Ruy Belo Tribute Traditional Geocache
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Size:  (small)
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Após alguns meses de preparação/aprovação aqui está ela finalmente. É recomendado fazer esta cache acompanhados ou com amigos de quatro patas, afim de afastar a atenção dos muggles de janelas vizinhas.
Por favor, deixar a cache exactamente como estava e não coloquem imagens da mesma e/ou do container.
Pedimos desculpa pelo aspecto actual da zona, mas esta encontra-se em limpeza e/ou obras.
Tributo a Ruy Belo
Ruy de Moura Belo, nasceu em São João da Ribeira, Rio Maior, no dia 27 de Fevereiro de 1933. Em 1951 entrou para a Faculdade de Direito de Coimbra e tornou-se membro da Opus Dei. Concluiu o curso em Lisboa no ano de 1956. Neste mesmo ano partiu para Roma, doutorando-se em Direito Canónico pela Universidade de S. Tomás de Aquino, em 1958, com uma tese intitulada «Ficção Literária e Censura Eclesiástica». Quando regressou a Portugal trabalhou na área editorial, nomeadamente como chefe de redacção da revista Rumo, director literário da Editorial Aster e colaborando com publicações periódicas, como O Tempo e o Modo e Ocidente. Em 1961 foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian na área da investigação e deu entrada na Faculdade de Letras de Lisboa, onde em 1967 concluiu a licenciatura em Filologia Românica. Ruy Belo chegou a ocupar, ainda que por pouco tempo, o lugar de director adjunto no Ministério da Educação Nacional, mas as suas relações com opositores ao regime da época, a sua participação na greve académica de 1962 e a sua candidatura a deputado em 1969, pelas listas da Comissão Eleitoral de Unidade Democrática, fizeram com que as suas actividades fossem vigiadas e condicionadas. No ano de 1966 casa-se com Maria Teresa Carriço Marques, nascendo deste casamento três filhos. Foi leitor de Português em Madrid entre 1971 e 1977. Quando regressou a Portugal foi-lhe recusada a possibilidade de dar aulas na Faculdade de Letras de Lisboa, tendo então passado a leccionar na Escola Técnica do Cacém.
A 8 de Agosto de 1978 o poeta veio a falecer na sua casa em Queluz, vítima de um edema pulmonar. Em 1991 foi condecorado, a título póstumo, com o grau de Grande Oficial da Ordem Militar de Santiago da Espada. Os seus primeiros livros de poesia foram: Aquele Grande Rio Eufrates (1961) e o Problema da Habitação (1962). Ás colectâneas de ensaios Poesia Nova (1961) e Na Senda da Poesia (1969), seguiram-se obras referentes aos aspectos religioso e metafísico, sob a forma de interrogações acerca da existência, é o caso de Boca Bilingue (1966), Homem de Palavra (1969), País Possível (1973), Transporte no Tempo (1973), A Margem da Alegria (1977). A sua obra, organizada em três volumes sob o título Obra Poética de Ruy Belo, em 1981, foi considerada uma das obras cimeiras da poesia portuguesa contemporânea. O poeta destacou-se ainda pela tradução de autores como Jorge Luís Borges, Antoine de Saint-Exupéry, Frederico Garcia Lorca e Montesquieu. Em 2001 a sua obra Todos os Poemas é publicada. Dia 27 de Fevereiro de 2008, comemoraram-se os 75 anos do nascimento do poeta e foi lançado pela Câmara Municipal de Rio Maior, o Prémio Nacional Poeta Ruy Belo, que visa distinguir obras poéticas em língua portuguesa e fazer uma homenagem ao autor.
Poemas
Povoamento
No teu amor por mim há uma rua que começa
Nem árvores nem casas existiam
antes que tu tivesses palavras
e todo eu fosse um coração para elas
Invento-te e o céu azula-se sobre esta
triste condição de ter de receber
dos choupos onde cantam
os impossíveis pássaros
a nova primavera
Tocam sinos e levantam voo
todos os cuidados
Ó meu amor nem minha mãe
Tinha assim um regaço
como este dia tem
E eu chego e sento-me ao lado
da primavera
Ruy Belo, Aquele Grande Rio Eufrates, Editorial Presença, 1996 (5ªed.)
E Tudo Era Possível
Na minha juventude antes de ter saído
Da casa dos meus pais disposto a viajar
eu conhecia já o rebentar do mar
das páginas dos livros que já tinha lido
Chegava o mês de Maio era tudo florido
o rolo das manhãs punha-se a circular
e era só ouvir o sonhador falar
da vida como se ela houvesse acontecido
E tudo se passava numa outra vida
e havia para as coisas sempre uma saída
Quando foi isso? Eu próprio não sei dizer
Só sei que tinha o poder duma criança
entre as coisas e mim havia vizinhança
e tudo era possível era só querer
Ruy Belo, Homem de Palavra, Lisboa, Editorial Presença, 1999 (5ª ed.)
Biblioteca Ruy Belo
A 27 de Agosto de 2005 foi inaugurada a Biblioteca Ruy Belo, a primeira biblioteca municipal da cidade de Queluz. A este novo espaço cultural associou-se como forma de homenagem o nome de um dos maiores poetas contemporâneos portugueses que durante mais de trinta anos viveu em Queluz. Esta biblioteca faz parte da Rede de Bibliotecas Municipais e insere-se numa linha de acção dominante no conselho de Sintra de preservação e conservação de imóveis antigos, encontrando-se instalada num edifício reconstruído de raiz, datado do início do século passado que fazia parte da antiga Quinta do Mirante.
No total a biblioteca dispõe de 655m2 de área, divididos por três pisos:
Piso 0: Sala Polivalente, Átrio e Recepção, Sector de Periódicos, Biblioteca Infantil, Bebéteca, Biblioteca Juvenil, Espaço de Exposições;
Piso 1: Sala de leitura geral, Sector Multimédia;
Piso 2: Salas de trabalho técnico e administrativo, Sala de pessoal, Depósitos.
Horário de Funcionamento: Segunda-feira das 14h00 às 20h00. De terça a sexta-feira das 10h00 às 20h00. Sábados das 14h30 às 20h00.
Encerra ao público aos domingos. Contactos: Tel: 214 350 310
Morada: Rua Bica da Costa, nº 3-9, Pendão 2745 Queluz
Email: bms.queluz@cm-sintra.pt
A Cache
Logbook, afia e lápis
1 Íman
1 Búzio Azul
1 Estrelinha de Madeira
1 Carrinho
Tentámos fazer esta cache algo original. Por isso, a mesma não contém muito espaço para trocas.
Additional Hints
(Decrypt)
Fr nf tenaqrf aãb zrkrz...