
O rio Sabor (lê-se 'Sábôr') nasce na Serra de Parada, na região de Castela e Leão (Espanha), bem perto da fronteira com Portugal. Cruza a fronteira e serpenteia pela Serra de Montesinho, descendo em direcção a Bragança, para depois entalhar o seu curso no planalto transmontano, enquanto corre livremente entre montes e serras, até finalmente descansar no Douro...
Nesta terra de extremos, com muito calor no verão e gelo ou neve no inverno, desde há muito o homem aprendeu a viver da terra e, com o esforço do corpo e o saber de gerações, ainda se vai conseguindo contrariar a invencível corrente migratória que esvazia e destroi outras zonas do país...


Esta cache levá-los-á a visitar um pedaço do planalto transmontano, percorrendo os seus lameiros e campos de cereais, ponteados de castanheiros, nogueiras, cerejeiras e rebanhos de ovelhas e cabras. Galgado o planalto, começa a descida que leva ao rio Sabor, ao encontro de uma milenar ponte romana, símbolo intemporal da ligação entre os povos de terras distantes.
O objectivo último da cache é mostrar esta ponte e o próprio rio. Para lá chegar é necessário percorrer um caminho algo extenso, mas por belas e recompensadoras paisagens



Proponho que a caminhada se inicie na aldeira de Grijó de Parada (N41 42.924 W6 41.110), num largo junto à fonte, onde poderão deixar o carro. Daqui deverão seguir para Sul através dos lameiros, rumo à Capela de São Roque (ponto mais elevado do percurso, aproximadamente a 775 metros de altitude). Percorrerão depois os campos agrícolas até Cão de Grelo (em direcção a SE), contornando pelo lado sul a ribeira com o mesmo nome, sempre pelo topo do interflúvio. Aqui chegados, começarão a descer em direcção ao Sabor, atravessando uma paisagem bem distinta da anterior, onde predominam o mato, algumas árvores e as flores silvestres. Esta descida, com um desnível de aproximadamente 250 metros (o rio está a aproximadamente 420 metros de altitude) ao longo de um caminho íngreme e apenas aconselhado a veículos de todo-o-terreno, levar-vos-á até ao rio, à ponte e à tão ansiada cache.


De Grijó de Parada até à ponte terão de percorrer aproximadamente 7,7 km. Da ponte, poderão optar por voltar para trás, pelo caminho inverso, ou atravessar o rio e continuar em direcção à povoação de Outeiro, que dista aproximadamente 4,5 km deste local, a aproximadamente 700 metros de altitude. Esta opção é apenas indicada para quem opte por percorrer este percurso a pé ou num veículo de todo-o-terreno e não tenha necessidade de voltar ao ponto inicial do percurso. Mesmo com recurso a um veículo TT, a dificuldade do percurso até Outeiro é muito elevada! E atenção que, por estrada, Outeiro dista quase 50 km de Grijó de Parada...
A quem se deslocar em viaturas ligeiras, aconselho o estacionamento no local já referido, ainda que seja possível percorrer parte do caminho com essas viaturas. No entanto, em função do estado do caminho, poderão surgir algumas surpresas, por isso é mesmo mais seguro ir a pé...

É certamente possível continuar o percurso a pé ao longo do rio até à cache "Moinho do Penigueto", por mais 4 quilómetros, mas ainda não testei esta hipótese (percurso rosa no mapa). Se optarem por esta hipótese mais aventureira e recompensadora, poderão regressar até à aldeia pelo caminho aconselhado para o acesso desta segunda cache, ao longo de mais 3 quilómetros (percurso laranja no mapa), percorrendo um trajecto circular de quase 15 quilómetros.
Partindo de Grijó de Parada é ainda possível visitar a cache "Penedo de Pena Maior", percorrendo um percurso de 2,1 quilómetros (percurso azul no mapa).

A quem pensou que esta cache iria versar sobre a Gastronomia Romana, posso apenas pedir desculpa pelo equivoco e fornecer a seguinte informação:
"Durante a roma antiga a gastronomia consistia somente em vegetais e frutas. Os romanos gostavam de alho, cebola, nabo, figo, romãs, laranjas, peras, maçãs e uvas. O prato típico era mingau de água com cevada. Uma versão mais sofisticada levava vinho e miolos de animais. Outra prato títico era, a puls punica que continha queijo, mel e uma gema de ovo. Somente ricos comiam carne, geralmente de carneiro, burro, porco, ganso, pato ou pombo. Alimentavam os porcos com figos para que sua carne ficasse perfumada e criavam os gansos de maneira especial para com eles preparar patês. Faziam o mesmo com os frangos, alimentando-os com anis e outras especiarias."
(in Gastronomia da Roma Antiga)

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