. O interior do castelo é dominado pelas ruínas do antigo espaço da alcaidaria ou alcaçar, construção com origem nos séculos XIII/XIV e que foi remodelada nos séculos XV/XVI - espaço onde também se encontra escondida uma tulha cerealífera medieval.

A partir dos anos 30 do século XX o castelo sofreu grandes restauros efectuados pela Direcção dos Serviços dos Monumentos Nacionais. Estas mesmas proporcionaram-lhe a actual configuração que conhecemos.

Está classificado como Monumento Nacional desde 1910.

Tapada dos Condes de Avillez

Recentemente foi inagurada a Tapada que está anexa ao Palácio dos Condes de Avillez, que fica entre o Palácio e o Castelo. Há muito que estava abandonada, mas agora foi alvo de uma profunda intervenção por parte do município de Santiago e agora é um espaço de lazer sem rival nesta bonita e histórica cidade alentejana. Alvo de ajardinamento, novas árvores, iluminação, bancos, caixotes do lixo e novos caminhos de acesso, é uma mais valia para esta cache!

Esta Tapada era um espaço de lazer e de retiro espiritual, ambiente que levou à criação de três interessantes espécimes arquitectónicos: um pequeníssimo challet suiço ( a "Casa de Chá" ), uma capela revivalista e ecléctica e uma curiosa construção triangular, denominada de "Estufa".

De salientar o challet suíço, de dimensões reduzidíssimas, foi construído nos anos 20/30 do século XX, por Jorge Ribeiro de Sousa - o afilhado e herdeiro da viúva do 3º conde -, tendo recebido uma planta trilobada e um portal manuelino retirado das ruínas do castelo, ao mesmo tempo que fazia par com a construção da "Estufa", de planta triangular e equilátera. A capela particular, construída em 1902 e dedicada ao padroeiro S. Jorge, procurou criar a imagem de uma pequena catedral, com as suas altas torres e portal em arco quebrado, a que se juntava um remate de um grupo escultórico brasonado com as armas dos Condes de Avilez.

 



 

 

 


 

 

 


Igreja Matriz de Santiago do Cacém

A maior parte dos autores actuais afirma que o templo foi construído pelos cavaleiros espatários no decurso do século XIII, eliminando as hipóteses que os autores antigos atribuíam à fundação pagã do templo - fenícia, grega ou romana -, que era fundamentada pela iconografia apresentada pelas arcadas das naves.

Na primeira metade do século XIV o templo foi provavelmente beneficiado a expensas de D. Vataça Lascaris, donatária bizantina que deteve a comenda de Santiago do Cacém entre 1310 e 1336. No ano de 1530, aquando da comendadoria de Alonso Peres Pantoja, o templo recebeu uma profunda intervenção. No entanto, passados alguns séculos a igreja acabou por ser alvo de duas novas intervenções: uma ocorrida em 1704, no tempo de D. Pedro II, e outra entre 1796 e 1830, esta última devida ao terramoto de 1755. A intervenção modificou a orientação da igreja - a entrada passou a fazer-se então pelo local onde estava a capela-mor - e as dimensões que até então detinha.

No final do século XIX, concretamente em 1895, a igreja foi palco de um incêndio, que provocou alguns estragos, sendo seguido de um outro em 1912, que levou à transferência da paróquia para a igreja da Misericórdia. Em 1933, o arcediago António Rebelo dos Anjos, precavendo-se contra futuras destruições e incêndios, mandou renovar o interior - principalmente a capela-mor e os altares laterais - e o exterior da igreja. O exterior do edifício destaca-se pelas imponentes linhas barrocas tardias, dirigidas por uma orientação verticalista que privilegiou a marcação externa das três naves, e pelo movimentado frontão, de forte cariz cenográfico - com referências aos atributos do apóstolo Santiago. No alçado lateral sul destaca-se um portal gótico dos séculos XIII/XIV, denominado de Porta do Sol, onde prevalece uma figuração zoo-fitmórfica. No interior podem-se observar as abóbadas manuelinas da antiga capela-mor e das naves laterais ou as arcadas quebradas, com a sua hermética iconografia cristã. A par destes elementos podem também ser vistos os altares laterais, os azulejos do século XVII e o famoso alto-relevo gótico representando Santiago Matamouros, obra de escultura do século XIV, muito provavelmente oferecida por D. Vataça Lascaris.

