Flora Algarvia
Alecrim (Rosmarinus Officinalis)
É um arbusto comum no Mediterrâneo. Que surge até 1500 m de altitude e em solos de origem calcária. O Alecrim tem um aroma bastante característico.
Alfarrobeira (Ceratonia siliqua)
É uma árvore de folha persistente da região mediterrânea. Esta árvore pode atingir até 20 metros de altura. O fruto da alfarrobeira é a alfarroba. Esta planta foi presumidamente trazida para Portugal, Espanha e África pelos árabes.
Laranjeira (Citrus x sinensis)
A laranjeira é uma árvore de família Rutaceae. A laranja é uma fruta criada na antiguidade a partir do cruzamento do pomelo com a tangerina. A laranjeira foi trazida pelos portugueses, da China para a Europa no século XVI.
Amendoeira (Prunus dulcis)
É uma árvore de folha caduca da família Rosaceae. A amêndoa é a semente do fruto da amendoeira e é considerada um fruto seco. Existe em Portugal, principalmente nas regiões do Douro e do Algarve. Da amêndoa podem ser extraídos óleos e outros produtos com propriedades medicinais.
Sobreiro (Quercus suber)
É uma árvore da família do carvalho, também conhecida como o sobro ou sobreira. O sobreiro é de onde se extrai a cortiça e é por isso que tem sido cultivado desde há muito tempo. O sobreiro é cultivado principalmente no sul da Europa, sendo natural da vegetação da Península Ibérica. É por isso bastante comum na Espanha e em Portugal. A cortiça é utilizada para o fabrico de isolantes térmicos e sonoros. Portugal é o maior produtor mundial de cortiça.
Azinheira (Quercus rotundifolia)
É uma árvore da família das fagáceas e pode chegar a atingir 10 metros. São originárias do Mediterrâneo e Norte de África. Têm uma madeira bastante dura e resistente, sendo utilizada desde a antiguidade até aos dias de hoje em vigas ou pilares, na fabricação de ferramentas, de embarcações e barris. Hoje em dia, a sua madeira é utilizada como lenha ou no fabrico de carvão, sendo uma importante fonte de combustível em Portugal.
Esteva (Cistus ladanifer)
É uma planta da família Cistaceae. Cresce naturalmente no sul de França, de Portugal e no noroeste de África. É um arbusto que atinge de 1 a 2,5 metros de altura e largura. Tem folhas persistentes recobertas com uma resina aromática. O seu nome vem do grego ciste, que significa caixa ou cesto.
Eucalipto (Eucalyptus spp.)
O nome científico da planta é Eucalyptus, mas este nome pode ser usado para designar outras plantas da mesma família. São em termos gerais árvores e em poucos casos arbustos. Existem mais de 700 espécies de eucaliptos, na sua maioria originárias da Austrália, constituindo grande parte da sua flora. Os eucaliptos adaptam-se a todas as condições climáticas.
Figueira (Ficus carica)
As figueiras são plantas, na sua maioria árvores da família Moraceae. Também são conhecidos como fícus, gameleira, gomeleira e caxibunga. Em todo o mundo há mais de 1000 espécies de figueira, especialmente em regiões de clima tropical e subtropical com presença de água. As figueiras podem crescer de uma forma muito energética, as suas raízes conseguem deformar as paredes das casas quando cultivadas perto destas.
Castanheiro (Ranunculus ficaria)
O castanheiro é uma árvore de grande porte, bastante comum no interior norte e no centro de Portugal. O fruto do castanheiro, o ouriço, contém no seu interior a castanha, que no século XVII, constituiu parte da base da alimentação portuguesa. O castanheiro tem também madeira de grande qualidade, o castanho. Sempre foi uma árvore bastante conhecida na Península Ibérica. Hoje em dia, a castanha está ligada ao São Martinho e ao Mangusto. Nestes as castanhas são comidas, assadas ou cozidas.
