Comunicação é, por definição,
transmissão de informação, feita geralmente sobre um canal com
ruído. A informação pode ser codificada de várias formas e no
destino será descodificada se a relação sinal/ruído for
superior a um determinado valor que permita a sua
interpretação, existindo um limite ditado pelo
teorema
de Shannon.
As comunicações móveis têm em comum o
conceito de rede celular, onde cada estação base (vulgo
“antenas”) é responsável por uma área de cobertura. Ao
contrário de uma rede de transmissão de TV ou rádio
(broadcast), em que a
informação flui apenas no sentido descendente
(downlink), numa
rede de comunicações móveis a informação tem de ser feita nos
dois sentidos (down e
uplink). Enquanto no
primeiro podemos aumentar quanto quisermos, desde que
tecnologicamente possível, a potência de transmissão do sinal
para aumentar a área de cobertura do serviço (de TV, por
exemplo), no segundo a área de cobertura é fortemente limitada
pela relação sinal/ruído na transmissão entre o equipamento
móvel (telemóvel) e a estação base, pois os equipamentos
móveis têm tipicamente potências de emissão
inferiores. Por este facto surge a necessidade de criar
uma grelha de estações base com uma malha mais apertada, onde
cada estação base é responsável por uma área de cobertura
geralmente representada por um
hexágono. Claro que a rede real afasta-se desta
representação teórica devido a vários factores como a
topologia do terreno, a disposição dos obstáculos à propagação
do sinal (prédios, árvores,…) e pela dificuldade de
contratação do espaço necessário para localizar as estações
base, levando a que as áreas de cobertura sejam irregulares e
se sobreponham parcialmente. Esta sobreposição irá
permitir que a comunicação se mantenha à medida que o
equipamento móvel se desloca através da rede, uma vez que
existe a capacidade de transmitir uma chamada entre duas
estações base -
handover.
Os telemóveis, que hoje não
dispensamos, são uma realidade muito recente. As tecnologias de
transmissão têm evoluído muito rapidamente ao longo dos tempos. A
primeira geração (1980)
baseava-se numa modulação
analógica da informação. Exemplos desta tecnologia são AMPS
nos Estados Unidos, NMT-900 nos países Nórdicos, TACS no Reino
Unido e Irlanda, C-450 na Alemanha e Portugal e HCMTS no Japão.
Esta multitude de standards, que impossibilitava o
roaming, e o facto dos
telemóveis pesarem uns 3 kg fez com que a penetração deste 1G não
passasse dos 7% na Suécia e 0,1% em
Portugal. Na
segunda geração (1992)
a voz, informação que se pretende transmitir, é decomposta em
bits que são modulados, chegando-se assim à
modulação
digital. O famoso GSM (ver cobertura na imagem ao lado) é um
exemplo de rede móvel de segunda geração ou 2G. Nos Estados
Unidos é mais comum o DAMPS (ou IS-54) embora em muitas áreas
também coexista o GSM. A
terceira geração, ou
3G (2005), mantendo a modulação digital, envolve uma
largura de banda muito
maior que o 2G, de modo a ser possível a transmissão de
grande quantidade de dados, além da tradicional voz. Os
standards desta geração são o WCDMA na Europa e Japão e
CDMA-2000 nos Estados Unidos.
Esta cache vai levar-te a uma
estação base. Habitualmente associa-se a ideia de uma estação base
a uma torre, no entanto a torre é apenas o suporte físico para
colocação das antenas à altura certa de modo a darem a cobertura
pretendia
. Dentro do contentor, na base da
torre, é onde se encontra o equipamento electrónico que constitui a
estação base. Hint e spoiler após o FTF.
Now,
para não haver ciúmes, um grande
até já
e umas
óptimas
cachadas!
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