A igreja está classificada como Monumento Nacional desde 1910. A Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais tem vindo nos últimos anos a beneficiar esta igreja com sucessivas obras de conservação e restauro.

Foi o desejo de dar a conhecer um espólio secular, entrosando com a história da igreja matriz, que levou a Câmara Municipal e a Diocese de Beja a unirem esforços para a organização do núcleo museológico do Tesouro da Colegiada que abriu as suas portas ao público no dia 25 de Julho de 2002.

Aqui podemos observar, para além do relicário do Santo Lenho, as obras de arte e um espólio notável destinados a servir sobretudo cerimónias litúrgicas.

Horário:

  • De terça a sexta-feira das 10.00h às 12.00h e das 14.00h às 17.00h

  • Sábados e Domingos das 14.00h às 17.00h

  • Encerra à segunda-feira e feriados.

Mais informação: http://www.monumentos.pt/



 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

Ruínas Romanas de Miróbriga

Classificado como imóvel de interesse público desde 1940, afecto ao Instituto Português do Património Arquitectónico e Arqueológico desde 1982, o sítio arqueológico de Miróbriga situa-se nas proximidades da cidade de Santiago do Cacém.

A primeira notícia que se conhece sobre as ruínas de Miróbriga data do século XVI: o humanista André de Resende a elas se referiu como sendo uma povoação outrora chamada Merobrica.

No século XIX foram objecto de escavações, promovidas pelo Bispo de Beja, D. Frei Manuel do Cenáculo.

Nos anos quarenta do século XX, iniciaram-se trabalhos de pesquisa sistemáticos, orientados pelo Dr. João da Cruz e Silva, investigador natural de Santiago do Cacém.

D. Fernando de Almeida efectuou em Miróbriga diversas campanhas de escavação desde 1959 até à década de 70. Interpretando como templos os vestígios arqueológicos detectados no Fórum, D. Fernando de Almeida defendia a tese de que Miróbriga seria um santuário com as necessárias infra-estruturas de apoio aos peregrinos: um complexo termal, habitações e um hipódromo destinado às festividades aí realizadas.

Investigadores de uma equipa luso-americana que aí trabalhou de 1981 a 1985 perfilham a opinião de que Miróbriga seria habitada, pelo menos, desde a Idade do Ferro, tendo as características comuns às cidades provinciais romanas. Dotada de um Fórum com um templo dedicado ao culto imperial, situado no centro da praça e um outro templo, possivelmente dedicado a Vénus, o aglomerado urbano possuía ainda uma zona comercial - "tabernae", que se desenvolve a sul do Fórum, e uma hospedaria. As termas, compostas por dois edifícios de cronologias diferentes, apresentam os compartimentos usuais destas construções: zona de entrada, zona de banhos frios - "frigidarium" e zona aquecida - "caldarium e tepidarium". O pavimento das salas era coberto de mármores, sendo as zonas quentes aquecidas pelo sistema de hipocausto, por onde circulava o ar quente.

Calçadas construídas de xisto atravessam o aglomerado e uniam os vários núcleos urbanos. Relativamente perto das termas pode ver-se uma ponte de um só arco de volta inteira.

A cerca de um quilómetro do sítio arqueológico de Miróbriga encontram-se as ruínas do único hipódromo até hoje identificado em Portugal.

Destinado a corridas de carros puxados por dois ou quatro cavalos, o hipódromo media 370x75 metros. Era dividido ao meio pela "spina" e possuía uma meta em cada extremidade. Não se encontraram vestígios de bancadas, que deveriam ser construídas em madeira.

Encontra-se em pleno funcionamento o Centro de Acolhimento e interpretação, construído pelo IPPAR.

O Centro possui uma exposição permanente sobre o sítio, organizada de forma temática, assim como uma sala para acolhimento de grupos. O percurso da visita encontra-se devidamente sinalizado.

Acesso pela EN 120 que, a partir de Santiago do Cacém sai em direcção Grândola/Lisboa.

Parque de Estacionamento para ligeiros e autocarros.

Horário:

  • Terça a Sábado:
    - 9:00 - 12:30 h
    - 14:30 - 17:30 h
  • Domingo:
    - 9:00 - 12:00 h
    - 14:30 - 17:30 h
  • Encerra à segunda-feira e feriados de 1 de Janeiro, Domingo de Páscoa, 1 de Maio e 25 de Dezembro

Tel. +351 269 81 84 60

Coordenadas : N38º 00.623 W008º 41.156

Mais informação: http://www.ippar.pt/

 



 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Santiago do Cacém de povoado pré-celta a cidade do século XXI

Um pouco de história..