Limoeiro (Citrus limon)
Os limoeiros são árvores pertencentes à família das rutáceas, existindo cerca de 70 variedades, entre elas o limoeiro Lisboa. São árvores pequenas, espinescentes, muito ramificadas e reproduzem-se em estacas em solo arenoso e adubado, preferencialmente em regiões de clima quente ou temperado. A árvore dá limões durante todo o ano. Esta é originária do sudeste da Ásia e foi trazida para a Europa, da Pérsia pelos árabes. Os limões foram usados no século XVIII como cura para o escorbuto. Actualmente, o limão tem várias aplicabilidades como na produção de comida e bebidas, de remédios e xaropes e a sua casca pode ser usada para fazer licores e sabões. É ainda um remédio tónico que ajuda a manter uma boa saúde, sendo um bom anti-séptico e ajudando a combater infecções, febres, gripes, entre outras.
Medronheiro (Arbutus unedo)
O medronheiro é uma árvore frutífera portuguesa, também conhecida como Érvodo, Ervado, Ervedeiro, Ervedo ou Êrvedo. A árvore pode crescer até aos 5 metros, tem ramos que brotam do tronco a 0,5 metros do solo; também são bastante espaçados entre si. O medronheiro tem folhas persistentes de forma elíptica, com um brilho ceroso na face superior. As flores brancas e rosadas da árvore são muitas vezes usadas como decorativos, por isso a árvore é considerada uma árvore ornamental. O seu fruto, o medronho, é comestível e bastante apreciado no sul de Portugal, é também usado na produção de licores e aguardentes.
Em 1995 o medronheiro ocupava 13,1% da área florestal do Algarve.
Oliveira (Olea europaea)
As oliveiras pertencem à família Oleaceae. São árvores baixas, originárias das regiões orientais do Mar Mediterrâneo. O seu fruto, a azeitona, tem sido usado desde tempos remotos, já no período neolítico, os homens aprenderam a extrair o azeite da azeitona, que foi usado como unguento, combustível e na alimentação. As oliveiras têm uma grande longevidade, pensa-se que algumas oliveiras na palestina, têm mais de 2500 anos de idade. As oliveiras e a azeitona são referidas em algumas passagens da Bíblia.
Pinheiro-bravo (Pinus pinaster)
O pinheiro-bravo é uma espécie de pinheiro, originário da Europa e do Mediterrâneo. É uma árvore de altura média, atingindo entre 20 e 35 metros de altura. Nas árvores jovens, a copa tem forma de pirâmide e nas árvores adultas, a copa é arredondada. O tronco destes pinheiros é coberto por uma casca muito espessa, rugosa, castanha e fendida. As suas folhas são persistentes e têm forma de agulhas com cerca de 15 cm. Tem flores masculinas e femininas juntas no mesmo pé (floração monóica). A árvore começa a florescer em Fevereiro e acaba em Março. Os seus frutos, as pinhas amadurecem no final do verão do segundo ano e depois libertam várias sementes, conhecidas mais vulgarmente como pinhão.
Em Portugal, os pinheiros apareceram espontaneamente na costa, em solos arenosos a norte do Tejo, onde encontraram boas condições climáticas. Actualmente o pinheiro encontra-se em todo o país, devido à acção do homem. O pinheiro-bravo representa 70% da área plantada da Ilha da Madeira e 40% da área florestal de todo o país.
Os pinheiros-bravos foram abundantemente plantados, devido a um grande interesse económico por estes. Os pinheiros proporcionam uma grande produção de madeira e devido ao seu enraizamento permite a recuperação de solos pobres e erosionados. A sua madeira resinosa, clara, com muitos nós é durável, pesada e pouco flexível é usada em carpintaria, caixotaria, construção naval, combustível e celulose e a sua resina é usada na indústria de tintas, vernizes e aguarrás.
Pinheiro-manso (Pinus pinea)
O pinheiro-manso é uma espécie de pinheiro, originária da região do Mediterrâneo. Desde a pré-história que esta árvore é usada como fonte de alimento, devido aos pinhões que produz. O pinheiro-manso pode atingir mais de 78 metros de altura, embora geralmente tenha entre 12 e 20 metros. A árvore tem uma forma bastante característica de guarda-chuva. O seu tronco é curto e largo e tem uma copa muito larga.
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