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Linhas de Torres e as Comunicações [Ponte do Rol] Traditional Geocache

Hidden : 1/20/2007
Difficulty:
1 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   regular (regular)

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Geocache Description:


 

 

Mapa dos Fortes

LINHAS DE TORRES / LINES OF TORRES

O projecto das caches dedicadas às Linhas de Torres compreende um total de 10 caches distribuidas por alguns dos locais mais emblemáticos desta estrutura defensiva, que compreendeu mais de 150 fortes e redutos, considerada pelos especialistas como um dos mais eficientes sistemas de fortificação de campo da História.

Cada uma das caches abarca uma diferente temática relacionadas com este episódio da defesa de Lisboa por parte das tropas portuguesas e inglesas, face à terceira invasão do exército francês, entre 1809 e 1810.

Ao encontrar cada uma das 10 caches, o visitante receberá do seu dono 1/10 de uma cronologia com os principais acontecimentos da Guerra Penínsular, em Portugal.

The Torres Fortified Line consists of a series of 10 caches set amongst the most emblematic spots along this defensive structure, which saw the construction of 150 forts and was considered by military specialists as the most efficient system of field fortification.

Each cache deals with a different theme related with the episode of keeping Lisbon from the hands of the French between 1809 and 1810 by Portuguese and English troops.

On finding each of the caches, the visitor will receive from the cache owner a 1/10 of a excerpt with the main events in the Peninsular War in Portugal.

 

Cache:
Dono/Owner:
Linhas de Torres e as Comunicações (esta cache/this one)
No futuro... / Not so soon...
 

 


 

As linhas de Torres

Começadas em 1809, as Linhas de Torres desempenharam um papel fundamental na derrota da III Invasão Francesa, contribuindo à escala europeia para a perda da supremacia militar até aí mantida pelos exércitos de Napoleão. Entre 1809 e 1812 foram construídas duas linhas de entrincheiramentos, apoiadas em redutos e fortins e percorridas à retaguarda por estradas militares. O objectivo, posto à prova com sucesso em 1810/11, era proteger Lisboa de uma ataque vindo de norte.

A mais tarde chamada Segunda Linha (por se ter passado a situar à retaguarda) foi a primeira a ser construída, partindo da Póvoa de Santa Iria e percorrendo as cumeadas de Sevres e do Freixial até Cabeço de Montachique, para depois inflectir para noroeste na direcção do Gradil, correndo daí até ao mar, apoiada na margem esquerda da ribeira de São Lourenço (que desagua na localidade homónima, poucos quilómetros a norte da Ericeira).

A Primeira Linha resultou da união de uma série de postos avançados por meio de um entrincheiramento contínuo, correndo entre 5 a 10 km a norte da outra. Partia de Alhanda, à beira-Tejo, e desenvolvia-se por Subserra, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras, apoiando-se daí em diante na margem esquerda do rio Sisandro, até à respectiva foz junto da actual Praia Azul.

O complexo sistema defensivo baseava-se na ideia de reforço dos obstáculos naturais da região, mantendo, simultaneamente, uma comunicação aberta com o mar, em caso de eventual necessidade de retirada das tropas pelas suas forças navais. Deste complexo faziam também parte o Forte de São Julião da Barra (terceira linha), o Forte de Sobral, o Forte de Torres Vedras e as fortificações de Mafra, Montachique, Bucelas e Vialonga. Na margem sul erguia-se uma quarta linha fechando a península de Setubal que, além de cobrirem a foz do rio Tejo, permitia uma retirada segura.

A eficiência e coesão das linhas baseou-se em cinco pontos:
1) redutos de artilharia com artilheiros portugueses, comandados pelo major-general José António Rosa. A primeira linha tinha 534 peças de artilharia.
2) estradas militares por trás das linhas e permitindo uma extraordinária mobilidade.
3) sistema de comunicações telegráficas (ver abaixo)
4) construção em segredo. As linhas demoraram demorou 7 meses a contruir apenas os mais próximos de Wellington sabiam dos seus planos.
5) politica de terra queimada. Tudo que pudesse ser usado pelo exercito francês foi destruído e queimado. Perto de 200 mil habitantes foram deslocados para dentro das linhas.

 As Comunicações

sistema de comunicações óptico instalado nas linhas de Torres permitia que uma mensagem fosse transmitida entre o rio Tejo e o oceano Atlântico em 7 minutos, e entre o Quartel General e qualquer ponto em 4 minutos (velocidade de 122Km/h). O sistema era constituido por cinco estações:
- forte nº 30 perto do oceano (Ponte do Rol)
- o grande forte de S. Vicente (Torres Vedras)
- O Quartel General de Wellington (Serra do Socorro perto de Pêro Negro)
- forte de Monte Agraço
- forte de Alhandra (junto ao rio Tejo)

Esta rede foi construída pelo engenheiro de Wellington, o coronel Richard Fletcher muito provavelmente baseado no desenho de 1795 de George Murray. As mensagens eram transmitidas através desta rede de postes semafóricos, nos quais eram içadas bolas de diversas cores (ver figura 1).

As comunicações a grandes distancias era possível à mais de mil anos, através de sinais de fumo, batidas de tambor e transmissão luminosa. Gregos, Romanos, Cartagineses e muitos outros tinham os seus próprios métodos de transmitir notícias. No entanto, estes métodos não eram seguros e susceptíveis ao ruído durante a transmissão. Os telégrafos ópticos foram inventados nos finais do séc. XVII, mas apenas um século depois, já no limiar da era da electricidade, é que tiveram o seu auge. 

Robert Hooke, um fisíco contemporâneo de Newton, entregou no Royal Society em 1684 um plano para telégrafo visual, mas nunca foi posto em prática. Mais de um século depois, o Francês Claude Chappe considerou a possibilidade de um telégrafo eléctrico, mas a electricidade ainda estava num estágio muito primitivo. Tentou várias ideias de telegrafia visual até que, em 1793, consegue a aprovação pela National Convention do telégrafo semafórico. A França estava nesta altura em guerra com a maior parte dos seus vizinhos e este novo telégrafo prometia uma rápida transmissão de ordens entre Paris e os vários comandos no terreno. Em 1794 uma linha de 15 estações ligava Paris a Lille e em 1810 a Veneza e Amesterdão. Cada estação era constituída por uma torre com um poste de madeira com um ponto de poivot a meio. Em cada extremo desta barra existiam outras duas também articuladas (ver figura 2). Um sistema de cordas permitia 196 combinações.

Os Ingleses tinham conhecimento desta valiosa "arma" e adoptaram, por seu lado, uma rede inventada por George Murray. Nesta, cada estação é constituído por três pares de obturadores que podiam independentemente (ver figura 1). Quando o obturador está na vertical era visível ao longe mas estando na horizontal era invisível, sendo possível criar 64 combinações. A linha entre Londres e Deal abriu em 1796, e em 1808 já existiam linhas até Portsmouth, Plymouth e Yarmouth na costa sul de Inglaterra. Uma mensagem podia ser transmitida ao longo de 72 milhas (116Km) e recebida a resposta em 15 min. Estas velocidades eram atingidas também graças a compressão de dados.

Em 1814, após a assinatura de paz em Paris, estas linhas foram fechadas.

Additional Hints (No hints available.)