Santiago do Cacém situa-se a cerca de 1 km para Oeste das ruínas da denominada Miróbriga, de origem pré-romana.

Esta estação arqueológica exibe anualmente a milhares de turistas nacionais e estrangeiros, construções e marcas várias de presença humana: originariamente povoado pré-celta, aglomerado urbano celta, foi romanizado até ao período post-imperial, mais exactamente desde o século I da Era de César até ao século V da Era de Cristo.

Estudada arqueologicamente desde 1808, foi um importante centro económico, social, religioso, cultural e desportivo (...).

Autores como Mário Saa, consideraram-na a Salatia Imperatoria; outros, a partir de D. Fernando de Almeida, como Mirobriga Celtici, denominação que se tem imposto na sua divulgação turística e como referência científica.

Salatia Imperatoria ou Mirobriga Celtici, as ruínas ao lado de Santiago do Cacém, mostram antigos templos romanos e pré-romanos num planalto onde todo um Fórum se desenha claramente; um desenvolvimento habitacional e comercial ocupa toda a colina voltada a Este, e a zona Sul; no vale, umas imponentes termas ou balneários; e a cerca de 1 km o único hipódromo romano conhecido em Portugal.

Enfim, todo o fausto e a comodidade próprios da dominação romana, uma cidade opulenta e luxuosa a principal da Costa Ocidental a Sul do Tejo.

E por toda a região se encontram, aqui e ali, os restos de Villae, e de calçadas romanas bem pavimentadas, sem esquecer os povoados neolíticos e das idades do cobre, bronze e ferro e até os restos paleolíticos.

A ocupação romana deste espaço vai dar lugar (com a lacuna que a fase visigótica ainda hoje ocupa na nossa investigação histórica) à dominância árabe de cinco séculos.

É assim que este importante centro populacional vai renascer, reafirmar-se, um pouco mais a Oeste num outeiro de que se avista uma soberba paisagem cujo horizonte é o Atlântico, a Arrábida e o Espichel...

Grande parte das actuais construções do mais antigo núcleo histórico de Santiago do Cacém, teve decerto pedreira fácil e barata nas ruínas da Cidade Velha.

E qual Phoenix renascida das cinzas, a vila do mouro Kassem, afirma-se sobranceira a toda a região que domina, com o seu castelo, desde o século VIII até ao século XII. Desta fase de dominância islâmica é também a toponímia que persiste: são da ordem das dezenas os nomes de lugares, no termo da vila que se podem, com segurança, classificar como etimologicamente árabes.

Mas também o grande senhor árabe, o forte castelo de Kassem, vai ter de dar lugar a outros conquistadores.

A história das conquistas e reconquistas deste castelo, não é simples nem linear. No entanto, é provável que entre 1158 e 1160 o castelo árabe tenha sido tomado por tropas fiéis a D. Afonso Henriques. Em 1161, os mouros devem tê-lo recuperado. Terá voltado a ser cristão entre 1162 e 1166. Foi doado à Ordem de Sant' Iago de Espada em 1186, embora em 1184 se tenha iniciado a grande ofensiva almoada que até 1217 restaurou o regime islamita de novo até ao Tejo. É nesta data que se faz a ocupação definitiva pelos frades guerreiros. Assim, passando a Vila de Kassem a pertencer de facto à Ordem de Sant'Iago, mantém o antigo nome ao qual se antepõe o da Ordem: (Terra ou Vila ou Castelo de) Sant'Iago (que era) de Kassem.

O Burgo Medieval de Sant'Iago de Kassem era já de grande importância no século XIII, com responsáveis políticos e administrativos de 1.ª categoria(pretores, alvazis, juízes, alcaides, almoxarifes).

Já considerada oficialmente com a categoria de Vila em 1186, recebe a sua primeira Carta de Foral com D. Dinis.

Refira-se que é no reinado de D. Dinis que é feita doação da vila e castelo de Sant'Iago de Kassem e Panoias a Vetácia Lascaris, princesa grega encarregada da educação de D. Constança, filha de D. Dinis e depois esposa de D. Fernando. A vila só torna ao poder da Ordem por morte de Vetácia em 1336. Esta senhora passa os seus últimos anos de vida em Coimbra onde está sepultada na Sé Velha.

