Esta cache faz parte de um conjunto.
Com cada uma das caches pretendo levar o geocacher a visitar vários locais ou monumentos evocativos das várias eras da história de Lisboa:
Teatro
[Olisipo]
Castelo
[Alusbona]
Judiaria
[Lisboa Medieval]
S. Jerónimo
[Lisboa da Expansão]
Passeio Público
[Lisboa Romântica]
Uptown
[Lisbon]
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Segundo as crónicas árabes, o filho do conquistador Musa ibne Nuçar, Abde Alaziz ibne Muça, dirigiu-se em 714 para Ocidente pela velha estrada romana submenteu Évora, Santarém e Coimbra. O historiógrafo de Silves Ibne Mozaine confirmará a resistência de Santarém e Coimbra e que, apesar disso, as suas terras não foram distribuídas pelos soldados da conquista. De Lisboa não falam. Porque ficava fora do eixo principal que ligava a actual Andaluzia a Braga, por Santarém e Coimbra? Seja como for, é quase certo que, por esta data, Lisboa capitulou sem resistência visível.
Mas se pouco sabemos dos primeiros anos do domínio muçulmano em Lisboa, em contrapartida, fontes árabes e cristãs fornecem elementos bastantes sobre a Lisboa (Alusbuna) dos séculos X, XI e XII.
No século X, o mouro Ahmede Arrazi apresentava Lisboa, ao lado de Beja, Santarém, Ossonoba, Coimbra e Egitânia, como cabela de uma provincia ou kura à frente da qual estava um governador que representava pessoalmente o califa. O governador residia na alcáçova e lá se sediavam os diferentes serviços da administração provincial.
Lisboa aparece, pois, como centro político, administrativo, económico e religioso de uma região que envolvia a península de Setúbal com Almada, Palmela e Alcácer, parte dos campos de Balata, Sintra e outras vilas do actual distrito de Lisboa.
Outro autor, Al-Himiari, deixou a descrição mais impressiva da cidade: As ondas vinham quebrar-se nas suas muralhas. A porta ocidental, a maior, era encimada por arcos sobrepostos que assentavam em colunas de mármore. A ocidente, rasgava-se uma outra porta, a Porta da Alfofa. Desta porta dominava-se o plaino do Rossio/Praça da Figueira onde vinham juntar-se duas ribeiras, a que descia do vale de Sto Antão e a outra que corria do vale de Arroios. A sul ficava a Porta do Mar, cujo seu arco persiste no actual Arco Escuro. O rio chegava então até à actual rua dos Bacalhoeiros. A leste recortava-se a Porta de Alfama, que abria para o bairro extramuros do mesmo nome. Na fonte termal abobadada, coberta pela maré cheia, jorrava água quente e fria. Ainda a leste ficava a Porta do Cemitério que deveria dominar o actual espaço do Largo das Portas do Sol.
in "O Livro de Lisboa"

O Castelo de S.Jorge ergue-se na mais alta colina de Lisboa antiga e a primeira fortificação coonhecida nesta colina data de 138 a.C. Os milhares de visitantes que aqui acorrem usufruem de uma oferta cultural e lúdica única. O Castelo e a sua zona residencias é, já hoje, um espaço de referência singular que compatibiliza uma cosmopolita zona monumental com a vida de um dos bairros mais antigos de Lisboa.
A cache encontra-se na zona residencial fora da entrada do Castelo. Não é portanto necessário adquirir o bilhete de entrada no Castelo, no entanto, a sua visita é bastante aconselhada.
Boas cachadas na Alusbona
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