É deste período um imponente monumento iconográfico relacionado , e actualmente integrado no interior da Igreja Matriz, talvez encomenda da Rainha D. Isabel: um alto relevo do século XIV, com 2m x 1,5m, que representa o Sant'Iago a cavalo, combatendo os mouros, e que foi fonte de inspiração para as actuais armas, selo e brasão do Município.

O primeiro Comendador da vila pela Ordem foi Carlos Pessanha, filho de Manuel Pessanha, primeiro almirante de Portugal.

Em 1383-85, Sant' Iago de Kassem toma voz pelo Mestre de Aviz, pelos interesses nacionais, contra a submissão ao estrangeiro.

No Arquivo Nacional da Torre do Tombo, até ao período quinhentista há documentação referente à vila nas Chancelarias Régias, na Chancelaria da Ordem de S. Tiago, no Corpo Cronológico, em várias gavetas e em Forais Antigos.

A Vila de São Tiago de Cacém, em poder da Ordem até 1594, passará então por doação de Filipe II aos Duques de Aveiro até 1759, ano em que, pela tentativa de regicídio, ficou a pertencer, com os bens de duque executado, ao domínio da Coroa, passando por fim em 1832, pela vitória do regime liberal, ao Estado.

Com Juízes de Foro desde, pelo menos 1551, a magistratura judicial era até aí exercida por Juízes Municipais eleitos pelo Concelho e aprovados pelo Comendador. A partir daí com juízes formados, de nomeação régia, passou a ter maior amplitude judicial e administrativa, na partilha das responsabilidades municipais como homens da vila.

A organização municipal assente nos homens-bons, nos alvazis, nos jurados nomeados pelos cavaleiros-vilãos e peões, e que representava a força vital do concelho, foi alterada por D. Manuel e começa então a magistratura administrativa dos Vereadores, a chamada Câmara. Desde o século XVI e até 1833, o corpo da Câmara de S.Tiago do Cacém era composto por três Vereadores e um Procurador.

O número de localidades e freguesias que compõem o concelho de Santiago do Cacém é Sede, tem variado ao longo do tempo. Mas desta diversidade ressalta sempre a sua importância regional em todo o litoral entre o Sado e o Mira, com uma projecção para o interior, da ordem das dezenas de quilómetros em extensão de território.

Do Termo de S. Tiago do Cacém fizeram parte as freguesias de Santa Catarina do Vale, Melides, Vila Nova de Mil Fontes e a Cidade de Sines (esta, município autónomo desde 1834 e actualmente com duas freguesias). Actualmente tem onze freguesias, incluindo a histórica vila de Alvalade, detentora de Foral Manuelino.

O Concelho de S. Tiago do Cacém tinha assento em Cortes no banco n.º 16.

Concelho essencialmente rural com predominância para a agro-pecuária, o sistema tributário que até ao século XIX pesou sobre as suas gentes, incluía entre outros: a coima, o fossado, a anáduva, os foros, as portagens, açougagens, peagens, as alcavalas, a alcaidaria, o julgado, o relego e o montádigo.

Desde meados do século XVI que o Ensino se pratica na vila. O seu impulsionador foi precisamente o exímio literato Frei André da Veiga, nascido em São Tiago do Cassem em 1472, cujo nome foi dado à Escola Preparatória aquando da sua criação.

Depois da grande expansão urbana que conseguiu no século XVIII, São Tiago do Cacém afirma-se destacadamente na região durante as Invasões Francesas.

Discordando da política militar centralizadora das Juntas de Beja e de Faro que defendiam a constituição de um exército central que acudisse a eventuais ataques às regiões do Alentejo e Algarve, a Junta de São Tiago do Cacém, vendo a zona de Melides/Comporta/Alcácer como o ponto estratégico de defesa do Alentejo, procura concentrar ali, por todos os meios, o maior número possível de homens armados. As dificuldades de recrutamento obrigaram inclusivamente à incorporação de menores. Esta Resistência só foi possível com a adesão das populações das vilas, das, aldeias, dos campos.

No século XIX Santiago do Cacém era uma pequena Corte, onde os senhores da terra faziam vida faustosa do tempo dos morgadios. As opulentas Casas dos Condes do Bracial, dos de La Cerda, do Capitão Mor, dos Beja, dos Condes de Avillez, Fonseca Achaiolli e outras, dominavam a vila e o seu Termo e outras terras alentejanas.

Nomes sonoros como os do Comendador António Pereira Luzeiro de La Cerda, José Francisco Arrais Beja Falcão, António Pais de Matos Falcão (Conde do Bracial), estão ainda hoje na memória das gentes. Gentes fortemente vincadas aos movimentos populares e sindicalistas das primeiras décadas do século XX, que o nosso concidadão e muito querido amigo o Escritor Manuel da Fonseca, imortalizou nas suas obras.

Período de explosão e desenvolvimento económico, suportado pelo trabalho mal pago dos assalariados, é nesta altura que a par de belas e ricas quintas e herdades senhoriais de exploração agro-pecuária inovadora(cereais, frutas e cortiça, fundamentalmente, e gado cavalar, muar, asinino, bovino, ovino, caprino, suíno) como o Pomar Grande. Herdade do Paúl, da Casinha, de Vale de Agreiros, da Assenha, de Corona, da Ortiga, de Olhos Bolidos, do Canal e outras Casas Agrícolas como a de Jorge Ribeiro de Sousa, a par dessa exploração agro-pecuária, vai paralelamente desenvolver-se a indústria e o comércio. Contavam-se na vila, mais de uma dezena de Fábricas de Cortiça, várias Serrações de Madeira, Carpintarias, Mecânicas, Fábricas de Moagens de Ramas, Forjas e Oficinas e Ferraria e Serralharia. Instalaram-se em Santiago do Cacém, Advogados, Farmacêuticos, Merceeiros, Comerciantes de Fazendas, Gráficos. Abrem-se os primeiros cafés. As Colectividades e Associações animam a vila: são a Filarmónica União Artística, a Sociedade Harmonia, a Casa do Povo.

Os seguintes factos traduzem não só a riqueza dos Senhores, como o guindar da vila florescente e pitoresca da primeira metade do século aos destaques do país:

  • em 1895 chega a Portugal o primeiro automóvel. É propriedade do Conde de Avillez, de Santiago do Cacém;

  • o primeiro Rolls Royce que veio para Portugal, veio também para Santiago do Cacém. Propriedade de José de Sande Champalimaud;

  • o registo n.º 1 para automóveis, passado pelo Ministério das Obras Públicas em 1901 é para Santiago do Cacém, em nome de Augusto Teixeira de Aragão.

Vai ser necessário esperar pela década de 70, depois de 40 anos de estagnação, para a vila iniciar nova fase de expansão urbana, a maior da sua existência secular, agora planificada e projectada.

O ordenamento urbano, a definição de zonas de expansão permitem agora localizar as estruturas habitacionais, comerciais, industriais, culturais, de serviço, de acesso e comunicação, de uma forma integrada.

O perfil, o traço, o percurso histórico, a sede que é de abastecimento e troca, de atracção turística, de prestação de serviços para o concelho (que conta com mais três vilas: Cercal do Alentejo, Alvalade,Ermidas-Sado e uma cidade: Vila Nova de Santo André) para os vizinhos concelhos de Sines, Grândola e Odemira, caracterizam actualmente Santiago do Cacém, já não como pitoresca vila de princípios do século conhecida pela Sintra do Alentejo, mas como uma cidade pronta para o desafio do século XXI.

Texto de autoria de Dr. Sérgio Pereira Bento

 

Nota : 

Toda a informação aqui colocada pode ser encontrada nos seguintes links:

  http://www.cm-santiago-do-cacem.pt/

 



 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 

 

 

 

 

 


A cache : 

Esta cache está escondida junto ao Castelo num local de fácil acesso. Procure-a discretamente e no fim deixe a cache bem escondida!

Esta cache é um contentor de plástico com 20x10x8cm. 

O conteúdo inicial desta cache ( agora regular ) é o  logbook, lápis e afia e algumas prendas descritas no log de 01 de Agosto de 2006 e as prendas já existentes na micro, e o logbook anterior. Não se esqueça de assinar o logbook!

Não se esqueça: "Cache in, Trash out!"

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Additional Hints (Decrypt)

À nyghen qbf byubf, bphygn pbz hzn crqen. Ab jnlcbvag nhkvyvne rfgãb nf rfpnqnf dhr yrinz nb ybpny pnfb b cbegãb qn Gncnqn rfgrwn srpunqb.

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)